ROMANTISMO E ILUMINISMO NO DESIGN: UM MAPEAMENTO DE VALORES QUE PERMEIAM A CONCEPÇÃO DO PROJETAR

Publicado em 25/03/2020 - ISSN: 2526-9933

Título do Trabalho
ROMANTISMO E ILUMINISMO NO DESIGN: UM MAPEAMENTO DE VALORES QUE PERMEIAM A CONCEPÇÃO DO PROJETAR
Autores
  • Silvia Pollis Davis
  • Laura Gadelha e Silva
  • Andrea Nataly Romero Marroquin
Modalidade
Trabalho Completo
Área temática
Graduação
Data de Publicação
25/03/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/spgd_2019/225760-romantismo-e-iluminismo-no-design--um-mapeamento-de-valores-que-permeiam-a-concepcao-do-projetar
ISSN
2526-9933
Palavras-Chave
Epistemologia do Design, História do Design, Cultura e Sociedade, Educação e Pedagogia do Design, Filosofia e Design
Resumo
Romantismo e Iluminismo no Design: Um mapeamento de valores que permeiam a concepção do projetar Pollis, Silvia. Gadelha, Laura. Marroquin, Andrea. RESUMO EXPANDIDO: O presente projeto consiste no trabalho desenvolvido por três alunas de graduação ao longo de sua experiência como bolsistas de Iniciação Científica. As atividades descritas adiante estão vinculadas à pesquisa O Design entre valores iluministas e românticos: produção material, consumo e dinâmica social no pensamento dos séculos XVIII e XIX, do professor Daniel B. Portugal. Essa pesquisa se propunha a mapear teorias e ideias que fossem relevantes à cultura material, isto é, que tivessem impactado a forma como se pensa o consumo e a produção — conceitos esses com implicações profundas para a formação do Design como um campo profissional. Tal mapeamento tinha por objetivo entender de que maneira as tensões valorativas manifestas nas obras e autores selecionados influenciaram, e influenciam ainda hoje, as concepções acerca da atividade projetual. Grande parte das discussões levantadas na produção textual em questão dizem respeito a inquietações vigentes, como a relação do homem com a máquina; a separação entre projetista e “executor” do projeto; o trabalho como atividade que traria autorrealização e dignidade e a alienação do trabalhador. Tendo em vista uma das concepções mais difundidas hoje, que entende o Design em oposição ao artesanato — e portanto o define como sendo a atividade de projetar para que outro, ou mais comumente “a Indústria”, execute — o estudo dos autores selecionados se prova relevante pelo seu potencial de revelar as raízes desse e de outros posicionamentos. A leitura desses textos é útil também na medida em que explicita o que está em jogo em formas corriqueiras de entender e valorar a atividade do designer. Para que essa análise pudesse ser feita, foram selecionados textos publicados nos séculos XVIII e XIX. Alguns dos autores entendidos como relevantes foram Thomas Carlyle, John Ruskin, William Morris, Andrew Ure, Adolf Loos e John Stuart Mill. As publicações lidas foram, em sua maioria, britânicas. Essa escolha segue o que se considera um importante marco na história do design: A primeira Revolução Industrial. Pioneira no processo de industrialização, a Inglaterra foi a nação que primeiro sentiu o impacto das mudanças ocasionadas por esse novo modelo de produção e consumo. Em meio a essas profundas reestruturações, que reverberaram tanto nas esferas mais individuais e comportamentais quanto nas políticas e técnicas, produziu-se um material intelectual muito rico, especialmente na forma de reflexões sobre o significado da nova configuração para o âmbito social. Cabe ressaltar que a Inglaterra também foi cenário, à época, do — não menos importante — surgimento de métodos de criação e técnicas projetuais que estão diretamente vinculados à atividade profissional do designer, como a automação e a produção em massa. A leitura desses textos foi feita durante a disciplina de História do Design, ministrada na pós-graduação pelos professores Wandyr Hagge e Daniel Portugal e da qual as bolsistas participaram ao longo do primeiro semestre da iniciação científica. Após um momento inicial de apresentação da abordagem que seria dada ao tema pela disciplina, junto a uma breve apresentação ao contexto histórico de onde partiriam as leituras, teve início um ciclo de seminários semanais apresentados pelos alunos inscritos. Cada aluno ficou responsável pela apresentação de um dos autores trabalhados e um texto referente à programação da disciplina. Ao final de cada apresentação incentivava-se a troca de impressões acerca do que havia sido lido, a que se seguia uma discussão acerca de possíveis relações entre a obra apresentada e aquelas vistas nas semanas anteriores. O objetivo desses debates era levantar conexões possíveis entre elas. Concluída a disciplina, as bolsistas da graduação ficaram encarregadas de mapear as correntes de pensamento estudadas, destacando as relações que haviam identificado entre os autores e enfatizando os pontos de maior interesse para seus objetos de estudo individuais. Para orientar as categorizações, adotou-se os termos “Romantismo” e “Iluminismo”, seguindo a divisão proposta por David Bloor na obra Knowledge and Social Imagery e introduzida na disciplina de História do Design. Com base nessa polarização, foi possível separar as ideias segundo suas afinidades e discordâncias. A visualização desse processo de triagem de reflexões ficou por conta da confecção de um mapa esquemático. Nesse mapa constam os nomes dos autores; principais movimentos e escolas de Design dentro de sua área de influência; as obras adotadas como referência junto ao seu ano de publicação e os respectivos conceitos-chave, bem como seu posicionamento dentro do esquema bipolarizado adotado. O refinamento do que concerne ao design gráfico do mapa se deu em uma série de iterações a seis mãos: a organização e hierarquia de informação, a tipografia e as cores utilizadas foram experimentadas concomitantemente às mudanças do conteúdo discursivo, buscando a obtenção de uma leitura rápida e clara. O mapa serve assim como um facilitador, ao apresentar informações densas de forma objetiva para que alunos de Design, — principalmente, embora não apenas, dado que os autores implicados no estudo tangenciam outras áreas, como a Economia e a Arquitetura — possam ser introduzidos a um estudo crítico da cultura material.
Título do Evento
5º Simpósio de Pós-Graduação em Design da ESDI
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do Simpósio de Pós-graduação em Design da Esdi
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

DAVIS, Silvia Pollis; SILVA, Laura Gadelha e; MARROQUIN, Andrea Nataly Romero. ROMANTISMO E ILUMINISMO NO DESIGN: UM MAPEAMENTO DE VALORES QUE PERMEIAM A CONCEPÇÃO DO PROJETAR.. In: Anais do Simpósio de Pós-graduação em Design da Esdi. Anais...Rio de Janeiro(RJ) ESDI / UERJ, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/spgd_2019/225760-ROMANTISMO-E-ILUMINISMO-NO-DESIGN--UM-MAPEAMENTO-DE-VALORES-QUE-PERMEIAM-A-CONCEPCAO-DO-PROJETAR. Acesso em: 06/05/2025

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