SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE CATASTRÓFICA: UMA REVISÃO DESCRITIVA

Publicado em 08/04/2024 - ISBN: 978-65-272-0395-7

DOI
10.29327/1390041.3-252  
Título do Trabalho
SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE CATASTRÓFICA: UMA REVISÃO DESCRITIVA
Autores
  • Maria Elisa Lunardi
  • Leandro Eduardo scheffer
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
Emergências reumatológicas
Data de Publicação
08/04/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/traumaemergencia/790520-sindrome-do-anticorpo-antifosfolipide-catastrofica--uma-revisao-descritiva
ISBN
978-65-272-0395-7
Palavras-Chave
Reumatologia, Emergência, Autoimune.
Resumo
INTRODUÇÃO A Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide Catastrófica (SAC) tem rápida evolução e elevada taxa de óbitos, sendo uma emergência reumatológica. Essa síndrome é autoimune e caracteriza-se por altas taxas de anticorpos antifosfolípides, comprometimento de múltiplos órgãos e generalizada oclusão vascular (MIRANDA et al., 2019). De acordo com o Moake (2021), dos pacientes que possuem a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipíde (SAF), a minoria evolui para SAC gerando o quadro de trombose generalizada. Aproximadamente 1% dos pacientes portadores de SAF manifestam-se com SAC. Ademais, a fisiopatologia da SAC ainda não é bem esclarecida, contudo, pontua-se gatilhos que possam desencadear processos trombóticos nos sistemas (TOSTES; MESQUITA; ROSA, 2015). De acordo com Miranda et al (2019), aproximadamente metade dos casos de SAC evoluem à óbito, mesmo com agressividade terapêutica e 69% dos casos de SAC acometem mulheres entre 23,5 a 52,3 anos. Evidencia-se que vários casos não foram diagnosticados corretamente e, por isso, o tratamento não foi adequado. Sendo assim, a grande parte desses pacientes com SAC vão para Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e acabam não resistindo a falência de múltiplos órgãos (BORBA; BONFÁ; ASHERSON, 2005). De acordo com Tostes, Mesquita e Rosa (2015), novas terapêuticas estão sendo estudas para somar ao tratamento, sendo eles o eculizumabe e o rituximabe. OBJETIVO Descrever e destacar a Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide Catastrófica visto ser uma emergência reumatológica rara associada a confusão diagnóstica com demais patologias semelhantes. Ademais, pontuar os critérios diagnósticos dessa síndrome que embora acometa uma pequena parcela dos pacientes portadores da SAF, possui uma alta taxa de mortalidade. METODOLOGIA Esse trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica de natureza qualitativa, básica e descritiva. Para a busca dos artigos científicos, foram usadas as bases de dados Google Scholar, PubMed e SciELO, com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Reumatologia, Emergências e Síndrome. Os artigos selecionados foram aqueles compreendidos entre os anos 2005 a 2021 e com base na relevância do tema para o estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Cervera e Espinosa (2012) pontuaram em seu trabalho o CAPS Registry, que é um registro internacional criado em 2002 com a finalidade de registrar e documentar todos os pacientes, dados clínicos, terapêuticos e laboratoriais dos casos publicados de pacientes com SAC devido a raridade da síndrome. Sendo assim, Borba, Bonfá e Asherson (2005) destacam fatores identificáveis que desencadeiam a SAC. Com isso, abordaram de acordo com o CAPS Registry, que infecções são o principal gatilho sendo o fator desencadeante de SAC em cerca de 20% dos pacientes, seguido de trauma com 14%, problemas com anticoagulação com 7%, neoplasias com 5,5%, problemas obstétricos com 5%, atividade lúpica com 3%, outros com 5,5% e causas desconhecidas com 45%. Dentre os quadros de infecções desencadeantes, destaca-se as virais, urinárias, gastrointestinais, inespecíficas, respiratória e cutâneas. Procedimentos cirúrgicos pélvicos e abdominais de grande porte constituem as principais causas relacionadas ao trauma. Dentre as neoplasias, destacam-se o carcinoma de pulmão, cólon, útero e estômago (BORBA; BONFÁ; ASHERSON, 2005). Mediante isso, Miranda et al., (2019) destaca, em seu estudo, os critérios de diagnóstico definitivo para SAC, necessitando da presença dos quatro critérios. Quadro 1: Critérios para diagnóstico definitivo da SAC. 1. Evidência de envolvimento de três ou mais órgãos, sistemas e/ou tecidos (normalmente, evidência de oclusão de vaso confirmada por imagem é apropriada). Envolvimento renal é definido por aumento de 50% de creatinina, hipertensão grave (>180/100 mmHg) e/ou proteinúria (>500mg/24 horas). 2. Aparecimento de manifestações simultâneas ou com menos de uma semana. 3. Histologia com oclusão de pequeno vaso em pelo menos um órgão ou tecido (para confirmação histológica, trombose significante deve estar presente embora vasculite possa coexistir). 4. Anticorpos antifosfolípides (anticoagulante lúpico e/ou anticorpos anticardiolipina), se não existir anteriormente, estes devem ser confirmados em duas ou mais ocasiões com intervalo de seis semanas, não necessariamente no momento do evento, mas de acordo com os critérios propostos para síndrome antifosfolípide. Fonte: MIRANDA et al., (2019). Por fim, Miranda et al., (2019) e Borba, Bonfá e Asherson (2005), descrevem três linhas de tratamento para SAC: a não específica, a específica e a profilática. Sendo assim, a específica baseia-se como primeira linha o uso de heparina endovenosa e corticoides, já a segunda linha têm-se a gamaglobulina intravenosa e a plasmaferese e, por fim, na terceira linha com ciclofosfamida, prostaciclina e fibrinolíticos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por conclusão, de acordo com a pesquisa realizada, foi possível destacar a SAC como uma importante emergência reumatológica, devido sua alta taxa de mortalidade associada ao alto acometimento sistêmico e falência de órgãos. Com isso, além da raridade e alta letalidade, profissionais da saúde pecam ao realizar o diagnóstico devido elevada prevalência de doenças como diagnóstico diferencial. Sendo assim, destaca-se a necessidade de mais estudos com a finalidade de ampliar o conhecimento e cuidados.
Título do Evento
III CONGRESSO NACIONAL DE TRAUMA E MEDICINA DE EMERGÊNCIA
Título dos Anais do Evento
Anais do III Congresso Nacional de Trauma e Medicina de Emergência
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

LUNARDI, Maria Elisa; SCHEFFER, Leandro Eduardo. SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE CATASTRÓFICA: UMA REVISÃO DESCRITIVA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/traumaemergencia/790520-SINDROME-DO-ANTICORPO-ANTIFOSFOLIPIDE-CATASTROFICA--UMA-REVISAO-DESCRITIVA. Acesso em: 14/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes