INTEGRAÇÃO SUL AMERICANA DE INFRAESTRUTURA E AS NOVAS DINÂMICAS COMERCIAIS INTERNACIONAIS

Publicado em 25/11/2022 - ISBN: 978-65-5941-910-4

Título do Trabalho
INTEGRAÇÃO SUL AMERICANA DE INFRAESTRUTURA E AS NOVAS DINÂMICAS COMERCIAIS INTERNACIONAIS
Autores
  • Gabriela Dotti Chioquetta
  • Vanessa da Silva Almeida
Modalidade
Trabalho avulso
Área temática
Economia Política Internacional
Data de Publicação
25/11/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/spabri2022/505775-integracao-sul-americana-de-infraestrutura-e-as-novas-dinamicas-comerciais-internacionais
ISBN
978-65-5941-910-4
Palavras-Chave
integração de infra estrutura, iirsa, integração sul americana
Resumo
Integração Sul Americana de Infraestrutura e as novas dinâmicas comerciais internacionais Autora: Gabriela Dotti Chioquetta Pesquisadora mestranda em Relações Internacionais pelo PPGRI-UNILA Co-Autora: Vanessa da Silva Almeida Graduanda em Relações Internacionais e Integração pela PROGRAD-UNILA Resumo: Muitos estudos comprovam a importância da integração regional enquanto alternativa para o desenvolvimento da América Latina, especificamente da América do Sul, considerando a condição de dependência da região (PREBISCH, 1949; SANTOS, CORAZZA, 2006, CERVO, 2007, FURTADO, 2007, MEDEIROS, 2010). Entretanto, como aponta SOUZA (2012), o movimento de integração vem ocorrendo em ondas que vão e vem, ou seja, em certos períodos a integração é estimulada através de políticas nacionais, em outros períodos há estagnação ou retrocesso no processo. O Mercosul, criado com objetivos primordialmente econômicos em 1991, período que SOUZA (2012), na terceira onda de integração, traduziu os movimentos neoliberais da época e favoreceu a atuação regional de diversas grandes empresas, principalmente transnacionais (Fonte: Comextat). Os intentos de integração estimulados pelo Mercosul nos anos 1990 e 2000 resultaram em um aumento das relações comerciais entre os países da região, porém, ainda inferior ao montante intercambiado com o resto do mundo. A partir de 2000, alguns mecanismos foram criados no âmbito do Mercosul de forma a estimular convergência e integração produtiva na região, na tentativa de garantir que as indústrias nacionais e regionais obtivessem ganhos e resultados com as ações do Bloco, de fomentar maior participação de pequenas e médias empresas nas estratégias de integração, bem como promover integração de entes subnacionais. Na Política específica pra Desenvolvimento Produtivo, foi criado o Grupo de Integração Produtiva, cuja a orientação é de que Integração Produtiva é levada a cabo pelo setor privado, então, caberia ao setor privado o trabalho de identificar obstáculos para integração produtiva e apresentar tais obstáculos para os seus governos internos. Os governos internos têm o dever de proporcionar ambiente favorável para a integração e facilitar o processo para superação dos desafios. Em 2008, com a criação da UNASUL, o Brasil assumia o papel de “principal articulador del proyecto integracionista de Sudamérica” (VADELL, 2020, p. 1072). Em 2009, a IIRSA integra o Cosiplan, o Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento, como foro político e estratégico de integração e infraestrutura da UNASUL, absorvendo a IIRSA como foro técnico (COSIPLAN, 2017). A IIRSA-Cosiplan possui 9 Eixos de Integração e Desenvolvimento (EID). Assim, o que mobilizou o interesse na pesquisa foi compreender como a integração de infraestrutura vem promovendo o desenvolvimento da região sul americana. Objeto Este trabalho se debruça sobre o estudo e análise da Integração Regional no recorte do Cone Sul, considerando a possibilidade da criação da Linha Ferroviária Bioceânica do Eixo de Capricórnio. O projeto faz parte da carteira de Projetos da Iniciativa para a Integração da Regional Sul Americana (IIRSA). Na pesquisa, buscaremos identificar se os projetos da IIRSA cumprem seu papel da integração para o desenvolvimento regional ou se fomentam interesses estrangeiros e perpetuam modelos econômicos dependentes da região Latino Americana. Objetivos Partindo de uma revisão de literatura sobre a integração de infra estrutura no Mercosul, objetivos do trabalho são identificar os principais destinos de importação e exportação dos países da América Latina e comparar com o volume de comércio intra bloco, analisando se os resultados são compatíveis com o intuito da IIRSA para integração regional no período 2010-2021. Metodologia e Fontes Esta pesquisa se dará de forma quantitativa e qualitativa. No intuito de compreender como as obras de infraestrutura vem servindo para o comércio regional, se elas favorecem o comércio entre países ou a exportação para outros países, será realizada uma pesquisa para analisar o volume de comércio intra e extrarregional. Como fontes de dados serão analisadas atas dos grupos de trabalho de integração produtiva e de infraestrutura do Mercosul, documentos fundadores da IIRSA, cartilha de objetivos. Além disso, também, será produzida análise de dados de comércio exterior fornecidos pelo MDiC, Comextat e análise de relatórios produzidos pelo IPEA. Resultados Parciais da Pesquisa A partir dos anos 2000, vemos um crescimento da aproximação da China como grande parceira comercial da região, e a convergência das exportações para aquele país. Entre os anos de 2010 e 2021, a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, por exemplo, país com potencial de funcionar como a locomotiva para a integração da região. Demonstra-se que a integração à nível regional é insuficiente no conhecimento das necessidades e problemas locais. Uma vez que a infraestrutura é a principal forma de integração no subcontinente, “ela pode reforçar a seletividade e a desigualdade territorial, de modo a reforçar as regiões especializadas (produção de soja, cadeia de proteína, fruticultura e demais produtos voltados para a exportação)” (GOMES e FRANÇA, 2019, p. 2). Apesar de os esforços para integração de infraestrutura e investimento no MERCOSUL tenham partido de fundos nacionais e regionais, o maior montante de lucro com as relações comerciais integradas é captado por grandes grupos internacionais ou por potências internacionais que, de uma forma ou de outra, exploram a região e contribuem para a perpetuação do modelo de monocultura e agroexportação da América Latina, que por sua vez perpetua a condição de dependência da região.
Título do Evento
Seminário de Pós-Graduação da Associação Brasileira de Relações Internacionais
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário de Graduação e Pós-graduação em Relações Internacionais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CHIOQUETTA, Gabriela Dotti; ALMEIDA, Vanessa da Silva. INTEGRAÇÃO SUL AMERICANA DE INFRAESTRUTURA E AS NOVAS DINÂMICAS COMERCIAIS INTERNACIONAIS.. In: Anais do Seminário de Graduação e Pós-graduação em Relações Internacionais. Anais...São Paulo(SP) IRI-USP, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/spabri2022/505775-INTEGRACAO-SUL-AMERICANA-DE-INFRAESTRUTURA-E-AS-NOVAS-DINAMICAS-COMERCIAIS-INTERNACIONAIS. Acesso em: 02/08/2025

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