PADRÃO DE BELEZA: DIÁLOGOS NA ADOLESCÊNCIA

Juliana Rodrigues Da Cruz Santos; GABRIELLA CIOTTO RODRIGUES DA SILVA

Todos os Trabalhos

Trabalho

Título do Trabalho

PADRÃO DE BELEZA: DIÁLOGOS NA ADOLESCÊNCIA

Autores

Juliana Rodrigues Da Cruz Santos
GABRIELLA CIOTTO RODRIGUES DA SILVA

Modalidade

Resumo

Área temática

2. Atenção à saúde integral do adolescente

Data de Publicação

21/09/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/socioeducacaounifran2022/521803-padrao-de-beleza--dialogos-na-adolescencia

ISBN

978-65-5941-808-4

Palavras-Chave

Mercadoria, classe social, violência sistêmica

Resumo

No mês de março de 2022 foi realizado com o grupo de adolescentes de 14 a 17 anos atendidos no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Conviver Marista – em Londrina-PR um ciclo de atividades em torno das garantias e violações de direitos das mulheres, considerando histórico de lutas e movimentos sociais que consolida(ra)m muitas conquistas. Uma das atividades finais foi a realização de uma roda de conversa com as adolescentes sobre padrão de beleza e o impacto no cotidiano das meninas, cujo objetivo era construir um espaço acolhedor e de partilhas pessoais, refletir sobre os padrões de beleza e a representação da mulher, ambos ao longo da história. Para tal fim, utilizando o círculo de diálogos (BOYES-WATSON; PRANIS, 2011), observamos quatro imagens que representavam o padrão de beleza da mulher na pré-história, na idade média, na idade moderna e na idade contemporânea e iniciamos as reflexões sobre os motivos pelo qual o padrão se estabelecia em cada época. As educandas reconheceram que as classes sociais são determinantes para a demarcação do padrão de beleza, isto é, independente do período histórico, podemos identificar o modelo idealizado de mulher a partir da identificação das mulheres da alta sociedade. Por um lado, as educandas sentiram-se momentaneamente aliviadas por entenderem que o não encaixamento no padrão de beleza atual não está ligado à inaptidão com o seu autocuidado; por outro, abrimos a caixa de pandora dos sentimentos ligados à inadequação das meninas promovida pela desproteção social, desigualdades e vulnerabilidades sociais presentes no nosso país. Assim, as adolescentes puderam concluir que embora os movimentos sociais conquistaram muitos direitos a favor das mulheres e meninas há uma violência sistêmica contra esse grupo que precisa ser combatida, pois todo esse ideal de beleza construído estruturalmente impacta nos cotidianos das mulheres, sendo um processo de transformação do corpo e da beleza feminina em mercadoria. O sistema capitalista transforma pessoas em objetos e esse, por sua vez, eleva o corpo e a beleza a serem passíveis de inserção em um sistema econômico, transformados em mercadoria e, assim, gerará lucro mais uma vez. Tendo em vista que esse padrão de beleza se torna uma coação para aceitação em sociedade, e que cada mulher terá seu espaço nesse processo de consumo de mercadoria e aceitação de acordo com a posição que cada uma ocupar na sociedade, é possível atenuar e desnaturalizar, mediante essa reflexão destes espaços de construção e desconstrução do que é imposto para nós mulheres, o padrão de beleza como único, desconsiderando todo o movimento do processo estrutural que é criado para ser internalizado pela sociedade e a quem não atingir ficará à margem.

Título do Evento: II SEMINÁRIO INTERNACIONAL: DIFERENTES OLHARES DO TRABALHO SOCIOEDUCATIVO
Título dos Anais do Evento: Anais do II Seminário Internacional: diferentes olhares do trabalho socioeducativo
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SANTOS, Juliana Rodrigues Da Cruz; SILVA, GABRIELLA CIOTTO RODRIGUES DA. PADRÃO DE BELEZA: DIÁLOGOS NA ADOLESCÊNCIA.. In: Anais do II Seminário Internacional: diferentes olhares do trabalho socioeducativo. Anais...Franca(SP) Universidade de Franca (UNIFRAN), 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/socioeducacaounifran2022/521803-PADRAO-DE-BELEZA--DIALOGOS-NA-ADOLESCENCIA. Acesso em: 30/06/2025