COVID-19 E A (IN) SEGURANÇA ALIMENTAR: UM ENSAIO SOBRE AS IMPLICAÇÕES NOS SISTEMAS E AMBIENTES ALIMENTARES BRASILEIROS

Publicado em 22/03/2023 - ISBN: 978-85-5722-682-1

Título do Trabalho
COVID-19 E A (IN) SEGURANÇA ALIMENTAR: UM ENSAIO SOBRE AS IMPLICAÇÕES NOS SISTEMAS E AMBIENTES ALIMENTARES BRASILEIROS
Autores
  • Marina Guarini Sansão
  • Najla de Oliveira Cardozo
Modalidade
Resumo expandido - Ensaio
Área temática
Determinantes e efeitos da Insegurança Alimentar e Nutricional
Data de Publicação
22/03/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/venpssan2022/488375-covid-19-e-a-(in)-seguranca-alimentar--um-ensaio-sobre-as-implicacoes-nos-sistemas-e-ambientes-alimentares-brasil
ISBN
978-85-5722-682-1
Palavras-Chave
Ambiente construído; Fome; Alimentação Básica.
Resumo
COVID-19 E A (IN) SEGURANÇA ALIMENTAR: UM ENSAIO SOBRE AS IMPLICAÇÕES NOS SISTEMAS E AMBIENTES ALIMENTARES BRASILEIROS Marina Guarini Sansão1; Najla de Oliveira Cardozo2 1Graduanda em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista – UNESP de Araraquara; e mail: marina.g.s@hotmail.com 2Doutoranda em Enfermagem na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista – UNESP de Botucatu; najla.cardozo@unesp.br Eixo temático: Produção e processamento de alimentos para sistemas alimentares saudáveis PALAVRAS-CHAVE: Ambiente construído; Fome; Alimentação Básica. Problematização do tema No Brasil, o primeiro caso confirmado de COVID-19 foi em 25 de fevereiro de 20201. Em um cenário de crise política, econômica, social e sanitária, a pandemia potencializou a desigualdade histórica brasileira no acesso à alimentação2. Houve dificuldades nas cadeias de suprimentos de alimentos, impactando o abastecimento e acesso aos alimentos in natura3 e impulsionando o consumo de ultraprocessados4. Com isso, os brasileiros apresentaram aumento da prevalência de excesso de peso e da insegurança alimentar5. Essas mudanças estão atreladas ao sistema alimentar que engloba todos os processos do alimento até ser consumido6, enfatizando múltiplos desafios à saúde pública, entre eles a importância dos ambientes alimentares nas alterações da alimentação da população7. Os consumidores socioeconomicamente mais vulneráveis foram os mais prejudicados8 em meio à ambiguidade das diretrizes da importância dos alimentos para a prevenção de doenças9 e aumento da fome. Este ensaio tem o objetivo de discutir as implicações da pandemia do COVID-19 nos sistemas e ambientes alimentares brasileiros em relação à insegurança alimentar, como também as lições aprendidas que possibilitem avanços na segurança alimentar a partir de sistemas e ambientes alimentares sustentáveis. Processo analítico e suas formas de análise com fontes de informações A exposição de ideias, críticas e reflexões do presente ensaio foi delineada por meio da interpretação de bibliografia pertinente de 44 trabalhos, a partir de estudos originais e revisões dos anos de 2020 à 2022. Os trabalhos incluídos foram artigos originais de acordo com os critérios de elegibilidade: i) estudos publicados nos idiomas português, inglês e espanhol em revistas indexadas; ii) estudos da pandemia COVID-19; iii) nos temas sistema alimentar e/ou ambiente alimentar; iiii) Brasil. Das bases de dados bibliográficas eletrônicas: PubMed, Lilacs, Scielo e SCOPUS. Com o uso de descritores para estratégia de busca booleana: system food, food environment, insecurity food, security food, COVID-19, SARS-CoV2, pandemic e Brazil. Também se utilizou a busca aberta de trabalhos no Google acadêmico e nas referências dos artigos selecionados das bases de dados eletrônicas. Sistemas e ambientes alimentares brasileiros A pandemia do COVID-19 revelou o esgotamento do atual modelo hegemônico no sistema alimentar brasileiros10. Os centros de distribuição de alimentos (CEASAS) precisavam ser fortalecidos para o abastecimento de alimentos de cadeias curtas11. Porém, com a interrupção do fornecimento aos mercados institucionais e o fechamento de feiras livres houve um efeito negativo na soberania e segurança alimentar da população12. Mesmo com o protagonismo dos agricultores familiares no dinamismo econômico do território, essas ações, para serem efetivas a longo prazo, precisam ser institucionalizadas e conectadas à sustentabilidade dos sistemas alimentares locais13. Outro âmbito da segurança alimentar que deve ser discutido é a dimensão sanitária, com regulamentações no intuito da recodificação do conceito de higiene14. A pandemia trouxe uma janela de oportunidades, evidenciando a importância de Políticas Públicas como os Restaurantes Populares15. Com o agravamento da fome e o excesso do consumo de alimentos não saudáveis, foi enfatizada a necessidade da articulação intersetorial da educação alimentar e nutricional16. O governo brasileiro, visando mitigar os impactos da COVID-19, implementou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para escoar produtos da agricultura familiar e promover a estruturação de cadeias produtivas17. Entretanto, surgiram campanhas de apoio financeiro de empresas de alimentos que podem ter impulsionado o consumo excessivo de ultraprocessados18. A rápida ascensão da indústria de delivery de comida trouxe a necessidade da adoção de intervenções para proteger a saúde, a exemplo da proibição da entrega de alimentos não saudáveis em escolas e até a regulação do uso do cartão refeição do Programa de Alimentação do Trabalhador19. As plataformas de entrega de alimentos online promoveram a publicidade de alimentos não saudáveis, como anúncios de sanduíches e pizzas20. O isolamento social perpassa a questão de insegurança da alimentação para as influências da escolha alimentar, impulsionadas pela mídia e redes sociais21. Assim, as mudanças do consumo alimentar brasileiro podem ser associadas à fatores individuais, domiciliares e sociodemográficos, como a crença de que os alimentos industrializados são mais seguros22. As percepções dos brasileiros quanto à aquisição e consumo de alimentos durante a pandemia mostrou que houve aumento da quantidade de alimentos não saudáveis nas refeições23, ainda que o COVID-19 tenha feito com que a população prestasse mais atenção ao consumo de frutas, hortaliças e alimentos integrais para manter o bom funcionamento do sistema imunológico24, além de orientações como a higienização das mãos com álcool 70%25 e consultas de saúde por videoconferências para a vigilância nutricional26. As desigualdades alimentares e a piora dos indicadores de saúde27, o distanciamento social e o confinamento domiciliar afetaram negativamente a vida social, o estado emocional e o comportamento alimentar dos indivíduos28. (In) Segurança alimentar e fome no Brasil As respostas do governo brasileiro frente à pandemia do COVID-19 se mostraram inadequadas e insuficientes29. A ausência do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a fragilização de suas políticas mobilizaram a sociedade civil, que cobrou do Estado o cumprimento das suas obrigações30. Ainda, cientistas brasileiros desenvolveram instrumentos de triagem para auxiliar em tomadas de decisões31. A pandemia expôs a urgência do governo priorizar a agenda da SAN32 e da necessidade de respostas inclusivas para superar o atual problema33. Com a amplificação das desigualdades já existentes e provindas da fome estrutural e sistêmica, ressaltou-se que a fome é um ato político e ético34. Apesar das iniciativas promovidas pela sociedade civil na tentativa de fomentar o financiamento coletivo para aquisição e distribuição de alimentos, elas não são suficientes sem o auxílio do Estado35. A enorme discrepância entre as diferentes realidades sociais exige a articulação de medidas nas três esferas governamentais (federal, municipal e estadual) para reduzir os efeitos adversos sobre dieta, saúde e nutrição dos brasileiros36, com possíveis estratégias e ações para aumentar a proteção social37. Mesmo com o pagamento do auxílio emergencial, as ações foram descoordenadas38. Houve desorganização da informação, além de situações caóticas de aglomerações e pânico nas compras de produtos39, mostradas nas redes sociais. Essa ambiguidade em que, de um lado, se promove vitaminas para prevenção de doenças, enquanto de outro há o predomínio da hipovitaminose40, demostra a incipiência do governo atual brasileiro em lidar com situações de crise. Populações brasileiras vulneráveis O Brasil possui enorme extensão territorial e diversidade, o que elevou o risco de insegurança alimentar em regiões e em populações mais vulneráveis. No Nordeste do Brasil o bem-estar materno-infantil ficou comprometido41; as mulheres tiveram dificuldades para manutenção dos hábitos alimentares saudáveis e medidas de proteção individual no enfrentamento da pandemia42, o que pôde ser visto também nos estudantes universitários, que enfrentaram desafios na economia e na saúde mental43. Nas favelas, os programas sociais nacionais são essenciais44, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que distribuiu kits de alimentos, cartão/vale alimentação ou ambos45. Porém, outras estratégias como um levantamento da insegurança alimentar (IA) entre os estudantes e apoio a esses alunos poderiam ser realizadas46. As estratégias implementadas, apesar de importantes, mostraram alcance limitado e insuficientes para garantir a Segurança Alimentar e Nutricional47. Com a falta de um planejamento estratégico às especificidades de alguns territórios, surgiram lideranças femininas48 para dar apoio aos menos escolarizados e mais jovens49, além dos idosos que dependiam de doações, reduzidas devido às outras demandas da pandemia50. Também os povos indígenas, em condições sanitárias precárias e com agravos nutricionais, denunciaram a lentidão e até mesmo a ausência de respostas oficiais governamentais51, o que agravou a propagação e a letalidade do COVID-1952. Conclusão Os sistemas e ambientes alimentares do Brasil na pandemia do COVID-19 sofreram implicações quanto a insegurança alimentar. Esses achados destacaram a necessidade da resiliência dos sistemas e ambientes com o protagonismo da agricultura alimentar e do apoio intersetorial, no intuito da sustentabilidade para a segurança alimentar e nutricional futura. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. Não há conflito de interesse a declarar. Referências 1. Rodriguez-Morales AJ, Gallego V, Escalera-Antezana JP, Méndez CA, Zambrano LI, Franco-Paredes C, et al. COVID-19 in Latin America: The implications of the first confirmed case in Brazil. Travel Med Infect Dis. 2020; 35:101613. 2. Maluf RS. Tempos sombrios de pandemia e fome: responsabilidades da pesquisa em soberania e segurança alimentar e nutricional. Segurança Alimentar e Nutricional. 2020;27:e020020. 3. Silva Filho OJ da, Gomes Júnior NN. O amanhã vai à mesa: abastecimento alimentar e COVID-19. Cad Saúde Pública. 2020;36(5):e00095220. 4. Aro F de, Pereira BV, Bernardo DNDA. Comportamento alimentar em tempos de pandemia por Covid-19 / Eating behavior in times by Covid-19. Brazilian Journal of Development. 2021;7(6):59736–48. 5. Ruiz-Roso MB, de Carvalho Padilha P, Mantilla-Escalante DC, Ulloa N, Brun P, Acevedo-Correa D, et al. Covid-19 Confinement and Changes of Adolescent’s Dietary Trends in Italy, Spain, Chile, Colombia and Brazil. Nutrients. 2020;12(6): E1807. 6. HLPE. Nutrition and food systems. A report by the High-Level Panel of Experts on Food Security and Nutrition of the Committee on World Food Security. 2017. Disponível em: http://www.fao.org/3/i7846e/i7846e.pdf. Acesso em: 20 de maio de 2021. 7. Naja F, Hamadeh R. Nutrition amid the COVID-19 pandemic: a multi-level framework for action. Eur J Clin Nutr. 2020;74(8):1117–21. 8. Devereux S, Béné C, Hoddinott J. Conceptualising COVID-19’s impacts on household food security. Food Sec. 2020;12(4):769–72. 9. Jaime PC. Pandemia de COVID19: implicações para (in)segurança alimentar e nutricional. Ciênc saúde coletiva. 2020; 25:2504–2504. 10. da Silva RCF, de Souza JB, Santos MO. The crisis, covid and the rice price: Food practices, public policies and resistance movements. Praksis. 2021; 2:174–88. 11. de Paulo Farias D, de Araújo FF. Will COVID-19 affect food supply in distribution centers of Brazilian regions affected by the pandemic? Trends Food Sci Technol. 2020; 103:361–6. 12. Cavalli SB, Soares P, Martinelli SS, Schneider S. Family farming in times of Covid-19. Rev Nutr. 2020;33: e200180. 13. Cassol A, Vargas LP, Canever MD. Territorial development, covid-19 and the new strategies of production, commercialization and food consumption of family farming in the southern region of Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional. 2020;16(4): 374–87. 14. Abranches MV, Oliveira TC, José JFB de S, Abranches MV, Oliveira TC, José JFB de S. Food service as public health space: health risks and challenges brought by the Covid-19 pandemic. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2021;25. 15. Araújo FR de. Management of food security actions during the COVID-19 pandemic. Fundação Getúlio Vargas; 2020. 16. Martinelli SS, Cavalli SB, Fabri RK, Veiros MB, Reis ABC, Amparo-Santos L. Estratégias para a promoção da alimentação saudável, adequada e sustentável no Brasil em tempos de Covid-19. Rev Nutr. 2020;33. 17. Sambuichi RHR, Almeida AFCS de, Perin G, Spínola PAC, Pella AFC. The Food Acquisition Program (PAA) as a strategy to face the challenges of COVID-19. Rev Adm Pública. 2020; 54:1079–96. 18. Rodrigues MB, Matos J de P, Horta PM. The COVID-19 pandemic and its implications for the food information environment in Brazil. Public Health Nutrition. 2021;24(2):321–6 19. Botelho LV, Cardoso L de O, Canella DS. COVID-19 e ambiente alimentar digital no Brasil: reflexões sobre a influência da pandemia no uso de aplicativos de delivery de comida. Cad Saúde Pública. 2020;36. 20. Horta PM, Matos J de P, Mendes LL. Digital food environment during the coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic in Brazil: an analysis of food advertising in an online food delivery platform. Br J Nutr. 2021;126(5):767–72. 21. Uggioni PL, Elpo CMF, Geraldo APG, Fernandes AC, Mazzonetto AC, Bernardo GL. Cooking skills during the Covid-19 pandemic. Rev Nutr. 2020;33. 22. Tribst AAL, Tramontt CR, Baraldi LG. Factors associated with diet changes during the COVID-19 pandemic period in Brazilian adults: Time, skills, habits, feelings and beliefs. Appetite. 2021; 163:105220. 23. Ferreira Rodrigues J, Cunha dos Santos Filho MT, Aparecida de Oliveira LE, Brandemburg Siman I, Barcelos A de F, de Paiva Anciens Ramos GL, et al. Effect of the COVID-19 pandemic on food habits and perceptions: A study with Brazilians. Trends Food Sci Technol. 2021; 116:992–1001. 24. de Faria Coelho-Ravagnani C, Corgosinho FC, Sanches FLFZ, Prado CMM, Laviano A, Mota JF. Dietary recommendations during the COVID-19 pandemic. Nutr Rev. 2021;79(4):382–93. 25. Strasburg VJ, Hamme TO, Gonzales ACS, von Zeidle G, Venzke J, Santos Z, et al. COVID-19: contingency actions for the provision of meals to employees of a university hospital in southern Brazil. Sci med. 2020;38769. 26. Viana Bagni U, da Silva Ribeiro KD, Soares Bezerra D, Cavalcante de Barros D, de Magalhães Fittipaldi AL, Pimenta da Silva Araújo RG, et al. Anthropometric assessment in ambulatory nutrition amid the COVID-19 pandemic: Possibilities for the remote and in-person care. Clin Nutr ESPEN. 2021; 41:186–92. 27. Mendes LL, Canella DS, Araújo ML de, Jardim MZ, Cardoso L de O, Pessoa MC. Food environments and the COVID-19 pandemic in Brazil: analysis of changes observed in 2020. Public Health Nutrition. 2022;25(1):32–5. 28. Freitas F da F, de Medeiros ACQ, Lopes F de A. Effects of Social Distancing During the COVID-19 Pandemic on Anxiety and Eating Behavior-A Longitudinal Study. Front Psychol. 2021; 12:645754. 29. Neves JA, Machado ML, Oliveira LD de A, Moreno YMF, Medeiros MAT de, Vasconcelos F de AG de. Unemployment, poverty, and hunger in Brazil in Covid-19 pandemic times. Rev Nutr. 2021:34. 30. Recine E, Fagundes A, Silva BL, Garcia GS, Ribeiro R de CL, Gabriel CG. Reflections on the extinction of the National Council for Food and Nutrition Security and the confrontation of Covid-19 in Brazil. Rev Nutr. 2020;33:e200176. 31. Poblacion A, Segall-Corrêa AM, Cook J, Taddei JA de AC. Validity of a 2-item screening tool to identify families at risk for food insecurity in Brazil. Cad Saúde Pública. 2021;37. 32. Carvalho CA de, Viola PC de AF, Sperandio N. How is Brazil facing the crisis of Food and Nutrition Security during the COVID-19 pandemic? Public Health Nutr. 2021;24(3):561–4. 33. Johns P. Food Systems and Health: Prospects for Hope in the Brazilian Chaos? Development. 2020;1–6. 34. Frutuoso MFP, Viana CVA. It is those who eat who invented hunger: from invisibility to enunciation - a much needed discussion in times of pandemic. Interface. 2021; e200256. 35. Oliveira JTC de, Camargo AM de, Machado BOB, Oliveira AR de, Fiates GMR, Vasconcelos F de AG de. “Hunger and rage (and the virus) are human things”: reflections on solidarity in times of Covid-19. Rev Nutr. 2021;34. 36. Ribeiro-Silva R de C, Pereira M, Campello T, Aragão É, Guimarães JM de M, Ferreira AJ, et al. Covid-19 pandemic implications for food and nutrition security in Brazil. Cien Saude Colet. 2020;25(9):3421–30. 37. Pereira M, Oliveira AM. Poverty and food insecurity may increase as the threat of COVID-19 spreads. Public Health Nutrition. 2020; 23(17):3236–40. 38. Alpino T de MA, Santos CRB, Barros DC de, Freitas CM de. COVID-19 e (in)segurança alimentar e nutricional: ações do Governo Federal brasileiro na pandemia frente aos desmontes orçamentários e institucionais. Cad Saúde Pública. 2020;36. 39. Oliveira TC, Abranches MV, Lana RM. Food (in)security in Brazil in the context of the SARS-CoV-2 pandemic. Cad Saúde Publica. 2020;36(4):e00055220. 40. Ribeiro H, Santana KV de S de, Oliver SL, Rondó PH de C, Mendes MM, Charlton K, et al. Does Vitamin D play a role in the management of Covid-19 in Brazil? Rev Saúde Pública. 2020;54. 41. Rocha HA, Sudfeld CR, Leite ÁJ, Rocha SG, Machado MM, Campos JS, et al. Coronavirus disease 2019, food security and maternal mental health in Ceará, Brazil: a repeated cross-sectional survey. Public Health Nutr. 2021;24(7):1836–40. 42. Guerra JVV. Handling and selection of food in covid-19 times: report of experience with refugee women. Enferm foco. 2020;226–30. 43. Maciel BLL, Lyra C de O, Gomes JRC, Rolim PM, Gorgulho BM, Nogueira PS, et al. Food Insecurity and Associated Factors in Brazilian Undergraduates during the COVID-19 Pandemic. Nutrients. 2022;14(2):358. 44. Manfrinato CV, Marino A, Condé VF, Franco M do CP, Stedefeldt E, Tomita LY. High prevalence of food insecurity, the adverse impact of COVID-19 in Brazilian favela. Public Health Nutrition. 2021;24(6):1210–5. 45. Corrêa EN, Neves J das, Souza LD de, Lorintino C da S, Porrua P, Vasconcelos, Francisco de AG de. School feeding in Covid-19 times: mapping of public policy execution strategies by state administration. Rev Nutr. 2020;33. 46. Amorim ALB de, Ribeiro Junior JRS, Bandoni DH. National school feeding program: strategies to overcome food insecurities during and after the COVID-19 pandemic. Rev Adm Pública. 2020;54: 1134–45. 47. Gurgel A do M, Santos CCS dos, Alves KP de S, Araujo JM de, Leal VS. Government strategies to ensure the human right to adequate and healthy food facing the Covid-19 pandemic in Brazil. Ciênc saúde coletiva. 2020; 25:4945–56. 48. Nunes NRDA. The power that comes from within female leaders of Rio de Janeiro’s favelas in times of pandemic. Glob Health Promot. 2021;28(2):38–45. 49. Santos LP dos, Schäfer AA, Meller F de O, Harter J, Nunes BP, Silva ICM da, et al. Trends and inequalities in food insecurity during the COVID-19 pandemic: results of four serial epidemiological surveys. Cad Saúde Pública. 2021; e00268520. 50. Ceolin G, Moreira JD, Mendes BC, Schroeder J, Pietro PFD, Rieger DK. Nutritional challenges in older adults during the COVID-19 pandemic. Rev Nutr. 2020;33. 51. Leite MS, Ferreira AA, Bresan D, Araujo JR, Tavares I do N, Santos RV. Indigenous protagonism in the context of food insecurity in times of Covid-19. Rev Nutr. 2020. 52. da Silva LL, Nascimento PE, Araújo OCG, Pereira TMG. The Articulation of the Indigenous Peoples of Brazil in Facing the Covid-19 Pandemic. Front Sociol. 2021; 6:611336.
Título do Evento
V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Título dos Anais do Evento
Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANSÃO, Marina Guarini; CARDOZO, Najla de Oliveira. COVID-19 E A (IN) SEGURANÇA ALIMENTAR: UM ENSAIO SOBRE AS IMPLICAÇÕES NOS SISTEMAS E AMBIENTES ALIMENTARES BRASILEIROS.. In: Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Anais...Salvador(BA) UFBA, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/VEnpssan2022/488375-COVID-19-E-A-(IN)-SEGURANCA-ALIMENTAR--UM-ENSAIO-SOBRE-AS-IMPLICACOES-NOS-SISTEMAS-E-AMBIENTES-ALIMENTARES-BRASIL. Acesso em: 16/07/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes