TEORIA DA GUERRA, TEORIA DO ESTADO

Publicado em 25/11/2022 - ISBN: 978-65-5941-910-4

DOI
10.29327/1131788.6-22  
Título do Trabalho
TEORIA DA GUERRA, TEORIA DO ESTADO
Autores
  • GUILHERME CELESTINO SOUZA SANTOS
Modalidade
Trabalho avulso
Área temática
Economia Política Internacional
Data de Publicação
25/11/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/spabri2022/505528-teoria-da-guerra-teoria-do-estado
ISBN
978-65-5941-910-4
Palavras-Chave
Teoria da Guerra, Teoria do Estado, Poder, Crítica Estratégica, Sistema Internacional Capitalista
Resumo
INTRODUÇÃO Para entender o funcionamento do poder no sistema internacional é preciso pensar como funciona o poder no ponto de vista do Estado que é o vetor das relações e conflitos que ordenam e desagregam esse sistema. E cabe pensar também como esse Estado nacional moderno nasce da guerra, e dos seus preparativos, e se torna o espaço deliberativo onde se delibera a favor ou contra a deflagração de uma guerra ou confronto armado. A análise crítica da estratégia à moda de Clausewitz entende a dinâmica entre guerra e política, entre objetivos militares e objetivos políticos. Na reunião da “trindade dinâmica” o Estado assume sua função principal. A questão deste trabalho é: como o poder em sua relação com a força assume suas funções no Estado. O “milagre europeu” que fala Kennedy e outros autores, conta como a Europa se torna o eixo das potências do globo por um certo “virtuosismo” no qual, o poder é acumulado enquanto Estados disputam recursos, território, e influência entre si. O desenvolvimento tecnológico, industrial, e até social dos países europeus teve como motor a permanente disputa entre os Estados nacionais. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Propõe-se aqui investigar um modelo teórico relevante para se pensar a formação e os limites do sistema interestatal capitalista, o que começa pela leitura da obra Da Guerra de Clausewitz. Cabe observar em que medida reconhecem ou não sua validade na atualidade e quais os limites desse reconhecimento, assim como a compreensão dessa “dialética interna” da guerra que parecem estruturar os conflitos estratégicos segundo uma dialética outra que a da economia ou das ideias. O Sistema formado pelas nações centrais do capitalismo, nascido em Westfália, tem ao longo de quatro séculos de existência mostrado muitas transformações e alguns padrões. A guerra é certamente uma constante na história desse sistema, e inegável sua presença intermitente. Retomar o modelo clausewitziano em sua pretensão filosófica, transhistórica ou arquetípica da guerra e seu papel na definição da política dos Estados pode ser alvo de questionamentos e neste trabalho busca-se algumas respostas a esses. A história do desenvolvimento do pensamento estratégico moderno vem mostrando que a organização da práxis bélica, seja no terreno percorrido pela infantaria até os mais recentes ataques da ciberguerra, o conceito e modelo teórico de Clausewitz sobre a guerra vem sendo reivindicado, seja para retomá-lo na íntegra, para remendá-lo acrescentando ou retirando proposições, para invertê-lo, ou mesmo para rejeitá-lo. RESULTADOS PRELIMINARES A lógica da conflito bélico tal como Clausewitz (1832) propõe pensar pela sua Teoria da Guerra oferece subsídios para entender tanto a lógica que orienta a organização dos modernos Estados nacionais que precisam reunir e preparar suas forças armadas para enfrentar outros Estados nacionais, como parece estar no “espírito decisório” dos grandes estadistas, ou da burocracia estatal quando formula os objetivos de uma nação. (Gaddis, 2019) A disputa pelo poder no Sistema Internacional Capitalista admite a formação de “grandes estratégias” que orientam os povos e nações a que desafios, riscos, revoluções estão dispostos e desejam enfrentar. Observar a gênese sócio-histórica desse sistema, antes de nos jogar luz sobre as sombras da conjuntura, revela uma persistência histórica na formação dos Estados centrais na disputa por poder e riqueza que passa pelo preparo e efetivação de vitória nas guerras, e sem dúvida, relega as demais nações ao contexto de subordinação e dependência nas mais variadas formas. REFERÊNCIAS CLAUSEWITZ, Carl Von. Da Guerra. Tradução para o inglês, Michael Howard e Peter Paret. Tradução do inglês para o português, CMG (RRm) Luiz Carlos Nascimento e Silva do Valle. Rio de Janeiro, 1984 [1832]. GADDIS, John Lewis. As Grandes Estratégias: de Sun Tzu a Franklin Roosevelt. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019. KENNEDY, Paul. Ascensão e queda das grandes potências. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1989. PARET, Peter. "Clausewitz". In: PARET, Peter (Org.) Makers of modern strategy: from Machiavelli to the nuclear age. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1986.
Título do Evento
Seminário de Pós-Graduação da Associação Brasileira de Relações Internacionais
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário de Graduação e Pós-graduação em Relações Internacionais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

SANTOS, GUILHERME CELESTINO SOUZA. TEORIA DA GUERRA, TEORIA DO ESTADO.. In: Anais do Seminário de Graduação e Pós-graduação em Relações Internacionais. Anais...São Paulo(SP) IRI-USP, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/spabri2022/505528-TEORIA-DA-GUERRA-TEORIA-DO-ESTADO. Acesso em: 25/05/2025

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