MANEJO DA DOR DO PARTO: OPÇÕES DE ALTERNATIVAS NÃO FARMACOLÓGICAS

Publicado em 15/04/2025 - ISBN: 978-65-272-0809-9

Título do Trabalho
MANEJO DA DOR DO PARTO: OPÇÕES DE ALTERNATIVAS NÃO FARMACOLÓGICAS
Autores
  • JULIE ANNE DE LIMA RODRIGUES PINHEIRO
  • Jander Yago de Paula Carvalho
  • Priscila Alencar Rocha
  • Jussiara da Silva Garcia
  • SAMUEL JUNIOR LIRA DA SILVA
  • Fernanda Saunders Torres Peregrino
Modalidade
Trabalho Científico
Área temática
Eixo III: Atenção à mulher no ciclo gravítico puerperal
Data de Publicação
15/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/832393-manejo-da-dor-do-parto--opcoes-de-alternativas-nao-farmacologicas
ISBN
978-65-272-0809-9
Palavras-Chave
Saúde da Mulher; Dor do Parto; Trabalho de parto; Gestantes.
Resumo
INTRODUÇÃO A dor é uma experiência sensorial subjetiva, que pode alcançar diferentes proporções, a depender da pessoa, e, dentre várias causas das quais pode decorrer, representa um sinal de início de trabalho de parto para a paciente (MELO, Jayane et al. 2019). Os métodos não farmacológicos são uma opção para substituir a analgesia durante o trabalho de parto e auxiliar as parturientes a lidar com suas próprias queixas álgicas (MASCARENHAS, Victor et al., 2019). O presente trabalho visa identificar os métodos não farmacológicos para o alívio da dor durante o trabalho de parto, mensurando a eficácia dos métodos utilizados. DESCRITORES: Saúde da Mulher; Dor do Parto; Trabalho de parto; Gestantes. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de cunho bibliográfico, e o levantamento de dados foi realizado nas bases de periódicos, onde os dados coletados foram utilizados on-line, nas seguintes bases de dados para pesquisa: MEDLINE, SCIELO e LILACS. Para o desenvolvimento deste resumo, foi utilizado o método de pesquisa descritiva, com objetivo de discutir sobre os métodos não farmacológicos para o alívio da dor durante o trabalho de parto, e identificar quais são esses métodos. RESULTADO E DISCUSSÃO Foram utilizados no presente trabalho 9 documentos, sendo eles 6 artigos, 2 manuais e 1 obra literária. Observou-se que a dor do parto é um dos principais motivos pelos quais as mulheres preferem não ter o parto natural. Os métodos não farmacológicos têm o intuito de amenizar a dor e trazer a cultura de que o parto natural pode acontecer de maneira humanizada (SANTOS, Carla et al. 2020). Está dor é interpretada de diferentes formas pelas parturientes, sendo influenciada por diversos fatores, tais como: cultura, fadiga, frio, fome, solidão, desamparo social e afetivo, ansiedade, medo e experiência anterior traumática. O seu manejo pode ser realizado embora seja uma sensação desagradável, representa um dos principais sinais do início do trabalho de parto (SANTOS, Carla et al. 2020). Este manejo pode ser realizado com uso de substâncias farmacológicas ou não farmacológicas, a primeira diz respeito ao uso de drogas e a segunda, por sua vez, sem o uso de medicamentos, havendo a ação direta da equipe médica; podendo haver a combinação dos dois métodos ou não (MELO, Jayane et al. 2019). A intervenção não farmacológica é defendida por promover a humanização do parto, tornando-o um evento mais natural possível, assim diminuindo os índices de cesarianas e fármacos desnecessários, visando a desmedicalização no parto obstétrico (SERAFIM, Isabela et al. 2023). A OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1996 elencou o banho, a massagem, técnicas de exercícios respiratórios, hidroterapia, eletroestimulação cutânea, deambulação e cinesioterapia como métodos para alívio da dor (Brasil, 2017). Segundo Serafim et al. (2023), apesar de poucos estudos que comprovem sua eficácia, tanto o banho de chuveiro quanto o banho de imersão atuam no alívio da dor da parturiente por influência da água aquecida, efeito proporcionado pela redistribuição do fluxo sanguíneo promovendo relaxamento da musculatura tensa e diminuição da liberação de catecolaminas e, com a elevação das endorfinas, reduz a ansiedade e promove a satisfação da parturiente. Quanto ao estímulo da mobilidade da parturiente, seja com uso de bola suíça, cavalinho, cadeira, etc.; a técnica é utilizada para melhorar o alívio da do trabalho de parto, isso porque é capaz de proporcionar mais relaxamento, melhor progressão e necessidade de menores doses de analgésicos e anestésicos (MELO, Jayane et al. 2019). A massagem na região lombo sacral e nas pernas, região onde as gestantes referem mais algia, durante os momentos de contração uterina produz efeitos fisiológicos a partir da estimulação mecânica nos tecidos, por meio de pressão e estiramento ritmicamente aplicados, que irão produzir efeitos mecânicos, fisiológicos e psicológicos (Tortora, 2019). A bola possui uma ludicidade devido às cores e aos tamanhos, como também proporciona a paciente gestante uma posição vertical benéfica para o encaixe do feto e a mobilidade da região pélvica (SERAFIM, Isabela et al. 2023). Dentre os benefícios desta prática podemos enumerar o alinhamento adequado do eixo fetal com a bacia materna, movimentação materna, diminuição da dor na região lombar, facilita a circulação materno – fetal, aumenta a intensidade das contrações uterinas, diminui a duração do trabalho de parto, auxilia na descida e insinuação da apresentação fetal como também diminui como taxas de trauma perineal e episiotomia (Mielke, 2019. Klein, 2022). A presença de uma pessoa como acompanhante durante todo o trabalho de parto é um fator que comprovadamente auxilia a parturiente no momento do parto, inclusive com redução dos níveis de dor (SERAFIM, Isabela et al. 2023). Deste modo, cabe ao enfermeiro obstetra e demais profissionais de enfermagem que trabalham em centro de parto normal o incentivo ao parto vaginal com o mínimo de intervenções possíveis, sendo responsáveis por oferecerem uma assistência pautada em estratégias capazes de reduzir os fatores de estresse que influenciam na dor (CABRAL, Beatriz et al. 2023). CONCLUSÃO Conclui-se que a humanização do parto vem crescendo positivamente, os métodos não farmacológicos destacam-se justamente visando atenuar a dor e trazer mais conforto para paciente. A enfermagem é a principal aliada nesse processo, incentivando, rientado da melhor forma possível, com objetivo de demonstrar que essa experiência pode ser a mais segura e natural possível. Os MNF como banho de chuveiro, massagem lombossacral, exercícios respiratórios e outros, têm grande relevância no alívio das queixas álgicas. Quando esses métodos são empregados da forma correta, possuem grande eficácia. Diante disto, o enfermeiro precisa ser capaz de determinar as necessidades físicas e emocionais da parturiente durante um trabalho de parto que, muitas vezes, é longo e tedioso. Algumas atitudes tomadas devem incluir: medidas de conforto, apoio emocional, informações e instruções (SANTOS, Carla et al. 2020). REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Regras para estimular o parto normal entram em vigor. Disponível em: Regras para estimular o parto normal entram em vigor | Biblioteca Virtual em Saúde MS (saude.gov.br). BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde.Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 51 p. CABRAL, Beatriz. Medidas não farmacológicas para alívio da dor do parto: revisão sistemática. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 23: e20210439. KLEIN, Bruna Euzebio; GOUVEIA, Helga Geremias. UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO. Cogitare enferm. Curitiba, v. 27, e 80300, 2022. Disponível em: http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141485362022000100347&lng=pt&nrm=iso MASCARENHAS, Victor et al. Evidências científicas sobre métodos não farmacológicos para alívio a dor do parto. Acta Paul Enferm. 2019;32(3):350-7. Disponível em: APE-2019- 0010-portugues-RI.indd (scielo.br). MELO, Jayane et al. Cuidados e métodos não-farmacológicos de alívio da dor nas gestantes em trabalho de parto. Id on Line Rev. Mult. Psic. V.13, N. 44, p. 73-86, 2019 - ISSN 1981- 1179. SANTOS, Carla et al. Métodos não farmacológicos de alívio da dor utilizados durante o trabalho de parto normal. Glob Acad Nurs. 2020;1(1): e2. doi: https://dx.doi.org/10.5935/2675- 5602.20200002. SERAFIM, Isabela et al. Métodos não farmacológicos para o manejo da dor no parto natural. REVISTA OBSERVATORIO DE LA ECONOMIA LATINOAMERICANA Curitiba, v.21, n.8, p. 8646-8668. 2023. TORTORA, Gerard J.; DERRYCKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
Título do Evento
Seminário Internacional da RESM-LP
Cidade do Evento
Manaus
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PINHEIRO, JULIE ANNE DE LIMA RODRIGUES et al.. MANEJO DA DOR DO PARTO: OPÇÕES DE ALTERNATIVAS NÃO FARMACOLÓGICAS.. In: Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas. Anais...Manaus(AM) UDDAE - ESA/UEA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/832393-MANEJO-DA-DOR-DO-PARTO--OPCOES-DE-ALTERNATIVAS-NAO-FARMACOLOGICAS. Acesso em: 04/07/2025

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