O VIDEOCLIPE E A ATORIALIDADE LIMINAR: LINGUAGENS HÍBRIDAS EM INTERSECÇÃO NA INDÚSTRIA FONOGRÁFICA

Publicado em 12/11/2020 - ISBN: 978-65-88243-96-1

Título do Trabalho
O VIDEOCLIPE E A ATORIALIDADE LIMINAR: LINGUAGENS HÍBRIDAS EM INTERSECÇÃO NA INDÚSTRIA FONOGRÁFICA
Autores
  • Ricardo Di Carlo Ferreira
  • Marcelo Augusto Toigo
Modalidade
Resumo Expandido - 2020
Área temática
GT 22 – Cinema e Audiovisual: Gênese, Linguagem e Sentidos
Data de Publicação
12/11/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/spic2020/279972-o-videoclipe-e-a-atorialidade-liminar--linguagens-hibridas-em-interseccao-na-industria-fonografica
ISBN
978-65-88243-96-1
Palavras-Chave
Videoclipe, Atorialidade, Hibridismo, Estilo cinematográfico, Indústria Fonográfica.
Resumo
Este trabalho articula-se via metodologia de revisão bibliográfica, acerca das searas teóricas das artes do vídeo, do cinema e dos estudos atorais – em seus desdobramentos discursivos e pragmáticos, que venham a indicar as inserções artísticas no desenvolvimento da linguagem do videoclipe, com o intuito de se ampliar a relação de predileção pelo estilo cinematográfico em sua tessitura. Logo, a reflexividade aqui desdobrada considera as notórias interseccionalidades conceptivas que vieram a erigir as perspectivas da linguagem do videoclipe; que são identificáveis e operacionalizadas nos dias de hoje, muitas vezes, acionando a atorialidade liminar em sua obragem. De pronto, a pesquisa do estado da arte, em seus processos de cotejo e reviosionamento, nos levaram ao diagnóstico de que não há larga produção bibliográfica sobre esse campo criativo, e nesta medida, este estudo visa contribuir com a teorização acerca das duas linguagens: do videoclipe e atorial – “aquela que é própria do ator, a atuação” (FERREIRA, 2018, p. 607). Outrossim, diagnosticou-se que não há sequer um estudo ainda, que desdobre os fatores da relação de co-participação criativa, que se estabelece nos videoclipes que se utilizam da linguagem atorial, em seus aspectos operativos/procedimentais. Notadamente, o videoclipe é uma linguagem híbrida oriunda da dissolução das linguagens artísticas do cinema e da música, compreendido inicialmente como sendo um produto constituído para corroborar as ações de divulgação das canções dos artistas da música. Como se pode observar, o videoclipe tem sua consolidação e propagação imantadas pela indústria fonográfica, de modo que a sua linguagem tem sido amplamente conduzida pelas conformações mercadológicas da música dita popular ou massiva por meio dos seus preceitos artísticos: estéticos, conceptivos, pela tônica do estilo cinematográfico, preconizado nesse campo produtivo mais hegemônico, pelo fato de que “a estética cinematográfica é uma forma de legitimação do vídeo” (BENTES, 2003, p. 35). E, também, midiática, em termos econômicos de segmentação de mercado e atingimento de público-alvo, inextricável de elementos de linguagem audiovisual que imbricam os métodos de inovação e de produção massificada (GOODWIN, 1992). Um dado importante sobre a linguagem do videoclipe é a noção de hibridismo, ancestralmente da música e do cinema, confluindo as artes do vídeo, especialmente a videoarte, aos seus processos e práticas artísticas entre artes, em estado de retroalimentação até os dias de hoje por signagens e artistas múltiplos na sua operacionalização. Entre esses operadores de realização, destaca-se a presença dos atores e atrizes na figuração de videoclipes atuacionais, videoclipes que se desenrolam via a técnica atuacional (FERREIRA, 2018). Dito de outro modo, essas produções se materializam pele atuação cinematográfica, seja em estado co-atuacional, nos quais os cantores-atuantes são ancorados por atores profissionais na encenação, ou em realizações em que o cantor nem sequer aparece no vídeo, construídos estritamente pela cinemática atoral, inextricável ao campo sonoro, acionado pela mostração conjunta do som sincrônico da música, no qual se ressalta que as representações das imagens nem sempre reproduzem o tempo-ritmo das músicas/de suas letras (lyrics). Outro dado diagnóstico da pesquisa aponta que se por um lado a indústria fonográfica utiliza aspectos formais consagrados, tais como estilo cinematográfico, consolidado, muito em parte, pelo aspecto atuacional do ator em figuração/modelação cinemática, e ainda fórmulas de sucesso, tais como a exploração da representação do divismo (AUMONT; MARIE, 2003) e do arquétipo da femme fatale materializado nas performances das cantoras pop, por exemplo – fórmula amplamente consagrada nos videoclipes da indústria fonográfica. Por outro lado, há o traço contínuo e inestimável da experimentação artística (TREVISAN; JESUS, 2013), em grande medida pelo não apego à narratologia que existe no cinema, e o emparelhamento estético com a linguagem da videoarte pela busca do efeito de sinestesia espectatorial.
Título do Evento
XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica - UNICURITIBA
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
Anais do XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica do UNICURITIBA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Ricardo Di Carlo; TOIGO, Marcelo Augusto. O VIDEOCLIPE E A ATORIALIDADE LIMINAR: LINGUAGENS HÍBRIDAS EM INTERSECÇÃO NA INDÚSTRIA FONOGRÁFICA.. In: Anais do XII Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica do UNICURITIBA. Anais...Curitiba(PR) UNICURITIBA, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/spic2020/279972-O-VIDEOCLIPE-E-A-ATORIALIDADE-LIMINAR--LINGUAGENS-HIBRIDAS-EM-INTERSECCAO-NA-INDUSTRIA-FONOGRAFICA. Acesso em: 21/06/2025

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