FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Publicado em 29/12/2023 - ISBN: 978-65-272-0166-3

Título do Trabalho
FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Autores
  • THAISE FÁTIMASILVA DE OLIVEIRA
  • Prof. Dr. Zionel Santana
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Área temática 5: INCLUSÃO A PARTIR DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E GESTÃO EMPREENDEDORA DO ENSINO. Coordenação | Prof. Dr. Zionel Santana (UNINCOR) Coordenação | Profa. Dra. Terezinha Richartz (UNINCOR)
Data de Publicação
29/12/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/vi-seminario-gestao-planejamento-e-ensino-397312/767967-formacao-dos-professores-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva
ISBN
978-65-272-0166-3
Palavras-Chave
Formação dos professores,educação inclusiva,transtorno do espectro autismo
Resumo
RESUMO Este trabalho aborda a formação de professores e a educação inclusiva. Tal abordagem se faz necessário uma formação continuada com respaldo para a educação inclusiva, pois muitos são os relatos dos professores que se dizem sem conhecimento das habilidades e competência para aplicar o ensino com os alunos com Transtorno Espectro Autismo (TEA) em sala de aula do ensino regular, não sabendo qual o direcionamento para uma adaptação mais voltada para a interação desse aluno, e com isso se sentem sem uma orientação em preparar suas atividades, que muitas das vezes não são bem aproveitados por esse público. Com isso, o aluno não alcança os resultados esperados. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância da formação continuada para os professores que atuam na Educação Inclusiva para uma adaptação direcionado para a interação social do aluno com Transtorno Espectro Autismo (TEA) em sala de aula regular. Será conseguido através de estudo de caso. Para tanto, como metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica descritiva e análise quantitativa. O estudo deste trabalho fornecerá uma visão abrangente do estado atual da formação continuada dos professores em relação à educação inclusiva. Os resultados quantitativos permitirão identificar áreas de sucesso e oportunidades de melhoria nas práticas de inclusão. Palavras-chaves: Formação de professores. Educação Inclusiva. Transtorno Espectro Autismo. 1 INTRODUÇÃO O tema desse artigo na aborda a formação de professores e a educação inclusiva, são duas áreas cruciais no contexto da educação contemporânea. Enquanto a formação de professores é fundamental para o desenvolvimento profissional pedagógico dos professores, a educação inclusiva representa um compromisso com a igualdade de oportunidades para todos os alunos, independentemente de suas diferenças individuais. Este projeto de pesquisa se dedica a demonstrar a importância da formação continuada para os professores que atuam na Educação Inclusiva para uma adaptação direcionado para a interação social do aluno com Transtorno Espectro Autismo (TEA) em sala de aula regular. Neste contexto, é fundamental conduzir uma pesquisa abrangente sobre a formação contínua dos professores, focando no desenvolvimento de habilidades e competência específicas necessárias para atender às demandas únicas desses alunos. O objetivo visa demonstrar a importância da formação continuada para os professores que atuam na Educação Inclusiva para uma adaptação direcionado para a interação social do aluno com Transtorno Espectro Autismo (TEA) em sala de aula regular. No que se refere à formação continuada, é essencial que os professores se familiarizem não apenas com as características gerais do TEA, mas também com as variações individuais e complexidades que cada aluno pode apresentar. Isso inclui compreender as diferenças sensoriais, de comunicação e de interação social que podem afetar o processo de ensino-aprendizagem. A formação deve equipar os professores com estratégias pedagógicas adaptativas que considerem as necessidades individuais desses alunos, promovendo seu desenvolvimento acadêmico e social de maneira eficaz. O problema de pesquisa deste projeto se concentra na essencial indagação: Qual é a relevância da formação continuada do professor na perspectiva inclusiva para o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias à interação social do aluno com Transtorno do Espectro Autismo (TEA)? Este questionamento fundamental destaca a importância de compreender como a capacitação contínua dos professores pode desempenhar um papel crucial na promoção de ambientes educacionais inclusivos, onde visa abordar essa lacuna de conhecimento, reconhecendo a interseção crítica entre formação de professores, inclusão e as necessidades específicas dos alunos com TEA. A formação continuada para uma adaptação significativa, deve ser projetada de forma a capacitar os professores a criar ambientes educacionais inclusivos e flexíveis. Isso implica na habilidade de adaptar materiais didáticos, implementar estratégias de ensino diferenciado e estabelecer rotinas estruturadas que proporcionem segurança e previsibilidade aos alunos com TEA. Além disso, a formação deve incentivar a colaboração interdisciplinar, fomentando parcerias com terapeutas, psicólogos e outros profissionais que possam contribuir para o sucesso global desses alunos. A formação continuada dos professores no ensino regular deve abordar o desenvolvimento de habilidades e competências específicas para facilitar a interação entre os alunos com TEA e seus colegas. Isso requer a aprendizagem de estratégias que promovam a inclusão, como a criação de atividades de grupos inclusivas, o ensino de habilidades sociais e a promoção de um ambiente de compreensão e aceitação. A formação continuada dos professores é uma peça-chave na capacitação, para enfrentar os desafios complexos e diversificados da Educação Inclusiva, especialmente no contexto da interação social de alunos com TEA. É inegável que a formação contínua proporciona aos professores as ferramentas e o conhecimento necessários para compreender as nuances do TEA e como elas afetam o processo educacional. Ao adquirir uma compreensão mais profunda das características do TEA, os professores podem desenvolver estratégias pedagógicas mais eficazes, adaptadas às necessidades individuais dos alunos com TEA, melhorando assim a qualidade do ensino e a aprendizagem. A formação continuada também tem um papel fundamental na adaptação bem- sucedida dos alunos com TEA, ao desenvolver habilidades e competências específicas, os professores são capazes de criar ambientes de aprendizado inclusivos e adaptados, que proporcionam aos alunos com TEA oportunidades significativas de aprendizagem. Isso inclui a capacidade de adaptar o currículo e implementar estratégias de apoio. Além disso, a formação continuada do professor não só desenvolve habilidades e competências, mas também estimula a criação de estratégias adicionais para promover a interação social dos alunos com TEA na sala de aula regula. Isso pode promover o uso de atividades de grupo inclusivas, o ensino de habilidades sociais específicas e a promoção de uma cultura de aceitação entre os colegas. O TEA é caracterizado, em parte, por dificuldades na comunicação e interação social. A interação social é uma habilidade crítica para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos alunos com TEA. Portanto, compreender como a formação continuada pode aprimorar essa habilidade é essencial. Os professores desempenham um papel central na promoção da inclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais dos alunos com TEA. A formação continuada pode capacitar os educadores a adotarem abordagens pedagógicas eficaz e compreender as necessidades específicas desses alunos. Pressupõe que a formação continuada específica para professores, abordando estratégias de ensino adaptadas às necessidades dos alunos com Transtorno do Espectro Autismo (TEA), resultará em melhorias significativas nas habilidades de interação social desses alunos em salas de aula regulares. O primeiro capítulo, juntamente com os demais, abordará Direito Fundamental à Educação: A constituição reconhece a educação como um direito fundamental de todos, sob responsabilidade compartilhada entre Estado, a sociedade e a família. A educação Inclusiva, destacando o atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino para pessoas com deficiência. Formação de Professores para a Inclusão, Leis e Políticas de Inclusão, Desenvolvimento Integral dos Indivíduos, Acessibilidade e Eliminação de Barreiras e Programas e Atendimento Especializado. Iniciaremos nossa pesquisa sendo descritiva, com uma revisão bibliográfica extensa da literatura sobre formação de professores e educação inclusiva. Esta etapa tem o objetivo de estabelecer uma base teórica sólida para identificar a importância da formação continuada do professor na perspectiva inclusiva em desenvolver habilidades e competências para a interação social do aluno com Transtorno do Espectro Autista. Realizaremos uma pesquisa de campo na instituição municipal que oferece ensino básico. Será aplicado questionário aos professores, para entender como é feita a adaptação da interação social do aluno com TEA na sala de aula do ensino regular. A abordagem será descritiva, analisando os resultados da pesquisa de campo para descrever as práticas dos professores que atuam na Educação Inclusiva com aluno TEA, direcionado para a interação social. Para quantificar as percepções e práticas dos participantes, utilizaremos escalas de avaliação e análises estatísticos. As respostas dos questionários serão convertidas em dados numéricos, permitindo-nos o grau de concordância e eficácia das estratégias de inclusão abordadas. Espero que este estudo forneça uma visão abrangente do estado atual da formação continuada dos professores em relação à educação inclusiva. Os resultados quantitativos permitirão identificar áreas de sucesso e oportunidades de melhoria nas práticas de inclusão. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Formação do professor na constituição federal A formação de professores é uma parte fundamental na promoção A formação de professores é uma parte fundamental na promoção da educação inclusiva. Ela desempenha um papel essencial ao capacitar os futuros professores para atender às necessidades de diversos alunos e garantir o acesso à educação de qualidade a todos. A Constituição Federal do Brasil reconhece o direito à educação de qualidade como direito norteador bases para a cooperação entre o Estado e a sociedade para a promoção desse direito ao pleno desenvolvimento humano, a formação cívica a competência para o trabalho humano (BRASIL, 1988). O artigo 205 estabelece: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovido e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988, p.174). A formação de professores voltada para a educação inclusiva deve abordar vários aspectos, incluindo conhecimentos teóricos, habilidades práticas e o desenvolvimento de atitudes e valores (SOARES, 2021). Os professores devem compreender os princípios básicos da inclusão, como valorizar à diversidade, respeitar as diferenças e promover a igualdade (BRASIL, 1988). Segundo Poker,2021, destaca que no aspecto teórico, os professores devem aprender sobre as leis e as políticas relacionadas à inclusão educacional, bem como as bases conceituais da educação inclusiva. Eles devem compreender as diferentes necessidades e características dos alunos, incluindo aqueles com deficiências, transtornos de aprendizagem e outras dificuldades. Isso envolve aprender sobre estratégias pedagógicas diferenciadas, adaptação curricular, uso de recursos de apoio e tecnologias assistivas (POKER, 2021). Portanto na constituição Federal em seu artigo 208, no parágrafo terceiro garante [...] atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencial na rede regular de ensino[...] (BRASIL, 1988, p. 175). No artigo 208 da Constituição Federal garante o direito das pessoas com deficiência à educação inclusiva, sempre que possível, em escolas regulares. O objetivo é proporcionar educação adaptada às necessidades específicas desses alunos, promovendo sua plena integração na sociedade (BRASIL, 1988). Essa disposição reforça o compromisso do Estado brasileiro em garantir educação e acesso escolar a todos os cidadãos, independentemente de suas diferenças. Isso estabelece um marco importante para a promoção da educação inclusiva no Brasil, oferecendo oportunidades de desenvolvimento educacional igualitário a todos os cidadãos. O artigo 205 da Constituição Federal de 1988 estabelece a educação como um direito fundamental e universal, reforçando sua importância como um pilar central para o desenvolvimento integral das pessoas e para o exercício pleno da cidadania. A educação é vista como um compromisso compartilhado entre o Estado, a sociedade e a família, refletindo uma abordagem holística que vai além do mero acesso à instrução formal (BRASIL, 1988). Nesse contexto, o artigo 205 destaca o papel da educação não apenas na transmissão de conhecimentos, mas também na formação de indivíduos capazes de participar ativamente na sociedade e de preparar para o mercado de trabalho. Isso implica que a educação deve ir além do ensino habilidades acadêmicas e técnicas, abrangendo o desenvolvimento de valores, ética, pensamento crítico e habilidades sociais (BRASIL, 1988). O 3° parágrafo do artigo 208 da Constituição Federal, 1988, desempenha um papel na promoção da educação inclusiva no Brasil. Ele estabelece a obrigatoriedade de oferecer atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. Esse dispositivo legal reflete o compromisso do Estado em garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso igualitário à educação, permitindo-lhes participar plenamente da vida acadêmica e social do país (BRASIL, 1988). Além disso, esse parágrafo reforça o compromisso do Estado em superar barreiras físicas, arquitetônicas e atitudinais que possam impedir o acesso dos alunos com deficiências às instituições educacionais. Isso envolve a criação de ambientes escolares acessíveis, bem como a sensibilização de toda a comunidade educacional para a importância da inclusão (BRASIL, 1988). O artigo 227 da Constituição Federal, 1988, em seu parágrafo 2 menciona; Criação de programas e atendimento especializado para pessoas portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação (BRASIL, 1988, p.191). Os Artigos 205 e 208 em seu parágrafo terceiro da Constituição Federal estabelecem as bases para a educação brasileira, destacando a universalidade do acesso à informação e a responsabilidade compartilhada da sociedade e instituições em promover uma educação de qualidade. A interseção desses artigos reflete o entendimento de que a educação é essencial para o desenvolvimento pessoal e social. A formação de professores desempenha um papel central nesse processo, exigindo valorização, reconhecimento e oportunidades contínuas de aprendizado. Esses artigos são faróis orientando um futuro em que o acesso à educação seja verdadeiramente transformador e universal (BRASIL, 1988). 2.2 Formação do professor na LDB No âmbito da legislação brasileira, a formação de professores desempenha um papel de destaque, porém, a preparação para lidar com alunos de desenvolvimento atípico nem sempre está claramente definida. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n.° 12.796/2003, em seu artigo 59, sublinha que esses profissionais devem possuir uma "especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns" (BRASIL, 1996, s/p). A lei reconhece, assim, a necessidade de formar professores que possam trabalhar de maneira inclusiva e proporcionar uma educação de qualidade a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades. No artigo 62, parágrafo primeiro, reforça ainda que a União, o Distrito Federal, estados e municípios devem colaborar para a formação inicial, continuada e a capacitação dos profissionais de magistério (BRASIL, 1996,). Dessa forma, a formação dos educadores deve ser um esforço conjunto, envolvendo universidades e sistemas de ensino. Ao abordar a formação necessária para os professores que trabalham com alunos de desenvolvimento atípico, na LDB segundo Mendes (2015) identifica dois tipos de profissionais em um contexto educacional onde a educação especial é um componente instrutivo: o professor especializado, que desempenha um papel multifacetado na sala de recursos, instituições e centros especializados, oferecendo atendimento educacional especializado. O artigo 58 menciona; Entende - se por educação especial, para os fins desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidade ou superdotação (BRASIL, 1996, p. 40). O artigo 59 da LDB diz que o ensino deve disponibilizar currículos, métodos, técnicas e recursos educativos específicos para atender às necessidades desses alunos (BRASIL, 1996). Isso implica em adaptar o conteúdo, as estratégias de ensino e os materiais de acordo com as características individuais de cada aluno, como trata o primeiro parágrafo do artigo 59 "[...] currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender ás suas necessidades (BRASIL, 1996, p. 40). E o professor que atua na sala de aula regular, ensinando a todos os alunos, embora suas funções sejam distintas do professor especializado, esses dois professores devem trabalhar de forma clara e colaborativa, (MENDES, 2015). O terceiro parágrafo do artigo 59; destaca; Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996, p.40). A formação de professores deve ser articulada com a prática pedagógica da escola de maneira a fomentar abordagens pedagógicas alternativas que auxiliem os alunos enfrentando desafios educacionais decorrentes da educação especial, sem que isso resulte em diferenciação ou empobrecimento de suas experiências educacionais (CLAUDIA, 2010). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei n° 9.394/1996 estabelece diretrizes para a formação de professores e aborda a importância da educação inclusiva. Ela reconhece a necessidade de preparar professores para atuar de forma inclusiva, assegurando uma educação de qualidade a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades (BRASIL, 1996). As diretrizes da Lei de Diretrizes da Educação Nacional (LDB), Lei n° 9.394/1996, desempenham um papel fundamental na formação de professores para a educação inclusiva no Brasil. A LDB estabelece princípios e diretrizes gerais que norteiam a educação no país, e essas diretrizes têm implicações importantes para a formação dos profissionais da educação, incluindo os professores que atuam na área da educação inclusiva. (BRASIL, 1996). A LDB estabelece que a formação e professores para atuar na educação básica deve ser realizada em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação. Isso implica que os professores devem receber uma formação sólida e abrangente que os prepare para atuar com diversos públicos, incluindo alunos com necessidades educacionais especiais (BRASIL, 1996). O artigo 62 da LDB destaca; A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal (BRASIL, 1996, p.42). Além da formação inicial, a LDB enfatiza a importância da formação continuada dos professores. Ela estabelece que os sistemas de ensino devem incentivar a formação em serviço, incluindo programas de atualização, aperfeiçoamento e especialização para professores. Essa formação continuada é essencial para que os professores desenvolvam competências específicas para a educação inclusiva (BRASIL, 1996). A LDB menciona o artigo 67; Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; (BRASIL, 1996, p.44). A LDB prevê a adaptação dos currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às necessidades dos alunos com deficiência. Isso significa que os professores devem estar preparados para adaptar seu ensino de acordo com as características individuais dos alunos, promovendo a inclusão (BRASIL, 1996). Como trata o primeiro parágrafo do artigo 59 "[...] currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades" (BRASIL, 1996, p. 40). A LDB estabelece que os alunos com deficiência têm direto ao atendimento educacional especializado, que deve ser oferecido em salas de recursos multifuncionais ou em centros de atendimento educacional especializado. Os professores que atuam nesse contexto devem receber formação específica para proporcionar um atendimento adequado (BRASIL,1996). O artigo 59 em seu parágrafo terceiro descreve; Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996, p. 40). A LDB promove a gestão democrática das escolas, que envolve a participação da comunidade escolar nas decisões educacionais. Isso inclui pais, alunos, professores e demais profissionais da educação. A participação ativa da comunidade da definição das políticas educacionais pode contribuir para uma educação mais inclusiva (BRASIL, 1996). O artigo 3° em seu parágrafo nono menciona; 3. METODOLOGIA A pesquisa sobre formação de professores e educação inclusiva utiliza uma abordagem metodológica abrangente para analisar as estratégias eficazes que podem ser implementadas para promover um ambiente educacional mais inclusivo. Esta metodologia qualitativa será projetada para fornecer uma compreensão aprofundada das práticas de formação de professores que impactam positivamente a promoção da inclusão nas salas de aula. A pesquisa será uma revisão bibliográfica descritiva extensa da literatura sobre formação de professores e educação inclusiva. Segundo Koche, 2002, a pesquisa bibliográfica é um processo de exploração e análise da teorias existentes em livros e obras relacionadas para compreender e explicar um problema de pesquisa. Seu objetivo principal é adquirir conhecimento teórico sobre um tema específico, o que o torna essencial em qualquer tipo de investigação. Ela pode ser usada para ampliar o entendimento de um campo, servir de base para a criação de modelos explicativos ou para apresentar o estado atual do conhecimento em um tema. Na pesquisa bibliográfica o investigador irá levantar o conhecimento disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para auxiliar a compreender ou explicar o problema objeto da pesquisa bibliográfica, portanto, é o de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para qualquer tipo de pesquisa. (KOCHE, 2011, p.122). Está etapa da revisão bibliográfica tem o objetivo de estabelecer uma base teórica sólida para identificar a importância da formação continuada do professor na perspectiva inclusiva em desenvolver habilidades e competências para a interação social do aluno com Transtorno do Espectro Autista. As pesquisa descritivas têm como principal objetivo descrever as características de uma população ou fenômeno e estabelecer relações entre variáveis. Ela se destacam pela utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados e abrangem estudos que analisam a distribuição de grupos por características como idade, sexo, origem, escolaridade, renda e saúde (GIL, 2008). Segundo Gil, 2008, algumas se classificam como descritivas, podem fornecer novas perspectivas sobre o problema, aproximando-se das pesquisas exploratórias. Geralmente realizadas por pesquisadores sociais preocupados com aplicações práticas, essas pesquisas são frequentemente solicitadas por instituições educacionais, empresas e partidos políticos. Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação. Neste caso tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa. Por outro lado, há pesquisas que, embora definidas como descritivas a partir de seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias (GIL, 2008, p.47). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A formação de professores é um tema de grande relevância e complexidade no contexto educacional brasileira, com impacto direto na qualidade da educação e no desenvolvimento do país. A constituição Federal (CF) de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que passou por alterações significativas ao longo dos anos, desempenham papéis fundamentais na regulamentação e orientação da formação de professores no Brasil. A CF de 1988, aborda a importância da valorização dos profissionais da educação, o que inclui a valorização da formação continuada e do aprimoramento profissional dos professores. A LDB, por sua vez, fornece diretrizes específicas para a formação de professores. Ela estabelece, obrigatoriedade de formação em nível superior para os professores da educação básica, assegurando qualidade e a adequada preparação dos professores que atuarão com os alunos em todos os níveis de ensino. A LDB também trata da formação inicial e continuada dos professores, reforçando a necessidade de programas de formação, atualização e aprimoramento. REFERÊNCIAS 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 31 jan. 2023. BRASIL, Lei n. 13.005, de 25 de jun. de 2014. Plano Nacional de Educação. Brasília, DF, 2014. Disponível em: www.planalto.gov.br/.../2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 17 fev. 2023. BRASIL, Ministério da Educação. Lei n° 12.796/2003, de 04 de abril de 2013. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2013. Disponível em: portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pd. Acesso em: 07 fev. 2023. Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 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Disponível em: portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 20 fev. 2023. SOARES, M. A. L. CARVALHO, M. de F. O professor e o aluno com deficiência. São Paulo: Cortez, 2012.
Título do Evento
VI Seminário Gestão, Planejamento e Ensino
Título dos Anais do Evento
Anais do VI Seminário Gestão, Planejamento e Ensino
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, THAISE FÁTIMASILVA DE; SANTANA, Prof. Dr. Zionel. FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.. In: Anais do VI Seminário Gestão, Planejamento e Ensino. Anais...Três Corações(MG) UNINCOR, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/vi-seminario-gestao-planejamento-e-ensino-397312/767967-FORMACAO-DOS-PROFESSORES-NA-PERSPECTIVA-DA-EDUCACAO-INCLUSIVA. Acesso em: 03/05/2025

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