CONSUMO DE ALIMENTOS DE ALTA DENSIDADE ENERGÉTICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO BRASIL

Publicado em 22/03/2023 - ISBN: 978-85-5722-682-1

Título do Trabalho
CONSUMO DE ALIMENTOS DE ALTA DENSIDADE ENERGÉTICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO BRASIL
Autores
  • Liane Murari
  • Natália Cristaldo Lemes
  • Karyne Garcia Tafarelo Moreno
  • Verônica Gronau Luz
Modalidade
Resumo expandido - Relato de Pesquisa
Área temática
Determinantes e efeitos da Insegurança Alimentar e Nutricional
Data de Publicação
22/03/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/venpssan2022/494247-consumo-de-alimentos-de-alta-densidade-energetica-durante-a-pandemia-de-covid-19-no-brasil
ISBN
978-85-5722-682-1
Palavras-Chave
consumo alimentar, covid-19, pandemia
Resumo
Introdução A pandemia de Covid-19 criou um contexto global que influenciou o consumo e o comportamento alimentar. A necessidade do isolamento social e a adoção do trabalho remoto possibilitaram mais oportunidades das famílias cozinharem, prepararem o próprio alimento. Por outro lado, a impossibilidade de frequentar restaurantes e bares fez com que se aumentassem os pedidos de comida por delivery. Um estudo brasileiro avaliou os hábitos alimentares antes e durante a pandemia e demonstrou um aumento da frequência de “cozinhar” (72,3% antes e 77,6% durante a pandemia), mas também no uso de serviço de entrega (29,8% antes e 48,8% durante a pandemia) (MAZZOLANI et al., 2021). O medo do contágio gerou estresse, e a interrupção das rotinas somada à incerteza do tempo para o reestabelecimento das atividades normais causou ansiedade. Uma pesquisa conduzida na Argentina para investigar aspectos psicossociais e comportamentais em população adulta demonstrou dados alarmantes. Do total de participantes, 41% referiram sintomas compatíveis com depressão, ansiedade, tristeza, relutância ou desesperança (HERRERA-PAZ et al., 2020). O estabelecimento do isolamento social privou ainda as populações do convívio social. Desta forma, o apoio emocional dos amigos e familiares e o apoio profissional ficaram comprometidos. Neste cenário, a alimentação pode ter um papel de conforto emocional com a preferência na rotina por alimentos altamente energéticos (ricos em açúcar e gordura) e que, geralmente, são consumidos em ocasiões especiais. Pesquisa realizada nos Estados Unidos demonstrou um aumento no consumo de alimentos considerados "comfort food", como salgadinho, sorvete, pizza, doces e bolos (SILVERMAN e WANG, 2021). Se, por um lado, a alimentação pode ter um papel de conforto emocional, por outro houve maior interesse por uma alimentação saudável visando o aumento da imunidade. Pesquisas realizadas na França e no Irã demonstraram um aumento significativo no consumo de frutas e vegetais após o início da pandemia (MOHAJERI et al., 2021; MARTY et al., 2021). Em adição ao apelo sensorial e à preocupação com a saúde, houve uma mudança no contexto socioeconômico. O desemprego como consequência da pandemia impactou até mesmo os países desenvolvidos. Pesquisa realizada nos Estados Unidos demonstrou um aumento de quase um terço (32,3%) na insegurança alimentar, sendo 35,5% das famílias com insegurança alimentar classificada como recém-insegurança alimentar. Houve maior chance de insegurança alimentar entre os indivíduos que perderam o emprego (NILES et al., 2020). Considerando que o Brasil é um país em desenvolvimento e que já enfrentava uma crise econômica antes da pandemia, com altas taxas de desemprego, torna-se necessário investigar os impactos da pandemia no consumo de alimentos de alta densidade energética. Estes dados poderão auxiliar na elaboração de medidas de controle e tratamento, considerando as consequências na saúde, como o surgimento ou o agravo das doenças crônicas não transmissíveis. O presente estudo consiste em uma revisão da literatura com levantamento sistemático para avaliar as principais mudanças que ocorreram no consumo de alimentos de alta densidade energética de brasileiros entre 18 e 65 anos durante a pandemia de Covid-19. Métodos Foram realizadas buscas nas bases de dados MEDLINE (via Pubmed), Scopus, Web of Science, Embase, Psycinfo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no dia 01 de outubro de 2020, sem restrição de tempo. Para guiar a revisão formulou-se a seguinte questão norteadora: quais foram as mudanças que ocorreram no consumo de alimentos de alta densidade energética durante as restrições da pandemia? Foi utilizada a estratégia PICO (População, Intervenção, Comparação e "Outcomes" ou desfecho) na elaboração da pergunta e na busca por evidências, em que a população consistiu em homens e mulheres adultos saudáveis, com o contexto da pandemia como intervenção comparado ao período sem pandemia, e as mudanças no consumo de alimentos de alta densidade energética como resultados. Foram seguidas as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA) quanto ao rigor metodológico nas etapas de identificação, seleção e extração dos dados. Optou-se por estratégia de busca abrangente, que combinou os seguintes termos sobre consumo alimentar: ‘adult’ OR ‘middle aged’ AND ‘eating’ OR ‘diet’ OR ‘food preferences’ OR ‘energy intake’ OR ‘nutrients’ OR ‘feeding behavior’ OR ‘eating attitudes’ OR ‘dietary practices’ AND ‘coronavirus infections’ OR ‘COVID-19’ AND ‘pandemics’ AND ‘social Isolation’ OR ‘quarantine’ OR ‘physical distancing’. Os estudos foram selecionados de forma independente por dois revisores (LMR e NCL), por meio da plataforma de seleção Rayyan®. Foi realizada inicialmente uma triagem dos títulos e resumos. Os estudos potencialmente elegíveis, que atendiam aos critérios de seleção, foram recuperados e lidos na íntegra. As discordâncias foram resolvidas por consenso por um terceiro revisor (KGTM). Foram excluídos os estudos não escritos em português, espanhol ou inglês, estudos experimentais, estudos que realizaram controle da dieta, estudos realizados com crianças, adolescentes, atletas ou grupos de pessoas com uma comorbidade específica em comum. Foram incluídos somente estudos que avaliaram as práticas alimentares antes e durante o período de restrição da pandemia, de forma prospectiva ou retrospectiva. A revisão incluiu estudos observacionais (transversais) e realizou-se análise descritiva dos dados e elaboração de uma síntese narrativa. Resultados A busca sistemática identificou 1176 estudos (MEDLINE: 278; Scopus: 449; Web of Science: 71; Embase: 116; Psycinfo: 38 e BVS: 224); após a remoção dos registros duplicados, 595 artigos foram recuperados para posterior avaliação. Após a triagem dos títulos e resumos, 9 estudos foram considerados potencialmente elegíveis. Por fim, três estudos observacionais realizados com população brasileira de 18 a 65 anos avaliaram o consumo de alimentos de alta densidade energética antes e durante o período de restrição da pandemia, e portanto, foram incluídos nesta revisão (SANTANA et al., 2021; MALTA et al., 2020; SOUZA et al., 2022). O estudo de Santana e colaboradores (2021) foi realizado de abril a maio de 2020 com 955 indivíduos (77% mulheres) com média de idade de 38,7 ± 11,6 anos. O estudo de Malta e colaboradores (2020) também foi realizado de abril a maio de 2020, mas com amostra de 45.161 indivíduos (53,6% mulheres), com maior concentração de pessoas de 18 a 29 anos, representando 24,7%. E por fim, o estudo de Souza e colaboradores (2022) foi realizado de agosto a setembro de 2020 com 1368 indivíduos (80% mulheres), com mediana de idade de 31 anos (IC 24 – 39 anos). Os três estudos foram realizados por meio de pesquisa on-line. Quanto à avaliação do consumo alimentar, Santana e colaboradores (2021) utilizaram um Questionário de frequência alimentar (QFA) validado com 70 itens. Tratou-se de um QFA de Willett (1998), adaptado para estudantes universitários de Nutrição do Recôncavo Baiano (Pereira-Santos et al., 2016). Souza e colaboradores (2022) utilizaram um QFA e questões sobre o número de refeições. Já Malta e colaboradores (2020) utilizaram duas questões sobre o consumo de determinados alimentos: a) Usualmente, antes da pandemia, em quantos dias da semana costumava comer esses alimentos?; b) Durante a pandemia, com que frequência você passou a comer esses alimentos?. Foram apresentados como opções os seguintes alimentos: vegetais (verduras ou legumes); frutas; feijão; pizza congelada ou lasanha congelada ou outro prato pronto congelado; salgadinhos de pacote; chocolates, biscoitos doces, pedaços de torta. Referente à condição socioeconômica, o estudo de Santana e colaboradores (2021) foi realizado com estudantes universitários com predominância de renda familiar entre dois e quatro salários mínimos (47,2%), seguido por maior de cinco salários mínimos (21,9%), um salário mínimo ou menos (17,0%). O restante dos indivíduos (13,9%) optou por não responder. Souza e colaboradores (2022) apresentaram a renda per capita em dólares, com mediana de US$ 347,5 (IC 78,4 – 352,7). Malta e colaboradores (2020) não apresentaram dados socioeconômicos. Os três artigos incluídos nesta revisão observaram aumento no consumo de alimentos de alta densidade energética. Foi relatado o aumento na prevalência do consumo de alimentos ricos em açúcar, como chocolates/biscoitos doces/ pedaços de torta em dois dias ou mais por semana, antes 41,3% (IC95% 39,8; 42,7) e durante a pandemia 47,1% (IC95% 45,6; 48,6). Houve também aumento da prevalência de consumo de congelados, antes 10,0% (IC95% 8,9; 11,2) e 14,6% (IC95% 13,5; 15,9) durante a pandemia e de salgadinhos, antes 9,5% (IC95% 8,6; 10,5) e 13,2% (IC95% 12,2; 14,3) durante a pandemia (MALTA et al., 2020). Souza e colaboradores (2022) relataram aumento no consumo de fast food (pizza e sanduíche) e refeições instantâneas (noodles). O estudo de Santana e colaboradores (2021) considerou as mudanças de humor na investigação, e encontrou 30,5% dos indivíduos que relataram consumir mais alimentos processados e ultraprocessados em momentos de ansiedade e angústia devido a pandemia. Além desta análise, também foi realizada uma investigação de padrões alimentares, sendo identificados quatro padrões que explicaram 61,4% da variabilidade total na dieta: 1) padrão predominantemente in natura, composto de raízes e tubérculos, frutas, verduras e azeite de oliva; 2) padrão de alimentos processados e ultraprocessados, composto por açúcar e doces, produtos industrializados prontos para consumo, gorduras, pães e cereais refinados e laticínios; 3) padrão baseado em proteínas, composto por leguminosas, carnes e ovos; e 4) padrão baseado em infusão, composto por chá e café. Nessa perspectiva, o padrão alimentar 1, predominantemente in natura, explicou 25,8% da variabilidade do consumo alimentar, seguido pelo padrão alimentar 2, de alimentos processados e ultraprocessados, que explicou 17,43% do consumo alimentar. O padrão alimentar 3, baseado em proteínas, respondeu por 9,72% do consumo, e o padrão alimentar 4, composto por bebidas, explicou 8,51% do consumo (SANTANA et al., 2021). No estudo de Santana e colaboradores (2021) também foi investigada a alteração no peso. Os indivíduos que notaram alguma alteração no peso no período da pandemia apresentaram maior probabilidade de consumir o padrão de alimentos processados e ultraprocessados (OR 1,8; IC 95% 1,2-2,6). Quanto ao perfil dos estudantes, observou-se em análise multivariada que estudantes com cor de pele mais escura (OR 1,8; IC 95% 1,3–2,6), 19–29 anos (OR 2,6; IC 95% 1,4–4,5), e não sendo estudantes de cursos da área da saúde (OR 1,5; IC 95% 1,1–2,1) foram associados à maior adesão ao padrão alimentar predominantemente in natura. Estas alterações no consumo de alimentos de alta densidade energética ocorreram acompanhados de outras alterações que podem trazer prejuízos à saúde, como: a) redução do consumo de frutas e vegetais (SOUZA et al., 2022); b) redução no consumo regular de hortaliças, aumento no consumo de bebida alcoólica e alterações de outros hábitos de vida, como redução da prática de atividade física, aumento do tempo em frente a telas e do número de cigarros fumados (MALTA et al., 2020). Referente à estratificação por sexo para análises comparativas, Malta e colaboradores (2020) observaram que o aumento na frequência do consumo de congelados e salgadinhos ocorreu em ambos os sexos; entretanto o aumento de chocolates/biscoitos doces/pedaços de torta foi maior entre as mulheres. No que diz respeito à idade, a frequência de consumo de todos os alimentos não saudáveis aumentou em maior proporção entre os adultos jovens (18 a 29 anos), com destaque para os chocolates/biscoitos doces/pedaços de torta em dois dias ou mais da semana. Discussão Houve o aumento no consumo de alimentos de alta densidade energética, pelos indivíduos avaliados, nos artigos incluídos nesta revisão representados pelos alimentos ricos em açúcar, como chocolates/biscoitos doces/ pedaços de torta e alimentos salgados processados ou ultraprocessados, como refeições prontas congeladas, salgadinhos, fast foods (pizza e sanduíche) e refeições instantâneas (noodles). A maior probabilidade de consumir alimentos processados e ultraprocessados foi observada entre os indivíduos que notaram alguma alteração no peso durante o isolamento na pandemia. Além disso, sentimentos de ansiedade e angústias também contribuíram para o aumento destes grupos de alimentos Estes dados corroboram outros estudos nacionais, sendo que, em um deles foi observado que quase 50,0% dos indivíduos consumiam chocolates e doces por dois dias ou mais na semana, o que influenciou significativamente na percepção de piora do estado de saúde (SZWARCWALD et al., 2021). Um outro estudo também relatou a percepção de uma alimentação menos saudável, especialmente pelas mulheres. Foi observado maior consumo de doces principalmente pelas mulheres, o que auxiliava na sensação de bem-estar (RODRIGUES et al., 2021). Os dados reforçam os achados apresentados por Malta e colaboradores (2020), que observaram um aumento mais expressivo no consumo de doces por mulheres, resultados que geram uma preocupação, considerando que as mulheres são mais acometidas pela obesidade. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que 29,5% das mulheres no Brasil têm obesidade, contra 21,8% dos homens. Outro hábito observado, também em concordância com os resultados apresentados, foi o consumo de frutas e verduras, por cinco dias ou mais, realizado apenas por 21,0% dos indivíduos de um estudo, e que foi associado à percepção de piora do estado de saúde (SZWARCWALD et al., 2021). As alterações nos hábitos de vida, consideradas prejudiciais à saúde, como o aumento do tempo em frente às telas, também foram observadas em outro estudo. A alta incidência em frente à TV e o uso de computador/tablet foram associados a maiores chances de frequência elevada de consumo de alimentos ultraprocessados e baixo consumo de frutas e vegetais (WERNECK et al., 2021). Antes da pandemia discutia-se muito sobre as mudanças alimentares que envolviam a substituição de alimentos in natura e minimamente processados por alimentos industrializados prontos para o consumo, os chamados alimentos processados ou ultraprocessados, que são ricos em sódio, açúcar e gordura. A adoção de uma alimentação com essas características provoca desequilíbrios nutricionais e uma ingestão excessiva de energia, que somada a baixa prática de atividade física, ao consumo excessivo de álcool e cigarro, tornam-se as principais causas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como obesidade, diabetes melito (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS), doenças do coração e câncer (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2004; MONTEIRO et al., 2010; BRASIL, 2017). O impacto da pandemia do Covid-19 na alimentação e na qualidade de vida de brasileiros e de outras nacionalidades vem acompanhado de sucessíveis perdas, conquistadas no Brasil durante décadas. O desemprego e o aumento da pobreza impactam diretamente no aumento da insegurança alimentar e nutricional e, consequentemente, da qualidade da alimentação em diversas localidades. O bem-estar futuro da grande maioria do mundo agora dependerá de reconfigurações importantes dos atuais sistemas ineficazes de alimentação, nutrição e proteção social para inverter esse grave cenário. Para isso, é essencial que o Brasil e outros países do mundo reconfigurem e repensem políticas públicas intersetoriais no âmbito da alimentação, cuidados de saúde e serviços sociais locais e globais, acompanhados do princípio da equidade e sustentabilidade, visando reduzir os agravos à saúde da população (PÉREZ-ESCAMILLA, CUNNINGHAM, MORAN, 2020). Referências BRASIL. Ministério da Saúde. 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Global strategy on diet, physical activity and health. Geneva: WHO; 2004.
Título do Evento
V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Título dos Anais do Evento
Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MURARI, Liane et al.. CONSUMO DE ALIMENTOS DE ALTA DENSIDADE ENERGÉTICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NO BRASIL.. In: Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Anais...Salvador(BA) UFBA, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VEnpssan2022/494247-CONSUMO-DE-ALIMENTOS-DE-ALTA-DENSIDADE-ENERGETICA-DURANTE-A-PANDEMIA-DE-COVID-19-NO-BRASIL. Acesso em: 03/05/2025

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