DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE RUPTURA DIAFRAGMÁTICA EM  FELINO: RELATO DE CASO

Helen Luci Reis Bezerra; Elísia Carmem Gonçalves Bastos; Cassia Regina Oliveira Santos; Brisa Vanessa Veronica de Araujo; JEILA FERREIRA DOS SANTOS; Joyce Novais Pereira; Suammy Dos Santos

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Trabalho

Título do Trabalho

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE RUPTURA DIAFRAGMÁTICA EM FELINO: RELATO DE CASO

Autores

Helen Luci Reis Bezerra
Elísia Carmem Gonçalves Bastos
Cassia Regina Oliveira Santos
Brisa Vanessa Veronica de Araujo
JEILA FERREIRA DOS SANTOS
Joyce Novais Pereira
Suammy Dos Santos

Modalidade

Resumo Simples

Área temática

Relato de caso

Data de Publicação

02/12/2020

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/vetvale2020/244418-diagnostico-e-tratamento-de-ruptura-diafragmatica-em--felino--relato-de-caso

ISBN

978-65-5941-028-6

Palavras-Chave

Trauma, diagnóstico, radiografia, herniorrafia, diafragma

Resumo

Introdução: A ruptura diafragmática é a protrusão de vísceras abdominais, através do diafragma para o interior do tórax, e o trauma abdominal é a causa mais comum desta ruptura. Os sinais clínicos incluem: angústia respiratória, cianose e pode levar ao choque, embora também possa ser assintomática. Pelo fato da alteração presente nas rupturas diafragmáticas ser de natureza anatômica, o tratamento cirúrgico é o único indicado. Objetivo: Relata-se o diagnóstico e tratamento cirúrgico de uma ruptura diafragmática em uma gata admitida na Clínica Veterinária Universitária (CVU-UNIVASF) em Petrolina-PE. Relato de caso: Foi atendido na Clínica Veterinária Universitária da UNIVASF, um felino, fêmea, não castrada, 2,035 kg, sem raça definida, com aproximadamente 5 meses de idade. O tutor relatou que a gata tinha acesso à rua e chegou em casa com quadro de dispneia. No exame físico destacou-se um quadro de dispneia mista e taquicardia. Foi solicitada radiografia simples do tórax em projeção lateral, por meio da qual foi evidenciado perda de definição da linha diafragmática e presença das vísceras abdominais na cavidade torácica, que sugeriram ruptura diafragmática. Método: O animal foi encaminhado para a cirurgia para reconstrução do defeito, e após celiotomia, identificaram-se fígado e alças do intestino delgado na cavidade torácica, os posicionando na sua topografia habitual, seguiu-se com a sutura no defeito do diafragma no padrão contínuo simples, utilizando fio mononailon 3-0, a pressão negativa foi reestabelecida seguida do teste de borracheiro negativo. A cavidade abdominal foi suturada em padrão contínuo simples, utilizando mononailon, 3-0, subcutâneo com sutura de cusching, utilizando mononailon 4-0 e a pele com sutura isolado simples, com mononailon 3-0. O controle da dor e cuidados pós-operatórios foram estabelecidos segundo a literatura. Após 72 horas o paciente foi reavaliado no HVU e não foi identificado alterações no pardrão respiratório bem como bom estado da ferida cirúrgica. Após 7 dias, o paciente voltou para remoção dos pontos, e possuía completa cicatrização da ferida cirúrgica. Discussão: A dispneia pode ser o sinal clínico mais evidente nesses casos, uma vez que a ruptura diafragmática causa a herniação de órgãos abdominais para a cavidade torácica causando uma redução do espaço dentro da cavidade, diminuindo assim, sua capacidade pulmonar de insuflação e desinsuflação, e consequente hipoxemia. O diagnóstico da ruptura diafragmática foi confirmado pela radiografia simples do tórax. A radiografia na projeção lateral foi suficiente para a confirmação do diagnóstico, não necessitando submeter o animal a outras projeções que poderiam descompensar o quadro clínico estável. O tratamento instituído para o animal foi a reparação cirúrgica do defeito no diafragma, na qual identificou-se o fígado como um dos órgãos no tórax, tal órgão mais frequente de passar pelo defeito, seguido do estômago, intestino, baço e omento. Desses, apenas parte de intestino delgado foi identificado através do defeito. Conclusão: A ruptura diafragmática deve ser incluída como diferencial para casos de dispneia mista, e a radiografia simples na projeção lateral foi suficiente para sugerir a ruptura, o que auxiliou de não sobrecarregar a compensação do organismo frente a esta condição.

Título do Evento: I Congresso de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco
Título dos Anais do Evento: Anais do I Congresso de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

BEZERRA, Helen Luci Reis et al.. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE RUPTURA DIAFRAGMÁTICA EM FELINO: RELATO DE CASO.. In: Anais do I Congresso de Medicina Veterinária do Vale do São Francisco. Anais...Petrolina(PE) UNIVASF, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/vetvale2020/244418-DIAGNOSTICO-E-TRATAMENTO-DE-RUPTURA-DIAFRAGMATICA-EM--FELINO--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 02/08/2025