ICONOGRAFIA PARA A DECOLONIZAÇÃO SOBRE O PENSAMENTO ANDINO: UM ESTUDO INTERDISCIPLINAR-COMPARATIVO DA CERÂMICA SEXUAL MOCHE DA COSTA NORTE PERUANA ENTRE OS SÉCULOS  I -VIII A.D.

Luís Fernando Mafra; Marcelo Fagundes

Título do Trabalho

ICONOGRAFIA PARA A DECOLONIZAÇÃO SOBRE O PENSAMENTO ANDINO: UM ESTUDO INTERDISCIPLINAR-COMPARATIVO DA CERÂMICA SEXUAL MOCHE DA COSTA NORTE PERUANA ENTRE OS SÉCULOS I -VIII A.D.

Autores

Luís Fernando Mafra
Marcelo Fagundes

Modalidade

Resumos da Pós-Graduação

Área temática

Ciências Humanas

Data de Publicação

20/03/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/sintegra/725755-iconografia-para-a-decolonizacao-sobre-o-pensamento-andino--um-estudo-interdisciplinar-comparativo-da-ceramica-se

ISBN

978-65-272-0387-2

Palavras-Chave

ARQUEOLOGIA, MOCHE, ICONOGRAFIA, GÊNERO E SEXUALIDA, DECOLONIEDADE, CERÂMICA

Resumo

A cultura mochica se desenvolveu na faixa litorânea da costa norte do Peru entre os séculos I e IX AD. Baseou-se em diversas unidades políticas, em alguns casos coexistentes, em uma sociedade interna com diferentes lugares sociais bem marcados em estruturas de poder centralizadas em lideranças político-religiosas. Os Moches desenvolveram um amplo domínio agrário (com registros de vastos canais de irrigação), além de uma complexa arquitetura e ampliação da tecnologia cerâmica, têxtil e a metalurgia. Ocuparam os vales de Piura, Lambayeque, Zanã, Jequetepeque, Chicama, Moche, Virú, Chao e Santa, estabelecendo controle dos rios (em grande parte de degelo dos Andes e de chuvas decorrentes da selva amazônica). A cultura Moche é identificada através de um macro padrão estilístico cerâmico, sendo um grupo que estabeleceu um amplo conjunto de crenças e costumes difundidos em uma cosmovisão compartilhada. Esta é indissociável de sua paisagem e centrada em um sistema ontológico dual complementar assimétrico, um mundo bipartido, em dualidades opostas e que se complementam em uma dinâmica que organiza e equilibra a realidade. Esta pesquisa fez parte do programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e buscou entender por meio da iconografia presente na cerâmica Moche sua cosmovisão. A pesquisa parte de um referencial teórico Decolonial e teve como foco de estudo os registros pictóricos e escultóricos presentes em sua cerâmica de representação sexual, discutindo as construções de gênero e das sexualidades nesta produção, entendendo estes corpos e o exercício destas sexualidades como construções culturais, portando, únicas e particulares. Contou como objeto de estudo a coleção de vasilhas cerâmicas intitulada "Galeria erótica" que faz parte do acervo do Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera (Pueblo Libre - Peru). Esta pesquisa buscou entender como o estudo da iconografia pode cooperar para a compreensão da ontologia desta cultura principalmente no que tange suas construções e relações de gênero, se são fluidas ou estritamente binárias, e suas construções sobre sexualidade, se ultrapassam as barreiras do que hoje é entendido como sistema heterocisnormativo. Buscamos também propor uma análise que se distancia da compulsoriedade ocidental judaico-cristã do sistema Sexo/Gênero, que assimila ambos de maneira irrestrita. Buscamos indicar que a diversidade de corpos e existências (vistas do e no presente) pode auxiliar a compreender sobre as escolhas culturais do Outro, por meio da materialidade.

Título do Evento: IX Semana da Integração da UFVJM: Ensino, Pesquisa e Extensão
Cidade do Evento: Diamantina
Título dos Anais do Evento: Anais da Semana de Integração: Ensino, Pesquisa e Extensão da UFVJM
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MAFRA, Luís Fernando; FAGUNDES, Marcelo. ICONOGRAFIA PARA A DECOLONIZAÇÃO SOBRE O PENSAMENTO ANDINO: UM ESTUDO INTERDISCIPLINAR-COMPARATIVO DA CERÂMICA SEXUAL MOCHE DA COSTA NORTE PERUANA ENTRE OS SÉCULOS I -VIII A.D... In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sintegra/725755-ICONOGRAFIA-PARA-A-DECOLONIZACAO-SOBRE-O-PENSAMENTO-ANDINO--UM-ESTUDO-INTERDISCIPLINAR-COMPARATIVO-DA-CERAMICA-SE. Acesso em: 25/05/2025