GORDESCRITA – SUBSTANTIVO FEMININO

Publicado em 23/09/2022 - ISSN: 1984-7610

Título do Trabalho
GORDESCRITA – SUBSTANTIVO FEMININO
Autores
  • Leila Raposo
  • Isaias Francisco de Carvalho
Modalidade
Resumo
Área temática
GT 06 – Representações do corpo na literatura de autoria feminina contemporânea no Brasil
Data de Publicação
23/09/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/selluftm/488076-gordescrita--substantivo-feminino
ISSN
1984-7610
Palavras-Chave
Movimento decolonial, Corporalidades gordas, Lorena Otero, Abigail Campos Leal, Antigordofobia.
Resumo
Na literatura brasileira, desde finais do século XIX, o corpo gordo tem sido representado de modo gordofóbico ou apagado das narrativas, relegado à figuração e/ou ausência. Entretanto, há em curso um movimento, por nós denominado gordescrita, em cujas narrativas e poéticas o corpo gordo, em toda a sua complexidade e subjetividades, assume o protagonismo, a partir de uma autoria gorda feminina. Não excluímos, nesse sentido, autores do campo das gordescritas, apenas reconhecemos que, preponderantemente, se apresenta como um substantivo feminino, em razão de ser um movimento fomentado por escritas de mulheres. Desse modo, a fim de discutirmos a representação de corpos gordos na literatura de autoria feminina, escolhemos como corpus as narrativas de Lorena Otero, em Osso de Baleia (2019), e a poética de abigail Campos Leal, em escuirecendo (2020). Objetivo: A partir de Osso de Baleia (2019), de Lorena Otero, e escuirecendo (2020), de abigail Campos Leal, exemplificar a noção de gordescrita, discutindo como a literatura brasileira de autoria feminina tem representado os corpos gordos na contemporaneidade. Referencial teórico: No que concerne às discussões envolvendo corpos gordos, temos por base o campo transdisciplinar dos estudos do corpo gordo, a partir das contribuições teóricas de abigail Campos Leal (2020), Maria Luísa Jimenez-Jimenez (2020) e Constanzx Castillo (2014). Conjuntamente, estabelecemos um diálogo com o movimento decolonial e o feminismo decolonial, sobretudo a partir das proposições de Yuderkys Espinosa Miñoso (2016), María Lugones (2014), Walter Mignolo (2007) e Aníbal Quijano (2007). Metodologia: Pesquisa qualitativa, de cunho majoritariamente bibliográfico, realizada a partir de revisão bibliográfica e análise literária. Resultados: Osso de Baleia (2019), de Lorena Otero, e escuirecendo (2020), de abigail Campos Leal, a par de uma subjetividade própria às corporalidades gordas, se constituem como gordescritas – um espaço antigordofóbico de resistência e pluralidade interseccional, em favor de subjetividades dissidentes entrecruzadas às corporalidades gordas. Instaura-se, portanto, a partir das gordescritas, um lócus de representatividade na literatura para as pessoas gordas, enunciadas em toda a sua complexidade, e não mais apenas como figurantes da abjeção social ou fadadas ao apagamento. Esse contexto evidencia, portanto, que as gordescritas, para além das normas gramaticais que definem o termo como neologismo/substantivo, corporificam gordas escritas de mulheres, sendo duplamente um substantivo feminino.
Título do Evento
VIII SELL - Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários
Título dos Anais do Evento
Programação e Resumos do Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RAPOSO, Leila; CARVALHO, Isaias Francisco de. GORDESCRITA – SUBSTANTIVO FEMININO.. In: Programação e Resumos do Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários. Anais...Uberaba(MG) UFTM, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/selluftm/488076-GORDESCRITA--SUBSTANTIVO-FEMININO. Acesso em: 02/08/2025

Trabalho

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