ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM FRENTE A PRESERVAÇÃO DE PRIVACIDADE DA MULHER HOSPITALIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Naiane Maciel Da Silva; Andrielly Farias Costa; Debora Christine Gomes Magalhaes; Eulina Francisca dos santos fontinele; THATYANA BORGES MACHADO

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Trabalho

Título do Trabalho

ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM FRENTE A PRESERVAÇÃO DE PRIVACIDADE DA MULHER HOSPITALIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

Naiane Maciel Da Silva
Andrielly Farias Costa
Debora Christine Gomes Magalhaes
Eulina Francisca dos santos fontinele
THATYANA BORGES MACHADO

Modalidade

Trabalho Científico

Área temática

Eixo V - Outros temas relacionados

Data de Publicação

15/04/2025

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/831894-academicas-de-enfermagem-frente-a-preservacao-de-privacidade-da-mulher-hospitalizada--relato-de-experiencia

ISBN

978-65-272-0809-9

Palavras-Chave

Privacidade; Saúde da Mulher; Cuidados de Enfermagem.

Resumo

Introdução: A privacidade é uma necessidade e um direito do ser humano, sendo indispensável para a manutenção da sua individualidade. A condição de enfermidade gera sentimentos como incapacidade, dependência, insegurança e sensação de perda do controle sobre si mesmo. Os doentes encaram a hospitalização como fator de despersonalização por reconhecerem a dificuldade para manter sua identidade, intimidade e privacidade. A enfermagem não pode ignorar que, ao cuidar do doente, toca-lhe o corpo e o expõe, muitas vezes sem pedir autorização, adotando uma postura de "poder" sobre o corpo do paciente. O doente pouco questiona essa invasão porque, na sua percepção, ela é necessária para sua recuperação, porém demonstra constrangimento, vergonha e embaraço, principalmente se tratando de mulheres. Durante a assistência, é imprescindível que o profissional de enfermagem respeite e resguarde os direitos dos clientes, que muitas vezes precisam se submeter a tratamentos e cuidados que invadem sua intimidade e expõe sua privacidade. A enfermagem deve preservar os doentes usando biombos, cobrindo partes do corpo que não precisam ficar expostas durante os procedimentos e solicitando que familiares/visitas retirem-se do quarto/enfermaria quando houver necessidade de realizar um cuidado, caracterizando essa tentativa de proteção como um gesto humanitário e de respeito. A intimidade da mulher é de extrema importância em todos os meios em que estiver inserida e principalmente no ambiente hospitalar onde se encontra mais vulnerável e a mercê dos cuidados doutrem, que devem ser realizados de forma integral por intermédio de práticas na atenção que asseguram o acesso as intervenções resolutivas suprindo as necessidades da paciente. Na realização de cuidados diários pela equipe de enfermagem, pode-se observar o quão suscetível a ter sua privacidade invadida sem seu consentimento as pacientes estão, podendo ter facilmente sua moral denegrida e consequentemente afetar seu estado físico e psicológico fazendo-as experimentar sentimentos de impotência e incapacidade que contribuem para a sensação da perda de autonomia, sendo vista como objeto de cuidado pela falta de humanização na assistência. É necessário que o profissional de saúde preste assistência respeitosa utilizando das ferramentas disponíveis em seu local de trabalho, garantindo o atendimento humanizado e holístico na recuperação eficaz desde a admissão até a alta hospitalar e sempre preservando o espaço pessoal e territorial da paciente. Este estudo tem por objetivo dar ênfase a importância da privacidade íntima da mulher em âmbito hospitalar, destacando a humanização profissional e as estratégias utilizadas durante a atuação das acadêmicas na unidade para resolução dos desafios encontrados e os impactos observados na qualidade do cuidado prestado, proporcionando uma assistência holística e humana para a mulher. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência desenvolvido a partir de vivências e percepções vivenciadas pelas autoras, realizado durante o período de aulas práticas da disciplina de Semiotécnica II na unidade de internação de clínica médica de um hospital público na cidade de Manaus- Am, a vivência relatada ocorreu no período de março a junho 2023. Nesse período, foram desenvolvidas ações e orientações as pacientes e seus familiares sobre a precaução indispensável quanto a exposição e violação de seus direitos, que visam a privacidade íntima da mulher. Resultados e Discussão: Quando necessário a prestação de assistência íntima a paciente ao longo das aulas práticas, pôde-se perceber a empatia e zelo que alguns profissionais transmitiam ao realizar cuidados diretos, como também o constrangimento de algumas clientes ao serem expostas sem sequer ter auxílio de biombos ou ambiente mais reservado que priorizasse sua privacidade. As acadêmicas de enfermagem ao deparar-se com situações que necessitavam deixar em evidência regiões íntimas da mulher, tiveram empatia e discernimento para enfrentar o momento com preparo e competência preservando a dignidade e promovendo um cuidado terapêutico e humano que é fundamental para recuperação e bem-estar. É essencial que a paciente esteja confortável e instruída a respeito do procedimento que será executado evitando assim maiores conflitos e desestabilização no quadro clínico. Respeitar sua privacidade, oferecer opções de vestimentas adequadas, promover a comunicação empática e o consentimento informado são medidas essenciais para assegurar que as mulheres se sintam respeitadas e cuidadas integralmente em todas as fases de seu tratamento. As implementações de protocolos adequados foram repassadas pelas estudantes por meio de educação em saúde e suas boas práticas aos pacientes e acompanhantes que resultaram em uma melhora significativa na experiência dessas mulheres, reduzindo suas vulnerabilidades e promovendo mais conforto durante sua estadia na unidade hospitalar. No entanto, desafios como a disponibilidade de recursos adequados e a necessidade de educação continuada, foram identificados como áreas que requerem atenção contínua, por isso, é de suma importância que tenha uma equipe designada conforme a organização da enfermaria que se responsabilize pelas orientações cabíveis as pacientes, por meio da conversa direta ou até mesmo mediante palestras e ações que alcance um público maior. Este estudo destaca a importância de políticas e práticas hospitalares que priorizem a privacidade da saúde íntima da mulher, visando a melhora na qualidade do cuidado e na satisfação da paciente. Conclusão: Neste contexto, é crucial que os profissionais de saúde estejam atentos a essas necessidades específicas das mulheres, adotando práticas que promovam o respeito e conforto à sua intimidade e proporcionem um ambiente de cuidado verdadeiramente acolhedor e humanizado. Torna-se evidente a extrema dimensão do tema em questão, que por sua vez preza por um cuidado integral e digno que não ultrapasse os limites impostos pelas pacientes, que evidenciam suas inseguranças e pudores, sendo assim demandando uma atenção continuada no atendimento por parte de toda equipe multidisciplinar. A privacidade e exposição são de grande relevância e devem ser tratadas com sensibilidade e respeito, mantendo a discrição em todos os contextos de assistência à saúde garantindo segurança a paciente. Garantir que as pacientes tenham espaço pessoal e confidencialidade durante sua estadia hospitalar não só promove seu bem-estar emocional, mas também fortalece a confiança no sistema e nos profissionais de saúde. Em virtude dessa realidade, é possível compreender e buscar uma melhor assistência relacionada a privacidade e aos cuidados da região íntima dentro do ambiente hospitalar, foi notório o avanço obtido após a realização das medidas implicadas pelas alunas, tendo em vista que as práticas assistenciais precisam ser rotineiras para toda a equipe e exclusivas para as pacientes em sua singularidade.

Título do Evento: Seminário Internacional da RESM-LP
Cidade do Evento: Manaus
Título dos Anais do Evento: Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SILVA, Naiane Maciel Da et al.. ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM FRENTE A PRESERVAÇÃO DE PRIVACIDADE DA MULHER HOSPITALIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.. In: Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas. Anais...Manaus(AM) UDDAE - ESA/UEA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/831894-ACADEMICAS-DE-ENFERMAGEM-FRENTE-A-PRESERVACAO-DE-PRIVACIDADE-DA-MULHER-HOSPITALIZADA--RELATO-DE-EXPERIENCIA. Acesso em: 31/08/2025