ÁRVORES SAGRADAS: UMA COSMOVISÃO NO CHTHULUCENO

Publicado em 23/09/2022 - ISSN: 1984-7610

Título do Trabalho
ÁRVORES SAGRADAS: UMA COSMOVISÃO NO CHTHULUCENO
Autores
  • ANGELA GUIDA
  • Gleidson André Pereira de Melo
Modalidade
Resumo
Área temática
GT 08 – A potência dos afetos nos estudos de ecocrítica: alteridades absolutas
Data de Publicação
23/09/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/selluftm/487060-arvores-sagradas--uma-cosmovisao-no-chthuluceno
ISSN
1984-7610
Palavras-Chave
Mia Couto, Alteridade, Literatura e Meio Ambiente, Ecocrítica
Resumo
O presente estudo propõe reflexões na perspectiva do pensamento ecocrítico a partir da leitura dos contos “A palmeira de Nguézi” e “O embondeiro que sonhava pássaros” de Mia Couto. Ao revelar a importância da árvore como símbolo sagrado, nos contos, o escritor moçambicano apresenta conexões da ancestralidade africana através de uma cosmovisão que integra de forma indissociável o homem com a natureza. Ao longo dos tempos, o legado intergeracional de diversas culturas pertencentes aos povos ao redor do mundo vem sendo afetado pelas interferências negativas do homem nas condições de vida no planeta. Nesse ritmo predatório se intensificou a crise ambiental do século XXI, com o foco no aquecimento global e consequente alterações na superfície do nosso planeta, e a um passo de um iminente colapso ambiental. No contexto das modificações provocadas por ações antrópicas e que exercem pressões na estrutura da Terra, Paul Crutzen sugeriu um novo período geológico e o intitulou de Antropoceno, que coincide com o início do projeto de James Watt, da máquina a vapor em 1784 (CRUTZEN, 2006). Dentro da dimensão sustentada pelo sistema capitalista, Jason Moore acrescenta dois níveis de abstração, sendo o primeiro, a humanidade-na-natureza; e o segundo, o capitalismo-na-natureza, amplia o conceito de Antropoceno e designa o Capitaloceno como a era do capital (MOORE, 2015). Em contraponto ao Antropoceno, ou Capitaloceno, Donna Haraway propõe o Chthuluceno como sendo compostos narrativos de multiespécies e de práticas contínuas de se-tornar-com em tempos que permanecem em jogo, em tempos precários, em que o mundo não está acabado e o céu ainda não caiu (HARAWAY, 2016). Frente a este cenário, buscou-se trazer à luz do discurso ecocrítico, ancorado no Chthuluceno, questões ambientais relevantes e da ancestralidade africana conectadas aos contos “A palmeira de Nguézi” e “O embondeiro que sonhava pássaros. Por esta visada, considerando-se a transdisciplinaridade no contexto literário e ambiental, os contos analisados direcionam para a intrínseca relação homem-natureza e desperta para uma melhor compreensão das ações humanas como reflexos de alteridade e de pertencimento à Terra.
Título do Evento
VIII SELL - Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários
Título dos Anais do Evento
Programação e Resumos do Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GUIDA, ANGELA; MELO, Gleidson André Pereira de. ÁRVORES SAGRADAS: UMA COSMOVISÃO NO CHTHULUCENO.. In: Programação e Resumos do Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários. Anais...Uberaba(MG) UFTM, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/selluftm/487060-ARVORES-SAGRADAS--UMA-COSMOVISAO-NO-CHTHULUCENO. Acesso em: 10/06/2025

Trabalho

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