"NEM QUE VALHA O SANGUE ALHEIO": RIMA E RAÇA EM DJONGA

Publicado em 21/05/2025 - ISBN: 978-65-272-1348-2

Título do Trabalho
"NEM QUE VALHA O SANGUE ALHEIO": RIMA E RAÇA EM DJONGA
Autores
  • Pedro Lucas Gomes Venâncio
  • Sergio Guilherme Cabral Bento
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
(Virtual - Remoto) ST: Ideologias e identidades em Narrativas
Data de Publicação
21/05/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/vii-sinalel/1072769-nem-que-valha-o-sangue-alheio--rima-e-raca-em-djonga
ISBN
978-65-272-1348-2
Palavras-Chave
RAP brasileiro, Negritude, Djonga, Narrativas periféricas
Resumo
O álbum Heresia (2017), do rapper mineiro Djonga, marca um ponto de inflexão no RAP nacional ao dialogar com a tradição instaurada por Racionais MC’s nos anos 1990, ao mesmo tempo que inaugura uma estética distinta, permeada por referências à MPB, novas dinâmicas de consumo e um cenário de maior visibilidade midiática. Esta pesquisa investiga como Djonga reinscreve a identidade negra e periférica no RAP contemporâneo, tensionando discursos de pertencimento, resistência e autenticidade. Para isso, a análise parte da perspectiva da Literatura menor (Deleuze & Guattari), compreendendo o RAP como uma forma de escrita insurgente que, ao mesmo tempo em que denuncia processos de exclusão racial e social, propõe novas possibilidades identitárias. Além disso, emprega-se o conceito de oralitura (Leda Maria Martins) para examinar como a performance e a oralidade no álbum ressignificam a experiência periférica dentro da cultura hip-hop. Por fim, considera-se a tensão entre a ascensão do RAP no mainstream e a permanência da violência estrutural contra corpos racializados, analisando como Heresia articula uma crítica tanto ao racismo sistêmico quanto à mercantilização da arte marginal. Nesse contexto, as narrativas do RAP contemporâneo, como as de Djonga, assumem um papel significativo na formação de identidades juvenis, influenciando a construção de discursos sobre raça, classe e pertencimento. Ao circular amplamente entre jovens das periferias e do meio acadêmico, essas produções culturais funcionam como espaços de aprendizado e conscientização sobre desigualdades estruturais, podendo ser exploradas como ferramentas pedagógicas na educação. Dessa forma, este estudo contribui para a reflexão sobre como narrativas musicais podem atuar na formação crítica de estudantes, permitindo novas possibilidades de construção identitária e desafiar estruturas de poder dentro e fora do ambiente escolar.
Título do Evento
VII Simpósio Nacional de Letras e Linguística (SINALEL)
Cidade do Evento
Catalão
Título dos Anais do Evento
Anais do Simpósio Nacional de Letras e Linguística
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VENÂNCIO, Pedro Lucas Gomes; BENTO, Sergio Guilherme Cabral. "NEM QUE VALHA O SANGUE ALHEIO": RIMA E RAÇA EM DJONGA.. In: Anais do Simpósio Nacional de Letras e Linguística. Anais...Catalão(GO) UFCAT, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/vii-sinalel/1072769-NEM-QUE-VALHA-O-SANGUE-ALHEIO--RIMA-E-RACA-EM-DJONGA. Acesso em: 01/07/2025

Trabalho

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