“PELO DECORO E A DIGNIDADE NACIONAL”: A QUESTÃO CHRISTIE ATRAVÉS DA ATUAÇÃO DO MARQUÊS DE ABRANTES (1862-1865)

Publicado em 01/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0265-3

Título do Trabalho
“PELO DECORO E A DIGNIDADE NACIONAL”: A QUESTÃO CHRISTIE ATRAVÉS DA ATUAÇÃO DO MARQUÊS DE ABRANTES (1862-1865)
Autores
  • GUILHERME GUIMARAES MARTINS
Modalidade
Comunicação em Simpósio Temático
Área temática
Trajetórias, imprensa e ideias liberais na construção do Estado nacional do Brasil (Profa. Dra. Paula Botafogo - SEO)
Data de Publicação
01/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/v-encontro-de-pos-graduandos-da-seo/779000-pelo-decoro-e-a-dignidade-nacional--a-questao-christie-atraves-da-atuacao-do-marques-de-abrantes-(1862-1865)
ISBN
978-65-272-0265-3
Palavras-Chave
Palavras-chaves: diplomacia, escravidão, Império
Resumo
“Pelo decoro e a dignidade nacional”: A questão Christie através da atuação do Marquês de Abrantes (1862-1865) Resumo A chamada Questão Christie foi resultante de dois incidentes que levaram a ruptura diplomática entre o Reino Unido e o Império brasileiro. O primeiro, ocorrido em junho de 1861, foi o naufrágio do navio britânico Prince Wales, na província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O governo inglês solicitou que um navio de guerra fosse enviado à localidade, já que havia a desconfiança que as autoridades locais estavam prejudicando as investigações. Segundo o embaixador Willian Christie, as cargas foram roubadas e supostamente parte da tripulação foi assassinada pelos habitantes daquela localidade. Em paralelo a esse acontecimento, em 23 de maio de 1863, ocorreu o segundo episódio de incidentes, quando três oficiais da marinha britânica foram presos no Rio de Janeiro por desacato aos policiais brasileiros. Segundo a defesa brasileira, os marinhos britânicos estavam bêbados, fazendo arruaças nas ruas da Tijuca, e, quando foram abordados, eles ofenderam as sentinelas brasileiros. Esses dois episódios, por si só, não justificam os acontecimentos que sucederam, sendo necessário contextualizar todo cenário das relações entre os dois países até aquele momento. O principal laço político era a pressão que a Inglaterra exercia para o fim do tráfico de escravos, que, mesmo após a lei de 1830, continuava a aumentar no território brasileiro. Por essa lei foi estabelecido a ilegalidade do tráfico internacional dentro de um prazo de três anos, a organização de comissões mistas, com sede no Brasil e no continente africano, e, por fim, a libertação dos escravizados, chamados de emancipados, importados ilegalmente após a validade da lei. Os britânicos reclamavam da continuação do tráfico, enquanto os brasileiros reclamavam das apreensões dos navios sem indenizações nas comissões mistas. Em 1845 a relação entre os dois países ganhou novos contornos, quando o governo brasileiro declarou a ruptura das comissões mistas e dos acordos comerciais entre os países. Desse modo, Lord Aberdeen decidiu agir de forma unilateral, definindo o tráfico de escravos como pirataria. Retomando aos episódios que serviram como pano de fundo para o conflito diplomático entre os dois países, pontuo que o interesse do presente artigo é interpretar a atuação de Miguel Calmon do Pin Almeida, o Marques de Abrantes, ministro das relações exteriores da época, à luz dos acontecimentos que procederam as negociações entre ele e seu algoz Willian Christie. É possível afirmar que a grande vitória, bem como o grande fracasso de Abrantes, em sua trajetória política, foi a Questão Christie. Já que, por um lado, ele não pôde evitar as represálias e os prejuízos causados pelos britânicos. Contudo, por outro lado, ele conduziu com maestria as negociações de modo que preservou a “dignidade nacional”, provocando simpatia até os dias de hoje. Palavras-chaves: diplomacia, escravidão, Império
Título do Evento
V Encontro de Pós-Graduandos da SEO
Título dos Anais do Evento
Anais do V Encontro de Pós-graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MARTINS, GUILHERME GUIMARAES. “PELO DECORO E A DIGNIDADE NACIONAL”: A QUESTÃO CHRISTIE ATRAVÉS DA ATUAÇÃO DO MARQUÊS DE ABRANTES (1862-1865).. In: Anais do V encontro de pós-graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO). Anais...São Luís(MA) UFMA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/v-encontro-de-pos-graduandos-da-seo/779000-PELO-DECORO-E-A-DIGNIDADE-NACIONAL--A-QUESTAO-CHRISTIE-ATRAVES-DA-ATUACAO-DO-MARQUES-DE-ABRANTES-(1862-1865). Acesso em: 23/06/2025

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