ABORDAGEM BIOPSICOSSOCIAL DA IDENTIDADE DE GÊNERO: PERSPECTIVA DA NEUROPSICOLOGIA E DA ANTROPOLOGIA

Publicado em 12/11/2020 - ISBN: 978-65-88243-96-1

Título do Trabalho
ABORDAGEM BIOPSICOSSOCIAL DA IDENTIDADE DE GÊNERO: PERSPECTIVA DA NEUROPSICOLOGIA E DA ANTROPOLOGIA
Autores
  • Adrielle Leon de Aguero Alves
Modalidade
Resumo Expandido - 2020
Área temática
GT 26 – Psicologia clínica e forense
Data de Publicação
12/11/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/spic2020/296244-abordagem-biopsicossocial-da-identidade-de-genero--perspectiva-da-neuropsicologia-e-da-antropologia
ISBN
978-65-88243-96-1
Palavras-Chave
Neurociência, Neuropsicologia, Sexualidade.
Resumo
A neuropsicologia, área de conhecimento da neurociência, tem como objeto de investigação as relações entre cérebro e comportamento. A neurociência trouxe contribuição significativa e seminal para o conhecimento da natureza humana, descrevendo os mecanismos que colocam o sistema nervoso central na base compreensiva de como a evolução, através do aparato genético, garantiu ao homem a conquista do mundo e do universo. Por sua vez, a neuropsicologia, ao relacionar pesquisas da psicologia e o conhecimento do sistema nervoso promovido pela neurociência, possibilita que a neuropsicologia relacione cérebro e comportamento. Por fazer parte de um campo multidisciplinar de pesquisa, a neuropsicologia dialoga com os mais diversos campos das ciências biológicas, psicológicas e sociais, assim como permite a interação com campos de estudo como a antropologia, que estuda o desenvolvimento social, cultural, político e outras manifestações próprias do ser humano. Sendo assim, o objeto do trabalho proposto investiga as relações entre cérebro e sexualidade humana, com o objetivo de encontrar as bases biológicas da identidade de gênero e as relações com o ambiente cultural. A metodologia usada é a revisão bibliografia, pois através da pesquisa em artigos e livros de neurocientistas e neuropsicólogos, se promove o diálogo com a antropologia contemporânea apresentada por Margaret Mead. O comportamento sexual pode ser entendido a partir da compreensão de estruturas anatômicas do cérebro humano e também a partir do conhecimento dos mecanismos genéticos envolvidos. Assim, a glândula hipófise, encontrada no hipotálamo, controla a vida hormonal do corpo humano e favorece os circuitos neurais que articulam a diferenciação entre o comportamento masculino e feminino. A base genética para a formação da diferenciação sexual anatômica está nos dois cromossomos do vigésimo terceiro par, os cromossomos X e Y, sendo que as mulheres possuem duas cópias do cromossomo X e os homens uma cópia de X e uma de Y. Por volta da sexta ou sétima semana de gestação, a crista gonadal indiferenciada, é induzida por um gene do cromossomo Y à diferenciação e desenvolve, assim, os testículos, ocorrendo maciça liberação de testosterona e diferenciação característica do corpo e cérebro masculino. Já o embrião com dois genes X desenvolve os ovários e a diferenciação corporal e cerebral característico do sexo feminino. Enquanto o organismo começa a se adaptar ao sexo cromossômico e anatômico o cérebro ainda não está recebendo essas informações o que pode ocasionar na transexualidade do indivíduo. O hipotálamo atua nas características comportamentais dos indivíduos, que além da influência bioquímica também sofre influência social e cultural. O DSM-5 caracteriza a disforia de gênero como “descontentamento afetivo/cognitivo de um indivíduo com o gênero designado” (DSM-5, 2014, 451). Esse descontentamento geralmente está acompanhado de um sofrimento psíquico e físico podendo levar o indivíduo a automutilação por não aceitar sua morfologia corporal ou até mesmo ao suicídio. A importância da discussão sobre os elementos biopsicossociais que envolvem o desenvolvimento humano está relacionada a esse sofrimento, já que a sociedade tende a impor que os indivíduos tenham comportamentos relacionados ao sexo cromossômico, gonadal e anatômico, nem sempre considerando como o indivíduo se sente diante dos conceitos sociais na qual ele está inserido. O gênero também é construção social, ao lado dos elementos biológicos e químicos. Mead identificou tribos da Papua-Nova Guiné com diferentes comportamentos relacionados à identidade de gênero. Na tribo dos Arapesh, homens e mulheres demonstravam passividade, já entre o povo Mundugumor os dois sexos demonstravam alta agressividade.
Título do Evento
XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica - UNICURITIBA
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
Anais do XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica do UNICURITIBA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALVES, Adrielle Leon de Aguero. ABORDAGEM BIOPSICOSSOCIAL DA IDENTIDADE DE GÊNERO: PERSPECTIVA DA NEUROPSICOLOGIA E DA ANTROPOLOGIA.. In: Anais do XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica do UNICURITIBA. Anais...Curitiba(PR) UNICURITIBA, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/spic2020/296244-ABORDAGEM-BIOPSICOSSOCIAL-DA-IDENTIDADE-DE-GENERO--PERSPECTIVA-DA-NEUROPSICOLOGIA-E-DA-ANTROPOLOGIA. Acesso em: 01/06/2025

Trabalho

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