IMPACTO DA NEGLIGÊNCIA DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO ABDOME AGUDO NA SOBREVIDA DO PACIENTE

Publicado em 08/04/2024 - ISBN: 978-65-272-0395-7

Título do Trabalho
IMPACTO DA NEGLIGÊNCIA DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO ABDOME AGUDO NA SOBREVIDA DO PACIENTE
Autores
  • Gabriela Jacób Monteiro
  • Miguel Paula da Cruz Neto
  • Luiz Carlos de Morais
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Sinais e sintomas no departamento de emergência
Data de Publicação
08/04/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/traumaemergencia/799318-impacto-da-negligencia-de-anamnese-e-exame-fisico-do-abdome-agudo-na-sobrevida-do-paciente
ISBN
978-65-272-0395-7
Palavras-Chave
Dor abdominal, semiologia, prognóstico
Resumo
Introdução: O abdome agudo (AA) compila aproximadamente 8% dos quadros de dor abdominal em adultos admitidos na emergência. Apesar de apresentar história clínica e exame físico (EF) característicos tais que, segundo referências, em até 80% dos casos, o diagnóstico pode ser extraído ainda no primeiro atendimento mediante tão somente anamnese e EF, a semiologia têm sido enganosamente subestimada frente aos exames de imagem (EI), que têm sido acoplados à essa investigação, retardando e, por vezes, confundindo o raciocínio clínico. Objetivo: Avaliar o impacto da negligência de anamnese e EF do AA na sobrevida do paciente. Metodologia: Conduziu-se revisão sistemática por método PRISMA, utilizando-se publicações dos últimos 20 anos disponíveis nas bases de dados MeSH/PUBMED e Scielo, que contemplassem o objetivo proposto. Os descritores “anamnesis”, “physical examination” e “acute abdomen” foram conjugados entre si, resultando-se em 14 publicações, das quais 4 foram elegíveis pelos critérios adotados. Resultados: Estudos revelaram que, além de atrasar o diagnóstico - 2h de atraso pode culminar no acréscimo de até 2 meses no tempo de recuperação do paciente -, os EI possuem baixo valor preditivo negativo face à consagrada semiologia. Por exemplo, enquanto a especificidade da ultrassonografia para apendicites agudas é de aproximadamente 60%, a de defesa, sensibilidade e dor à descompressão brusca em quadrante inferior direito atingem até 88,46%. Assim, embora tenha havido avanços em técnicas diagnósticas de imagem, jamais essas devem superar o julgamento semiológico bem construído em AA, pois já é descrito que atraso e confusão diagnósticos, potencializados por EI, culminam em: iatrogenias, como apendicectomias negativas, totalizando até 30% dos casos; perfurações apendiculares e peritonite difusa, ocorrendo em até 20%; altas taxas de nascimento pré-termo, ruptura placentária e morte materno-fetal em gestantes, sendo que a chance desse último evento ocorrer aumenta de 20% à 66% após 24h de perfuração apendicular não-tratada. Apesar de esses serem apenas alguns exemplos numéricos de fatores que impactam diretamente a sobrevida do paciente, ainda raros são os estudos que têm por objetivo agrupá-los e analisar estatística e isoladamente sua influência sobre o prognóstico do paciente com AA. Quando alguns são encontrados, tangenciam apendicites agudas, unicamente, outra carência encontrada na literatura. Conclusão: Muito embora se reconheça os atributos dos EI, na propedêutica do AA, estes jamais podem substituir a anamnese e o EF, dada a especificidade comprovadamente aumentada dos testes semiológicos empregados. Logo, poupam-se atraso e engano diagnósticos, que estatisticamente ferem a sobrevida dos pacientes de múltiplas formas.
Título do Evento
III CONGRESSO NACIONAL DE TRAUMA E MEDICINA DE EMERGÊNCIA
Título dos Anais do Evento
Anais do III Congresso Nacional de Trauma e Medicina de Emergência
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MONTEIRO, Gabriela Jacób; NETO, Miguel Paula da Cruz; MORAIS, Luiz Carlos de. IMPACTO DA NEGLIGÊNCIA DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO ABDOME AGUDO NA SOBREVIDA DO PACIENTE.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/traumaemergencia/799318-IMPACTO-DA-NEGLIGENCIA-DE-ANAMNESE-E-EXAME-FISICO-DO-ABDOME-AGUDO-NA-SOBREVIDA-DO-PACIENTE. Acesso em: 15/06/2025

Trabalho

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