MEMÓRIAS DA FERROVIA - PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DO CONJUNTO ARQUITETÔNICO FERROVIÁRIO DE CAMOCIM E SEU ENTORNO

Publicado em 24/02/2021 - ISBN: 978-85-5722-038-6

Título do Trabalho
MEMÓRIAS DA FERROVIA - PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DO CONJUNTO ARQUITETÔNICO FERROVIÁRIO DE CAMOCIM E SEU ENTORNO
Autores
  • Amanda Gabrielle de Queiroz Costa
  • Almir do Carmo Bezerra
  • Stela Glaucia Alves Barthel
  • Ana Laura Marques de Lima Ferreira
  • Marina Souza barbosa
Modalidade
Resumo
Área temática
Tema Geral - Subtema 2: Documentação, conservação e restauração (Documentação da arquitetura / Análise e restauração de estruturas do patrimônio arquitetônico / Conservação preventiva e prevenção de risco / Arquitetura em terra, em pedra e em madeira / Arquitetura vernacular / Fortificações e patrimônio militar / Patrimônio religioso / Patrimônio arqueológico e arte rupestre / Patrimônio cultural subaquático / Pinturas murais / Vitrais / Patrimônio do Século XX / Patrimônio industrial)
Data de Publicação
24/02/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/simposioicomos2020/243388-memorias-da-ferrovia---patrimonio-industrial-do-conjunto-arquitetonico-ferroviario-de-camocim-e-seu-entorno
ISBN
978-85-5722-038-6
Palavras-Chave
Patrimônio Industrial; Arquitetura eclética; Linha férrea; Camocim-Ce.
Resumo
Os estudos sobre patrimônio cultural têm ampliado o olhar e mais recentemente tem despontado a temática do patrimônio industrial. Além das próprias fábricas, galpões, habitações operárias, almoxarifados, hospedarias, há todo um aparelho que envolve o deslocamento dos materiais produzidos e que fazem parte desses complexos arquitetônicos industriais, são pontes, estradas, ferrovias, estações, entre outros. No município de Camocim, litoral oeste do Ceará, um conjunto arquitetônico ferroviário resiste contando parte da história da industrialização no estado. Este texto teve por base pesquisas para os Relatórios para Avaliação de Impacto aos Bens Culturais Tombados e Valorados e ao Patrimônio Arqueológico. Realizado pela ANX Engenharia e Arqueologia em fins de 2019 em Camocim. Nas investigações ficou evidente a forte relação da história da cidade com a história da arquitetura. Sendo notório o conjunto coeso da arquitetura eclética da estação, gare, galpões de mercadorias e de locomotivas, oficina, além do aparato de desenho eclético com utilização do ferro, como caixas d’água e cacimbas. São marcantes também os edifícios de residência do engenheiro, e de outros funcionários ferroviários. A construção do trecho da linha de ferro que ligava Sobral a Camocim se deu entre as décadas de 1870 e 1880, quando o Império, ainda buscava fortalecer essas redes de relações comerciais entre sertão e litoral. Um dos fatores que determinou Camocim receberia a linha norte da Estrada de Ferro de Sobral foi o pedido feito à Comissão de Socorros e Obras Públicas em decorrência da grande seca que assolou a região nos anos 1870. A construção da linha férrea atendeu ao pedido, com a intenção de empregar a população faminta e impulsionar a economia através do progresso que se acreditava a ferrovia poderia gerar. Para tanto a arquitetura eclética representava a modernização, a disciplina e o embelezamento típico da industrialização de fins do século XIX e início do século XX. Eram os elementos em ferro que mostravam a utilização desses novos materiais, ou mesmo o chamado “ecletismo tipológico”, em que se observa uma linguagem específica para as casas dos funcionários, para os armazéns, as edificações de maior destaque, como a estação e a gare. A região da estação ferroviária, contou com um complexo de suporte ao funcionamento dos trens, moradia de funcionários e escoamento de mercadorias para o porto. Eram indústrias, casas de hospedagens, ou comércio, além de algumas residências que pertenciam famílias mais abastadas e que significavam o progresso econômico e material no Ceará do final do século XIX e início do XX. Camocim manteve essa função de entreposto comercial até meados da década de 1950, quando a construção do ramal Sobral-Fortaleza, em 1950, que deixaria sem atividade o ramal Sobral-Camocim. Mas esse patrimônio industrial ainda guarda uma memória da cidade que é elemento pertinente a ser estudado em sua cultura material.
Título do Evento
4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil e 1º Simposio Científico ICOMOS/LAC
Título dos Anais do Evento
Anais do 4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

COSTA, Amanda Gabrielle de Queiroz et al.. MEMÓRIAS DA FERROVIA - PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DO CONJUNTO ARQUITETÔNICO FERROVIÁRIO DE CAMOCIM E SEU ENTORNO.. In: Anais do 4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil. Anais...Belo Horizonte(MG) Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/simposioicomos2020/243388-MEMORIAS-DA-FERROVIA---PATRIMONIO-INDUSTRIAL-DO-CONJUNTO-ARQUITETONICO-FERROVIARIO-DE-CAMOCIM-E-SEU-ENTORNO. Acesso em: 11/08/2025

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