A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA POR MEIO DO ESTUDO DA PRAÇA ZUMBI DOS PALMARES

Publicado em 12/11/2020 - ISBN: 978-65-88243-96-1

Título do Trabalho
A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA POR MEIO DO ESTUDO DA PRAÇA ZUMBI DOS PALMARES
Autores
  • ana laura pereira
  • Ramyrez Borba Domingues
  • JOAS HENRIQUE DE MORAES CASTAO
  • Marcia Maria Alves
  • ANA CRISTINA MOTA DE CAMARGO
  • Ana Cláudia Stangarlin Fróes
Modalidade
Resumo Expandido - 2020
Área temática
GT 19 - Intervenções em Arquitetura e Design
Data de Publicação
12/11/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/spic2020/296446-a-valorizacao-da-cultura-afro-brasileira-na-sociedade-contemporanea-por-meio-do-estudo-da-praca-zumbi-dos-palmare
ISBN
978-65-88243-96-1
Palavras-Chave
Povo, afro-brasileiros, história, escravidão
Resumo
Historicamente o povo preto brasileiro, viveu em um cenário de escravidão por três séculos e meio, mas mesmo depois da Princesa Isabel assinar a carta de alforria em 1888, por consequência de uma sociedade pós-escravista, os ex-escravos tiveram que vivenciar de perto a desigualdade, o rebaixamento da sua cultura e do seu ser. Nos dias atuais, o racismo e o preconceito não são os mesmos sofridos na época da escravidão, porém a luta da comunidade negra permanece igual, sua trajetória ainda é apagada, sua cultura desvalorizada e, por vezes, eles precisam se adequar ao que a sociedade impõe. Em um grupo social que não se denomina mais pós-escravista, ainda podemos observar a segregação racial e o racismo estrutural. Em razão destas questões, este trabalho propõe uma análise aprofundada de como a cultura afro-brasileira se manifesta na sociedade contemporânea, por meio do estudo da praça Zumbi dos Palmares localizada no bairro Pinheirinho em Curitiba-PR. Investigando o motivo da falha em sua concepção e, no porque ela não alcança o objetivos de trazer pertencimento a comunidade negra. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 54% da população brasileira se denominam pretos ou pardos, mas mesmo fazendo parte da grande maioria, ainda são os mais expostos a criminalidade, desigualdade, pobreza e por vezes pouco representados na televisão, nas universidades e em espaços públicos. Cenário comum vivenciado na praça Zumbi dos Palmares. Sua localidade fica entre as margens do bairro Pinheirinho e Capão Raso da cidade de Curitiba. Segundo moradores da região quando a praça foi concebida em 1991, a única característica que referenciava o movimento da luta negra era o nome, logo depois de revitalizações (todas realizadas em ano de copa do mundo) foram instalados algumas esculturas, porém, até os dias de hoje não traz identificação a cultura e nem do povo preto brasileiro. Estes e outros equívocos, são reflexos automáticos da irresponsabilidade histórica de 132 anos atrás, Joaquim Nabuco já dizia que não adiantava somente abolir a escravidão, mas também incorporar o negro na sociedade como cidadão de pleno direito. O que não foi feito. Logo depois da assinatura da carta de alforria os negros tiveram que se adaptar a uma nova realidade, de não pertencer ao seu senhor, mas de se submeter a critérios estabelecidos de domínio do povo branco. As raízes da escravidão permanecem cravados na história e com ela alguns costumes infelizes que fazem o progresso da democracia retroceder. Com o objetivo de embasar adequadamente os resultados, as metodologias adotadas para a pesquisa referente as falhas da praça, serão feitas através de dados do IBGE, artigos científicos, entrevistas, livros, e músicas que abordam assuntos sobre racismo e pouca visibilidade do coletivo negro. Em entrevistas com as pessoas do entorno podemos identificar que a praça não possui integração entre seus usuários, dessa forma, é inevitável que haja uma ressignificação tanto para a praça como espaço, quanto do povo preto se ressignificar ao longo da sua trajetória. Do ponto de vista igualitário é importante ser constituído um espaço onde a comunidade preta brasileira se identifique, e identifique seus semelhantes para que uma identidade seja criada. Que sua luta e suas conquistas sejam evidenciadas de maneira a conscientizar todos da fatalidade do que foi a escravidão, e qual a importância do antirracismo para a sociedade em que vivemos. Segundo o cantor BK, artista que representa o movimento negro, já passou da hora do povo preto receber por essa dívida histórica, e é a partir disso, que poderemos formar uma democracia sólida.
Título do Evento
XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica - UNICURITIBA
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
Anais do XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica do UNICURITIBA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PEREIRA, ana laura et al.. A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA POR MEIO DO ESTUDO DA PRAÇA ZUMBI DOS PALMARES.. In: Anais do XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica do UNICURITIBA. Anais...Curitiba(PR) UNICURITIBA, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/spic2020/296446-A-VALORIZACAO-DA-CULTURA-AFRO-BRASILEIRA-NA-SOCIEDADE-CONTEMPORANEA-POR-MEIO-DO-ESTUDO-DA-PRACA-ZUMBI-DOS-PALMARE. Acesso em: 22/06/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes