ÚLCERA DE ABOMASO: ESTUDO RETROSPECTIVO

Publicado em 27/09/2018 - ISSN: 2317-8671

Título do Trabalho
ÚLCERA DE ABOMASO: ESTUDO RETROSPECTIVO
Autores
  • Anderson Hentz Gris
  • Christofe Carneiro
  • Taisson Rafael Mingotti
  • Lucas Henrique Bavaresco
  • Renan Augusto Cechin
  • Teane Milagres Augusto Gomes
  • Fabrisio Broll
  • Ricardo Evandro Mendes
Modalidade
Apresentação Oral - Ensino Superior, Pós-graduação e FIC
Área temática
Medicina Veterinária
Data de Publicação
27/09/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sepeifcconcordia/105881-ulcera-de-abomaso--estudo-retrospectivo
ISSN
2317-8671
Palavras-Chave
Patologia, Necropsia, Diagnóstico, Diclofenco, AINEs, Bovinos
Resumo
Úlceras abomasais ocorrem por desequilíbrio entre os efeitos líticos do ácido clorídrico e da pepsina, além da inabilidade da mucosa em se manter íntegra. Descreve-se como causas mais comumente encontradas o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), acidose, estresse, linfossarcoma, vírus da diarreia viral bovina e herpesvirus ovino tipo II. Este trabalho teve por objetivo realizar um estudo retrospectivo dos diagnósticos de úlcera de abomaso em bovinos realizados pelo Laboratório de Patologia Veterinária do IFC Concórdia. Entre janeiro de 2013 e junho de 2018, foram emitidos 926 diagnósticos de bovinos. Destes 33 necropsias e 2 anatomopatológicos foram diagnosticados com úlcera de abomaso, totalizando 3,8% (35) dos diagnósticos. As origens dessas úlceras foram: 18 casos com histórico de administração de AINEs, estresse pós parto (2), acidose em animal confinado (1), transporte e troca de local (1), e em 13 casos não foi possível encontrar a causa provável da úlcera pelo histórico. Do total de casos, em 51,4% (18) no histórico havia administração de AINE, sendo para tratar tristeza parasitária bovina (9), diarreia (3), mastite (2), emagrecimento progressivo e aplicação pelo proprietário (2), timpanismo (1) e problema de casco (1). Em todos esses 18 casos foi relatado o uso de diclofenaco, exceto em dois nos quais foram administrados flunixina meglumina. As causas das mortes dos 35 casos foram: 14 animais por peritonite devido a úlcera perfurante, 11 por choque hipovolêmico, 6 por anaplasmose, 2 por retículo-pericardite traumática, 1 por endocardite e 1 hipocalcemia. O uso de AINEs, conhecidamente ulcerogênicos, em especial o diclofenaco, chama a atenção, visto que este princípio ativo esteve associado em 45,7% (16) dos diagnósticos. A maioria dos casos aqui descritos ocorreram concomitantemente com outras patologias como anaplasmose e retículo-pericardite traumática, não sendo a úlcera a principal enfermidade que causou o óbito, mas sim um fator contribuinte. Quando essa situação não era observada e na necropsia o animal apresentava-se com mucosas e carcaça pálida, úlceras no abomaso e melena, a causa da morte foi choque hipovolêmico, visto que a quantidade perdida de sangue era incompatível com a vida. Nos 13 casos que não foi determinada uma etiologia para as úlceras, conjectura-se que ocorreram devido a estresse ou acidose sub clínica. Entretanto deve-se ainda levar em conta que produtores rurais podem omitir a administração de AINEs, cuja classe de anti-inflamatórios é mais comumente utilizada por eles. Assim deve-se orientar e conscientizar produtores e veterinários do alto poder ulcerogênico dos AINEs e também das outras causas de úlceras, reduzindo a mortalidade de bovinos por essa complicação clínica.
Título do Evento
Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFC Campus Concórdia
Cidade do Evento
Concórdia
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFC Campus Concórdia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GRIS, Anderson Hentz et al.. ÚLCERA DE ABOMASO: ESTUDO RETROSPECTIVO.. In: Anais da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFC Campus Concórdia. Anais...Concórdia(SC) IFC - Campus Concórdia, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sepeifcconcordia/105881-ULCERA-DE-ABOMASO--ESTUDO-RETROSPECTIVO. Acesso em: 10/05/2025

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