GESTÃO DEMOCRÁTICA: A PERSPECTIVA DE UMA GESTORA EM DORMENTES-PE

Marcos Antônio Gomes Pereira

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Trabalho

Título do Trabalho

GESTÃO DEMOCRÁTICA: A PERSPECTIVA DE UMA GESTORA EM DORMENTES-PE

Autores

Marcos Antônio Gomes Pereira

Modalidade

Resumo Expandido para Publicação em Anais

Área temática

GT 10 - Ensino Médio, educação profissional e a formação de jovens

Data de Publicação

13/07/2025

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/sinjuve-semanaciso-univasf-554279/1164685-gestao-democratica--a-perspectiva-de-uma-gestora-em-dormentes-pe

ISBN

978-65-272-1588-2

Palavras-Chave

Gestão democrática. Formação. Gestor escolar.

Resumo

GESTÃO DEMOCRÁTICA: A PERSPECTIVA DE UMA GESTORA EM DORMENTES-PE Pereira, Marcos Antônio Gomes¹ RESUMO A gestão democrática é um princípio constitucional e pedagógico que necessita ser estudado na prática, sob a perspectiva do gestor. Logo, esse artigo trata de pensar a gestão democrática no âmbito da escola pública e tem como objetivo refletir sobre a perspectiva do gestor acerca da gestão democrática e a sua efetivação. As reflexões dão-se a partir de uma entrevista com a gestora de uma escola estadual em Dormentes-PE a fim de compreender como a gestão democrática é efetivada na prática. Através da análise realizada, fica evidente que para a efetivação da gestão democrática é necessário prover melhores condições de trabalho. Gestão democrática. Formação. Gestor escolar. 1. INTRODUÇÃO A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), promulgada em 1966, assim como o art. 206 da Constituição Federal, estabelecem a gestão democrática no ensino público como um princípio constitucional e pedagógico (BRASIL, 1996)(BRASIL, 1988). Entretanto, como Paro (2017) afirma, “O que nós temos hoje é um sistema hierárquico que pretensamente coloca todo o poder nas mãos do diretor”. Gadotti (2013) define a gestão democrática como a participação efetiva da comunidade escolar e local nas decisões da gestão e a distribuição do poder centralizado nas mãos do diretor. Ao mesmo tempo, ainda que o gestor seja visto como uma autoridade maior, frente às instâncias governamentais, ele é apenas um trabalhador precarizado, com uma intensa jornada de trabalho e a função de representar as decisões do Estado (PARO, 2016). Esta posição que, à priori, traria autonomia e poder de decisão, apenas coloca o gestor em meio a cobranças estatais, reivindicações populares e insatisfação da comunidade escolar. Além de lidar com a escassez de recursos e as condições precárias dentro da escola pública, o gestor se depara com a impotência frente às decisões do estado (PARO, 2016).Diante desse cenário, urge a necessidade de discutir acerca da gestão democrática e a sua efetivação a partir do olhar de quem vive a gestão na realidade escolar. Este trabalho tem como objetivo geral refletir sobre a perspectiva do gestor acerca da gestão democrática e a sua efetivação. Objetivamente, busca-se analisar de que forma o princípio da gestão democrática já é efetivado, explorar quais são os principais desafios enfrentados para a efetivação da gestão democrática e avaliar que mudanças precisam ser feitas para que se mantenha/aconteça a sua efetivação. Para obter esse olhar, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com a gestora da Escola de Referencia em Ensino Medio Senador Nilo Coelho, uma instituição estadual localizada na cidade de Dormentes-PE. 2. ANÁLISE E COMENTÁRIO DO CONTEÚDO Para a gestora entrevistada “[...] a gestão é o coração da escola, sendo responsável por criar um ambiente acolhedor para os estudantes, além de apoiar os professores e a equipe”. Isso evidencia que o papel do gestor vai além do administrativo, assumindo também uma perspectiva pedagógica que influencia diretamente na qualidade do ensino (Gonçalves, S/D.). A colaboração entre os segmentos escolares é fundamental para o funcionamento da escola. As instâncias colegiadas, tal como o grêmio, o conselho escolar e a Associação de Pais e Mestres (APM), tem como objetivo exercer a gestão democrática, cabendo ao gestor promover um trabalho cooperativo entre as instâncias sob as determinações e regulamentos estatais (GONÇALVES, S/D.). Na prática, a gestora aponta que seu trabalho demanda uma dedicação constante, dentro e fora da escola, afetando diretamente a sua vida pessoal, o que não permite que ela cumpra todas essas demandas com êxito. A gestora conta que as maiores dificuldades que enfrenta são “a necessidade de conciliar diferentes demandas de professores, alunos e pais, além de lidar com questões disciplinares e problemas emocionais dos estudantes”. Para ela, isso poderia ser facilitado com a presença de profissionais da psicologia e assistência social na escola. Cobra-se do gestor uma formação que este não possui e não lhe é concedido os meios de trabalho adequados. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho objetivou refletir acerca da gestão democrática e a sua efetivação através da perspectiva de uma gestora em Dormentes-PE. Ao longo da discussão refletiu-se sobre a perspectiva da gestora acerca da gestão democrática e a sua efetivação. Identificou-se que o gestor escolar é multifuncional, sendo um administrador de recursos materiais e financeiros, um interlocutor dos segmentos escolares e um dirigente pedagógico. Essas funções são somadas aos prazos curtos das instâncias maiores; demanda de pais, professores e funcionários; além dos problemas emocionais e comportamentais dos alunos. Isso interfere diretamente na vida pessoal do gestor, pois o exige trabalhar dentro e fora da escola. Observou-se que a participação da comunidade escolar é fundamental para o funcionamento da instituição de ensino. É necessário fomentar essa participação popular e, sobretudo, fornecer condições para que essa participação seja efetiva. Participar não apenas estar presente, mas ter o conhecimento do que está envolvido e poder de decisão. A gestão democrática é essencial para a consolidação do nosso sistema político democrático. Todavia, se não há condições de trabalho que permitam a livre participação dos atores escolares, sua efetivação sobrecarrega a gestão escolar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidente da República,. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm. Acesso em: 28 out. 2024. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Resumo Técnico: Censo Escolar da Educação Básica 20. GADOTTI, Moacir. Gestão democrática com participação popular:planejamento e organização da educação nacional.São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2013. (Série cadernos de formação ; v. 6) GONÇALVES, Samara de Oliveira. Gestão Escolar: fundamentos teórico-prático em José Carlos Libâneo. S/D. ¹marcos.gomespereira@discente.univasf.edu.br, graduando em Ciências Sociais.

Título do Evento: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL JUVENTUDES E EDUCAÇÃO - SINJUVE & XI SEMANA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - UNIVASF
Cidade do Evento: Juazeiro
Título dos Anais do Evento: Dossiê Conjunto de Produções Acadêmicas da 2ª Edição do Simpósio Internacional sobre Juventudes e Educação e 11ª Edição da sSemana de Ciências Sociais/UNIVASF
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

PEREIRA, Marcos Antônio Gomes. GESTÃO DEMOCRÁTICA: A PERSPECTIVA DE UMA GESTORA EM DORMENTES-PE.. In: Dossiê Conjunto de Produções Acadêmicas da 2ª Edição do Simpósio Internacional sobre Juventudes e Educação e 11ª Edição da sSemana de Ciências Sociais/UNIVASF. Anais...Juazeiro(BA) Complexo Multieventos/UNIVASF, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sinjuve-semanaciso-univasf-554279/1164685-GESTAO-DEMOCRATICA--A-PERSPECTIVA-DE-UMA-GESTORA-EM-DORMENTES-PE. Acesso em: 31/08/2025