A RECEPÇÃO DA CULTURA GRECO-ROMANA NA ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX

Publicado em 01/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0265-3

Título do Trabalho
A RECEPÇÃO DA CULTURA GRECO-ROMANA NA ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX
Autores
  • Alcindo dos Santos Paula Filho
Modalidade
Comunicação em Simpósio Temático
Área temática
História da Arte e da Cultura Visual no Oitocentos (Prof. Dr. Aldrin Moura de Figueiredo-UFPA / Profa. Dra. Moema de Bacelar Alves - MAMRJ / Prof. Dr. Silvio Ferreira Rodrigues - Escola de Aplicação/UFPA)
Data de Publicação
01/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/v-encontro-de-pos-graduandos-da-seo/732670-a-recepcao-da-cultura-greco-romana-na-academia-imperial-de-belas-artes-na-segunda-metade-do-seculo-xix
ISBN
978-65-272-0265-3
Palavras-Chave
Pompeia, Roma, Império, Brasil, Academia Imperial de Belas Artes
Resumo
A presente proposta tem por objetivo apresentar a atual pesquisa que está sendo realizada durante o curso de Mestrado em História, da PPGHIS/UFPR, sob a orientação da Professora Doutora Renata Senna Garraffoni, e se insere nos campos de estudo da Recepção dos clássicos greco-romanos e da História da Arte. Esta comunicação visa compreender a trajetória de quatro alunos, pensionistas da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) em Roma, nas três últimas décadas do século XIX, e a influência que a cultura material dos sítios arqueológicos de Pompeia e Herculano, e da arte neo-pompeana (estilo eminentemente napolitano e bastante popular em sua época) tiveram em suas obras. São eles: João Zeferino da Costa (1840-1915), Rodolfo Bernardelli (1852-1931), Henrique Bernardelli (1857-1936) e Pedro Weingartner (1853-1929). A Academia Imperial de Belas Artes era um órgão estratégico do Estado imperial e tinha por finalidade a criação da imagem da monarquia e do novo país que estava sendo erigido. A tarefa era a construção de uma “Europa possível nos trópicos”, projeto idealizado por homens, brancos e europeus, que pretendia edificar uma identidade nacional capaz de abranger todos os habitantes deste vasto território. Criada a partir de cânones do velho continente, este modelo tinha a Europa como referência, o que significava a exclusão da população negra, e a idealização romântica do indígena. Esta investigação também compreende as relações culturais entre Brasil e Itália no fim dos novecentos, a considerar o cenário social e político em que os países se encontravam, assim como o impacto na formação intelectual e artística dos pensionistas, e, por conseguinte, nas suas obras e no recebimento destas no Brasil. O estudo também aponta para o papel da Antiguidade na formação identitária brasileira, tanto pelo uso instrumental por parte do estado, como pela recepção por parte dos artistas, que eram provenientes das camadas mais populares da sociedade. Tal abordagem, que se estende pelos campos da recepção dos clássicos greco-romanos, conta com o quadro teórico metodológico de Charles Martindale e Lorna Hardwick. Compreendendo que toda a recepção é dialógica e bilateral, ou seja, quando estudamos o passado, iluminamos o presente, e, além disso, é preciso considerar a bagagem, pois o emissor possui um conhecimento prévio sobre o assunto, o que influencia na sua recepção. Outro conceito importante é o trans-histórico, que significa que entre a Antiguidade e o presente existem diversas camadas de recepção, e cada qual, possui a sua própria recepção, alterando e influenciado as gerações seguintes. Pela perspectiva da História da Arte esta comunicação parte dos estudos de Aby Warburg, e da sua procura pelo gesto e pela forma primitiva, Phatosformel, para analisar a evolução dos gestos e das formas nas imagens através do tempo e buscar compreender a suas transformações estéticas e simbólicas, bem como as permanências, Nachleben, que transcendem o tempo e reaparecem em períodos distintos.
Título do Evento
V Encontro de Pós-Graduandos da SEO
Título dos Anais do Evento
Anais do V Encontro de Pós-graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FILHO, Alcindo dos Santos Paula. A RECEPÇÃO DA CULTURA GRECO-ROMANA NA ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX.. In: Anais do V encontro de pós-graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO). Anais...São Luís(MA) UFMA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/v-encontro-de-pos-graduandos-da-seo/732670-A-RECEPCAO-DA-CULTURA-GRECO-ROMANA-NA-ACADEMIA-IMPERIAL-DE-BELAS-ARTES-NA-SEGUNDA-METADE-DO-SECULO-XIX. Acesso em: 29/05/2025

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