A VIOLÊNCIA CONTRA LÉSBICAS NA CULTURA HETERONORMATIVA, NO CONTO ISALTINA CAMPO BELO

Terezinha Richartz

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Trabalho

Título do Trabalho

A VIOLÊNCIA CONTRA LÉSBICAS NA CULTURA HETERONORMATIVA, NO CONTO ISALTINA CAMPO BELO

Autores

Terezinha Richartz

Modalidade

Comunicação em Simpósio

Área temática

AT018 - De (In)Visibilidades e Violência: Reflexões Sobre Produções Culturais Brasileiras

Data de Publicação

03/04/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/simelp2022/524221-a-violencia-contra-lesbicas-na-cultura-heteronormativa-no-conto-isaltina-campo-belo

ISBN

978-85-5722-653-1

Palavras-Chave

Violência, Isaltina Campo Belo, lesbianidade.

Resumo

O patriarcado, sistema social que favorece aos homens, evidencia falta de amparo para com o feminino e um cenário ainda mais delicado quando se trata da mulher negra lésbica. Dessa forma, objetiva-se nessa comunicação, discutir a invisibilidade e a violência sofridas pela personagem no conto Isaltina Campo Belo, escrito por Conceição Evaristo, na antologia “Insubmissas lágrimas de mulheres”. O enredo trata de Isaltina e seus desejos lésbicos não percebidos pelos seus familiares e amigos próximos, que também, não entendem o fato de a personagem não se relacionar com ninguém, e para se ver livre da pressão familiar, Isaltina sai de casa aos 22 anos de idade. A personagem revela sobre a sua opção sexual para um colega da faculdade, que arquiteta uma armadilha contra ela; sendo, assim, estuprada por seis rapazes, que acreditam despertar na jovem negra o desejo heterossexual através da violência. Como consequência desse estupro, vivencia uma gestação indesejada, todavia, acredita merecer todo o sofrimento pelo fato de não se sentir atraída pelo sexo oposto. Nesse contexto, a metodologia consiste na análise do conto da referida autora a partir do aporte teórico de Bourdieu (2002), por afirmar que a violência simbólica se institui pela adesão concedida ao dominante pelo dominado, sendo, portanto, uma realidade com maior grau de enfrentamento, por ser tacitamente aceita pelo oprimido. Logo, o desejo de Isaltina é reprimido, porque não há coincidência com o lugar arbitrariamente imposto pela sociedade para sexo/gênero e quando o corpo biológico não condiz com o que se deseja/pensa, a sociedade determina que a personagem se adeque aos padrões da época. Nesse sentido, após muito sofrer, Isaltina assume a lesbianidade ao final do conto, quando se apaixona pela professora de sua filha e então, vive um grande amor.

Título do Evento: SIMELP - Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Título dos Anais do Evento: Anais do VIII Simelp - VIII Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa - Edição Especial Híbrida Angola-África
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

RICHARTZ, Terezinha. A VIOLÊNCIA CONTRA LÉSBICAS NA CULTURA HETERONORMATIVA, NO CONTO ISALTINA CAMPO BELO.. In: Anais do VIII Simelp - VIII Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa - Edição Especial Híbrida Angola-África. Anais...São Paulo(SP) Universidade de São Paulo, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/simelp2022/524221-A-VIOLENCIA-CONTRA-LESBICAS-NA-CULTURA-HETERONORMATIVA-NO-CONTO-ISALTINA-CAMPO-BELO. Acesso em: 14/06/2025