A OMNILATERALIDADE E A POLITECNIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO

Publicado em 28/12/2021 - ISSN: 2358-1190

DOI
10.29327/154159.6-2  
Título do Trabalho
A OMNILATERALIDADE E A POLITECNIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO
Autores
  • MICHELE FUZATTO DE OLIVEIRA TERRA
  • Anderson Claytom Ferreira Brettas
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Eixo Temático 2 - Formação Docente e Práticas Pedagógicas em Educação Profissional
Data de Publicação
28/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/vicoloquionacionaleiiicoloquiointernacional/444857-a-omnilateralidade-e-a-politecnia-na-educacao-profissional-integrada-ao-ensino-medio
ISSN
2358-1190
Palavras-Chave
Educação Profissional, Educação Integrada, Omnilateralidade, Politecnia.
Resumo
O presente trabalho pretende, a partir de uma revisão bibliográfica qualitativa-descritiva, realizar uma análise da história da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio (EPIEM) no Brasil. Essa modalidade trouxe para o sistema educacional brasileiro a possibilidade da construção teórico-prática e a noção de uma educação por competência nos currículos, cujo propósito é preparar os indivíduos para a compreensão de conhecimentos científicos, tecnológicos, sociais e culturais. A superação do modelo de educação burguesa e as tentativas de propor um ensino igualitário e acessível a todos teve as suas bases originárias da teoria marxista e da proposta de num modelo de socialismo científico. Um dos pensadores mais destacados, cujos escritos e contribuições basearam-se nas teorias de Karl Marx e Friedrich Engels, foi o filósofo Antônio Gramsci que, por sua vez, criou a expressão escola unitária e desenvolveu uma interpretação complementar que reformulava a teoria marxista nas dimensões intelectual, cultural e humanística. No Brasil, segundo Porto (2015, p. 465), “(...) a proposta de uma pedagogia socialista, fundamentada no materialismo histórico, materializa-se na pedagogia histórico-crítica (PHC), formulada inicialmente por Dermeval Saviani no início de 1980 e construída coletivamente por diversos pensadores”. Em termos legais, os movimentos reivindicatórios por uma educação integrada efetivaram-se no papel em 20 de dezembro de 1996 com a promulgação da Lei n.º 9.394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). Essa mesma lei foi reformulada, mais tarde, pelo decreto Lei nº 13.415/2017 estabelecendo a necessidade de reestruturação na estrutura curricular. Alguns dos objetivos dessa nova versão da LDBEN ainda não foram vivenciados na prática pelos profissionais da educação, visto que a implantação dos conhecimentos por área e dos itinerários formativos ocorrerá de forma progressiva nas escolas do Brasil entre os anos de 2022 até 2024. Nesse sentido, muitos profissionais da educação se sentem confusos quando o assunto são as mudanças recentes no currículo integrado. É coerente destacar que os conhecimentos das disciplinas da base comum curricular não deixarão de existir. Ou seja, “os [...] conhecimentos gerais e específicos se distinguem apenas em suas características metodológicas e históricas, pois, epistemologicamente, formam uma unidade entre a formação geral e técnica, desdobrando-se pedagógica e metodologicamente. Sob essa perspectiva, os conteúdos de ensino não têm fins em si mesmos nem se limitam a insumos para o desenvolvimento de competências” (RAMOS, 2012, p. 105 apud Simões, 2007, p. 83). A proposta de integração curricular por itinerários formativos presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) delimita uma “articulação das dimensões do trabalho, da ciência e da cultura” (SIMÕES, 2007). Em decorrência disso, o objetivo do trabalho é promover uma reflexão acerca da formação integral, com vistas as relações entre trabalho e educação, e analisar as contribuições das concepções de omnilateralidade e politecnia para a superação da dualidade histórica existente no currículo educacional brasileiro. Ainda nos dias de hoje, este sistema encontra-se numa crise identitária, que em teoria nos apresenta um formato de educação unitária e emancipadora, embora nas práticas pedagógicas ainda esteja num processo de construção e implementação. Por isso, o EPIEM é uma modalidade recente e ainda em construção, assim como a utopia de um ensino omnilateral e a politécnico. A construção de uma integração curricular na prática demanda tempo, disposição e paciência de todos os profissionais da educação para reformular suas metodologias de ensino. O estudo tem como aporte teórico obras de autores como Cerqueira (2016), Dante Moura (2013), Porto (2015), Saviani (2007) e Simões (2007). Dessa forma, espera-se, com este trabalho, promover maiores reflexões sobre o EPIEM, que é uma modalidade capaz de proporcionar a formação de sujeitos mais críticos e emancipados, além de colaborar com o crescimento de um ensino mais igualitário, laico, gratuito e de qualidade, para todos.
Título do Evento
VI Colóquio Nacional e III Colóquio Internacional A Produção do Conhecimento em Educação Profissional: em defesa do projeto de formação humana integral
Título dos Anais do Evento
Anais do Colóquio nacional e colóquio internacional - a produção do conhecimento em educação profissional: em defesa do projeto de formação humana integral
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

TERRA, MICHELE FUZATTO DE OLIVEIRA; BRETTAS, Anderson Claytom Ferreira. A OMNILATERALIDADE E A POLITECNIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO.. In: Anais do Colóquio nacional e colóquio internacional - a produção do conhecimento em educação profissional: em defesa do projeto de formação humana integral. Anais...Natal(RN) IFRN, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VIColoquioNacionaleIIIColoquioInternacional/444857-A-OMNILATERALIDADE-E-A-POLITECNIA-NA-EDUCACAO-PROFISSIONAL-INTEGRADA-AO-ENSINO-MEDIO. Acesso em: 16/05/2025

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