CADEIAS GLOBAIS DE COMMODITIES E DESAFIOS PARA TRANSIÇÕES JUSTAS NOS SISTEMAS ALIMENTARES NO CONTEXTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O CASO DA SOJA NO BRASIL

Publicado em 22/03/2023 - ISBN: 978-85-5722-682-1

Título do Trabalho
CADEIAS GLOBAIS DE COMMODITIES E DESAFIOS PARA TRANSIÇÕES JUSTAS NOS SISTEMAS ALIMENTARES NO CONTEXTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O CASO DA SOJA NO BRASIL
Autores
  • Emilia Jomalinis de Medeiros Silva
  • Bibi Cintrão
  • Tassia Camila de Oliveira Carvalho
  • Renato Sérgio Jamil Maluf
  • Luciene Burlandy Campos de Alcântara
Modalidade
Resumo expandido - Ensaio
Área temática
Produção e processamento de alimentos para sistemas alimentares saudáveis
Data de Publicação
22/03/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/venpssan2022/494882-cadeias-globais-de-commodities-e-desafios-para-transicoes-justas-nos-sistemas-alimentares-no-contexto-de-mudancas
ISBN
978-85-5722-682-1
Palavras-Chave
transição justa ; sistemas alimentares; soja
Resumo
1.Introdução Os sistemas alimentares globalizados têm promovido uma crescente concentração da produção em um conjunto reduzido de cultivos agrícolas e criações animais em monoculturas genéticas industriais de grande escala, com menor preço relativo, comercializadas como commodities em mercados financeiros. As cadeias globais caracterizam-se pela padronização dos alimentos (com perdas de biodiversidade), amplo uso de insumos industriais (adubos, agrotóxicos, maquinários) e grandes distâncias entre locais de produção, processamento e consumo (cadeias longas). O modelo de produção dominante, tanto na agropecuária quanto na indústria alimentar (em especial pelos alimentos ultraprocessados), geram altos custos sociais, ambientais e para a saúde (Ipes Food, 2017) e contribuem para uma “Sindemia Global” caracterizada pela sinergia de três pandemias: obesidade, desnutrição e mudanças climáticas (Swinburn et al., 2019). Em relatório recente, o IPCC (2019) estimou que entre 21 e 37% das emissões de gases de efeito estufa são atribuídas ao sistema alimentar em suas etapas de uso da terra, armazenamento, transporte, embalagem, processamento, varejo, consumo e desperdício de alimentos. Estas questões fortalecem, no debate internacional - em especial na Europa - as demandas por mudanças nos sistemas alimentares rumo a modelos mais justos, sustentáveis e saudáveis (Ericksen, 2008). A ideia de “transição justa” originou-se nos debates que interligam mudanças climáticas, meio ambiente e energia, preocupados com os impactos das regulamentações ambientais sobre os empregos na transição para sociedades de baixo carbono (Ciplet e Harrison, 2019; Heffron e McCauley; 2017). Mais recentemente, passou a ser utilizada também para pensar as transições nos sistemas alimentares. A concepção de justiça de Fraser e Honneth (2003) orienta esta análise sobre transição justa nos sistemas alimentares, que abrange três dimensões inter-relacionadas: justiça distributiva (distribuição equitativa dos danos e benefícios das várias atividades em questão); justiça processual (igualdade de oportunidades para participar e ter voz nos processos políticos e de tomada de decisão); e justiça cognitiva (reconhecimento de diferentes grupos/sujeitos, sistemas de valores e direitos). No âmbito dos sistemas alimentares globalizados, as cadeias de valor da soja e da pecuária têm sido reconhecidas como uma das mais injustas e insustentáveis, considerando seus impactos sociais e ambientais. Este trabalho baseia-se em pesquisa realizada desde 2019, no âmbito de projeto de cooperação internacional, que inclui um estudo de caso sobre a cadeia da soja no Brasil, com o objetivo de identificar as repercussões socioambientais e climáticas das importações deste produto pela Europa e refletir sobre os desafios e possibilidades de processos de transições justa para sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis no contexto de mudanças climáticas. Este ensaio problematiza uma das perguntas orientadoras da pesquisa, que diz respeito às possibilidades e desafios para uma transição justa e sustentável nas cadeias de valor da soja. 2. A Cadeia da Soja no Brasil, Sistemas Alimentares e (in)justiças A soja se tornou uma das principais commodities agrícolas nos mercados globais, caracterizados pela crescente financeirização e controle das etapas da cadeia por grandes corporações, características que McMichael (2009) associa ao Regime Alimentar Corporativo. O aumento da demanda mundial de soja vem sendo impulsionado pelo crescimento do consumo de carnes - bovina, aviária e suína – produzidas com base nos modernos métodos industriais, com a utilização de grandes volumes de rações à base de grãos (em especial o milho, mas também outras gramíneas) e oleaginosas (com destaque para a soja) produzidos em grandes monoculturas. Este complexo industrial grão-oleaginosa-pecuária compõe um quadro de determinantes de injustiças distributivas, com distribuição desigual no consumo mundial de carnes, concentrado em países do Norte global, enquanto os custos sociais e ambientais se concentram em países do Sul (Weis, 2013). Entre 1988 a 2018, o Brasil incorporou cerca de 24 milhões de hectares de soja se convertendo em um dos principais produtores e exportadores mundiais de soja, juntamente com Estados Unidos e Argentina, sendo a China e a União Europeia os principais destinos das exportações. A soja constituiu-se numa das rubricas mais expressivas da pauta de exportações brasileiras, o que justificaria, para alguns estudiosos e parte do campo político e midiático, essa estratégia. Sua expansão contou com forte apoio do governo brasileiro em pesquisa tecnológica, crédito rural e implantação de infraestruturas de transporte e armazenamento. Empresas multinacionais (tradings) como ADM, Bunge, Cargill, Cofco e Dreyfus, impulsionam a expansão da soja, com forte processo de concentração econômica e desnacionalização do setor, com a exclusão de produtores de soja de menor escala (Leite e Wesz Junior, 2009). O mercado financeiro mundial tem papel importante nas operações de extração de matéria-prima e organização da logística de sua circulação, influenciando nas altas e baixas dos preços (Svampa, 2019; Weis, 2013). Todavia, a contínua expansão da soja e da pecuária tem impulsionado a abertura de novas fronteiras agrícolas em áreas de vegetação nativa na Amazônia e no Cerrado, afetando duramente estes biomas e os modos de vida das populações rurais que habitam esses territórios e enfrentam, de modo assimétrico, grandes agentes econômicos, resultando injustiças sociais e ambientais, como conflitos pela posse da terra, desmatamentos, redução do acesso aos recursos naturais, prejuízos à pesca, caça e extrativismo, contaminações por agrotóxicos, assoreamento de nascentes, contaminação das águas e lençóis freáticos e, inclusive, incêndios criminosos e assassinatos de lideranças de movimentos sociais. Nesta condição, se encontram agricultores familiares, acampados e assentados da reforma agrária, comunidades extrativistas, povos indígenas e os chamados povos e comunidades tradicionais (Schlesinger, 2006; Greenpeace, 2006; Pitta e Cerdas, 2017). Obras de infraestrutura para armazenamento e transporte de grandes quantidades de grãos também têm contribuído para este cenário. Fragilidades da política fundiária, especulações e imprecisões na documentação da terra e o desigual acesso ao sistema judiciário configuram-se como injustiças processuais (Mello, 2016; Sauer e Leite, 2012; Aguiar, 2021). O aumento do preço das commodities nos mercados futuros internacionais impacta nos preços de terras, impulsionando a grilagem, mesmo que estas terras não sejam utilizadas para a soja num primeiro momento (Garret e Rauch, 2016; Favaretto et al., 2019; Pitta e Cerdas, 2017; Escher e Wilkinson, 2019). O uso de herbicidas, associado às sementes transgênicas, causa danos à saúde humana e prejuízos às lavouras não transgênicas vizinhas, gerando desequilíbrios ambientais que agravam problemas como pragas e doenças. O peso econômico crescente da soja e das carnes nas exportações e na balança comercial brasileira transformou essa commodity num instrumento de poder, contribuindo para o fortalecimento de coalizões em torno do chamado “agronegócio”, articulando organizações de proprietários fundiários, do patronato rural, instituições financeiras e associações vinculadas aos diferentes complexos agroindustriais. A grande concentração de poder econômico, fundiário e financeiro se traduz em influência política, tanto no plano local quanto estadual e nacional, retroalimentando injustiças distributivas e processuais. A principal forma de expressão política desse segmento é a Frente Parlamentar da Agropecuária, a “bancada ruralista”, que se articula no Congresso Nacional como uma das maiores bancadas interpartidárias (Pompeia, 2021; Ferrante e Fearnside, 2019; Moura et al., 2020). As desigualdades processuais levam a que políticas públicas de crédito e investimento em infraestrutura beneficiem esses setores e as cadeias longas, em detrimento dos circuitos curtos e da produção de alimentos por agricultores familiares. Isenção de impostos (inclusive sobre agrotóxicos) subsidiam o setor. Soma-se a aprovação de mudanças na legislação ambiental, com enfraquecimento da fiscalização para favorecer os desmatamentos, bloqueios à política fundiária, redução nos direitos territoriais de povos indígenas e comunidades tradicionais, e alterações na regulação dos agrotóxicos permitindo intensificar seu uso e liberar novos produtos (Ferrante e Fearnside, 2019; Moura et al., 2020; Bombardi, 2022). Às desigualdades e injustiças distributivas e processuais se somam as desigualdades cognitivas, que repercutem na política dos alimentos. Desde o nível internacional até o local, as coalizões em torno do agronegócio proclamam o grande sucesso das cadeias de valor da soja na obtenção de divisas para a balança comercial brasileira e no fornecimento de óleo e ração, em grandes quantidades e a preços baixos, contribuindo para a “segurança alimentar mundial” e para a popularização e crescimento contínuo do consumo de produtos de origem animal. Desconhecem e mesmo negam o aumento da fome no Brasil, assim como a relação entre a expansão do monocultivo de soja e da pecuária em grande escala e o aquecimento global. Por outro lado, movimentos sociais em torno da luta pelo acesso à terra e aos recursos naturais, envolvendo populações camponesas e indígenas, se articulam nacional e internacionalmente, buscando dar voz às injustiças sociais e ambientais do modelo de produção dominante. Os conflitos socioambientais remetem a dimensões de justiça cognitiva ao defender diferentes sistemas alimentares e formas de produção, como a agroecologia e as cadeias curtas de produção e consumo, valorizando diferentes modos de vida e de relação com os territórios e com os recursos naturais. 3. Desafios para as abordagens multiescalar e sistêmica Considerando, assim, os elementos expostos no tocante às manifestações de injustiça presentes no complexo soja-carnes, torna-se evidente o desafio de pensar caminhos para a sua transição. Pressupor que os sistemas alimentares são mais do que a mera agregação de um conjunto de atividades interconectadas (Ericksen, 2008) demanda localizar as cadeias de valor da soja como parte do complexo industrial grão-oleaginosa-pecuária. Combinar uma abordagem multiescalar destas cadeias de valor e sistemas alimentares com uma visão processual das transições é outro elemento central desta análise, que assume a pluralidade de sistemas alimentares em diferentes escalas (internacional, nacional e subnacional), cuja coexistência envolve interdependências, complementaridades e conflitos sob múltiplas dinâmicas territoriais com importantes repercussões no abastecimento alimentar (Maluf, 2021). Considerando essa abordagem multiescalar, conectar as cadeias de valor da soja e as transições desejadas para sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis significa avaliar as repercussões socioambientais e para a saúde dos modelos de produção e consumo a que estão associados globalmente, bem como as formas como o cultivo, processamento e comercialização da soja interagem com os sistemas alimentares nos níveis nacional e subnacional. Mais recentemente, um conjunto de iniciativas privadas e governamentais buscaram responder às preocupações do Norte Global, com vista à mitigação das alterações climáticas, dentre as quais a moratória e as certificações de sustentabilidade. Em que pese avanços registrados, como no caso da redução do desmatamento da Amazônia em decorrência da Moratória (Ferrante e Fearnside, 2017), são iniciativas que perpetuam um quadro mais geral e complexo de desigualdades e injustiças, historicamente constituídas, do nível local ao nacional. Por exemplo, a especulação fundiária, associada à expansão do complexo soja-carne, e o contínuo aumento na demanda pelo grão continuam impulsionando a expansão agrícola e reforçando o quadro de impactos socioambientais previamente descritos (Pitta e Cerdas, 2017). Limitações semelhantes são observadas nas certificações para a soja sustentável, que ganhou destaque internacional como resposta às demandas do mercado consumidor europeu, estabelecendo selos com critérios e regulamentações como forma de garantir aos compradores que aquela soja é originária de uma “produção responsável” ou “produção sustentável”, com menor impacto social e ambiental. Embora a RTRS - Roundtable for Responsible Soy - seja considerada por alguns autores como um caminho para uma maior sustentabilidade (Grenz e Agnes 2020; Draengni 2015, Raasch 2020), os dados coletados por esses mesmos autores e analisados sob a ótica das transições alimentares indicam que as certificações podem reforçar desigualdades e assimetrias do poder existente. O acesso à certificação ainda é restrito a poucos produtores e regiões, ocorrendo principalmente por grandes produtores e grupos empresariais, dependentes de grandes comerciantes para garantir a segregação e descarte dessa soja certificada, reforçando as injustiças distributivas. Assim, são iniciativas que promovem ganhos parciais em matéria de (in)justiça, incluindo a (in)justiça ambiental. Iniciativas que contribuem para transições justas referem-se, por exemplo, ao reconhecimento legal de terras de povos indígenas e comunidades tradicionais e à criação de unidades de conservação que, simultaneamente, contribuem para mitigar injustiças ambientais, alimentares e sociais. Ao focar especificamente na questão das mudanças climáticas (e por vezes nas emissões de gases de efeito estufa), iniciativas que desconsideram uma abordagem multiescalar e sistêmica, em geral não caminham para uma transição justa que agregue a mitigação das mudanças climáticas, por um lado, e as múltiplas dimensões da justiça, por outro. Portanto, são limitadas as opções para mudanças socioambientais nas cadeias de valor da soja em direção à justiça social e à sustentabilidade; algumas delas são, inclusive, referenciadas como “falsas soluções” por organizações e movimentos sociais que acompanham agendas internacionais relativas aos temas das mudanças climáticas e dos sistemas alimentares, ao considerar que, mais do que resolver o problema, estão contribuindo com sua parcela de danos (La Via Campesina, 2014). 4. Considerações Finais A análise das diferentes dimensões da justiça - distributiva, processual e cognitiva -, aplicadas aos sistemas alimentares em múltiplas escalas, possibilita problematizar os limites dos caminhos para uma transição sustentável e justa nas cadeias de valor da soja no Brasil. A revisão da literatura indica, à luz da noção de transição justa, que o aumento do consumo de carne associado à pecuária industrial intensiva reforça as injustiças alimentares. As injustiças distributivas, processuais e cognitivas a serem corrigidas em processos de transição se manifestam principalmente em nível local, muitas vezes como conflitos socioambientais. A literatura sobre a evolução da cadeia de valor da soja no Brasil aponta para grandes desigualdades e injustiças, sociais e ambientais, caracterizando-a como uma das mais injustas e insustentáveis. Iniciativas privadas e governamentais, em resposta a demandas sociais, compromissos internacionais e imposições regulatórias, no contexto das mudanças climáticas têm apresentado alcance limitado, e constituem-se até mesmo como falsas soluções em termos de processos de transição justa. As injustiças ocorrem de forma diferente nos territórios, o que exige compreender a territorialidade de cadeias e sistemas para a construção de uma transição justa e, portanto, pressupõe também uma abordagem multiescalar dos sistemas alimentares. É igualmente relevante considerar a transição entre as modalidades de cultivo da soja e as repercussões socioambientais nos respectivos territórios em que ocorrem. Referências Bibliográficas Aguiar, Diana. 2021. Dossiê Crítico da Logística da Soja: Em defesa de alternativas à cadeia monocultural. Rio de Janeiro: FASE. Bombardi,I, Larissa Mies, CHANGOE, Audrey. 2022 Comércio Tóxico - A ofensiva do lobby dos agrotóxicos da União Europeia no Brasil. 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Título do Evento
V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Título dos Anais do Evento
Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

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SILVA, Emilia Jomalinis de Medeiros et al.. CADEIAS GLOBAIS DE COMMODITIES E DESAFIOS PARA TRANSIÇÕES JUSTAS NOS SISTEMAS ALIMENTARES NO CONTEXTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O CASO DA SOJA NO BRASIL.. In: Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Anais...Salvador(BA) UFBA, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VEnpssan2022/494882-CADEIAS-GLOBAIS-DE-COMMODITIES-E-DESAFIOS-PARA-TRANSICOES-JUSTAS-NOS-SISTEMAS-ALIMENTARES-NO-CONTEXTO-DE-MUDANCAS. Acesso em: 08/05/2025

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