QUAL O ESPAÇO PARA TEMÁTICAS EMERGENTES NO CURRÍCULO, NO CONTEXTO DA CIBERCULTURA?

Publicado em 17/02/2022 - ISBN: 978-65-5941-581-6

Título do Trabalho
QUAL O ESPAÇO PARA TEMÁTICAS EMERGENTES NO CURRÍCULO, NO CONTEXTO DA CIBERCULTURA?
Autores
  • Vinicius Carvalho Beck
Modalidade
Painel de Comunicação
Área temática
Currículo e Cibercultura
Data de Publicação
17/02/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/vcoloquiolusoafrobrasileirodecurriculo/384840-qual-o-espaco-para-tematicas-emergentes-no-curriculo-no-contexto-da-cibercultura
ISBN
978-65-5941-581-6
Palavras-Chave
personalização do saber, navegação, temáticas emergentes.
Resumo
Para o filósofo Pierre Lévy, a cibercultura favorece um ambiente de personalização do saber. Esta personalização tem a ver com a mudança de paradigma, que descoloca o currículo da ideia de curso para um desenho que se orienta mais no sentido de uma navegação. Entretanto, observamos propostas curriculares cada vez mais robustas e padronizadas. Uma questão de pesquisa que se faz necessária, no sentido de discutir o currículo no contexto da cibercultura, é a seguinte: os documentos oficiais são planejados para motivar abordagens com temáticas emergentes, permitindo que se faça uma educação que propicie a personalização do saber? O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão sobre o excesso de habilidades e competências previstas em documentos oficiais e o sufocamento de abordagens que motivem a exploração pedagógica de temáticas emergentes. A metodologia utilizada é análise de conteúdo da Base Nacional Comum Curricular, através do recorte das habilidades e competências previstas nesse documento para serem abordadas no sétimo ano de Matemática, apenas como uma ilustração. Em fase posterior, serão também analisadas as habilidades previstas nas outras disciplinas da educação básica. De acordo com a análise inicial realizada, a pesquisa que está sendo iniciada, e que terá continuidade, constatou que estão previstas 37 habilidades (algumas apresentando complexibilidade que requer um número grande de aulas e atividades avaliativas para serem consolidadas) para serem desenvolvidas no sétimo ano, apenas na disciplina de Matemática. Este é um dado específico, mas bastante representativo do que acontece em todos os níveis de ensino e nas várias disciplinas que compõem o currículo. Com tantas habilidades (ou assuntos), o professor dificilmente conseguirá planejar a inserção de atividades, avaliações e momentos para discutir assuntos atuais, curiosidades advindas das mídias e interesses particulares de cada grupo escolar. Também não há previsão na Base Nacional Comum Curricular, de janelas curriculares dedicadas para conteúdos regionais e de escolha dos próprios docentes. É incentivado que se faça, mas com a premissa de que se priorize este último documento citado, se torna praticamente inviável. Conclui-se que, com tantas habilidades para serem desenvolvidas obrigatoriamente, dificilmente o professor conseguirá abordar cada habilidade de forma satisfatória, o que implica que é praticamente inviável o planejamento de atividades que envolvam temáticas emergentes, no que depende das orientações da Base Nacional Comum Curricular. Para concluir, proponho a seguinte reflexão: qual o espaço para temáticas emergentes no currículo, no contexto da cibercultura?
Título do Evento
V Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares
Cidade do Evento
Salvador
Título dos Anais do Evento
Anais do V Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares e VI (IN)FORMACCE - 2021
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BECK, Vinicius Carvalho. QUAL O ESPAÇO PARA TEMÁTICAS EMERGENTES NO CURRÍCULO, NO CONTEXTO DA CIBERCULTURA?.. In: Anais do V Colóquio Luso-Afro-Brasileiro de Questões Curriculares e VI (IN)FORMACCE - 2021. Anais...Salvador(BA) FACED-UFBA (ONLINE), 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/vcoloquiolusoafrobrasileirodecurriculo/384840-QUAL-O-ESPACO-PARA-TEMATICAS-EMERGENTES-NO-CURRICULO-NO-CONTEXTO-DA-CIBERCULTURA. Acesso em: 27/05/2025

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