PERFIL NUTRICIONAL, CONSUMO ALIMENTAR E (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE MULHERES ADULTAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
PERFIL NUTRICIONAL, CONSUMO ALIMENTAR E (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE MULHERES ADULTAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ
Autores
  • Esthefanie Parreira Mello Dias
  • Luisa Kaipper Da Silveira Simas Barbosa
  • Cássia Luiza Dos Santos Firmino Hang
Modalidade
Pesquisa Científicas
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/721126-perfil-nutricional-consumo-alimentar-e-(in)seguranca-alimentar-e-nutricional-de-mulheres-adultas-beneficiarias-d
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Estado nutricional, Consumo alimentar, Programa Bolsa Família, Insegurança alimentar
Resumo
Introdução: Os fatores que determinam a alimentação e os hábitos alimentares são de natureza econômica, psicossocial, ética, política e cultural. No conceito de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), considera-se a dimensão alimentar referente à produção e disponibilidade de alimentos suficientes e adequados em termos de quantidade e qualidade visando a garantia do direito humano à alimentação adequada, sem comprometer o acesso a outros direitos fundamentais. O valor econômico, a propagação de comerciais e a maior disponibilidade dos ultraprocessados somados ao sedentarismo explicam, em grande parte, o aumento do excesso de peso e das doenças crônicas no Brasil. Com intuito de combater as desigualdades sociais, o Programa Bolsa Fami´lia (PBF), foi institui´do por meio da transferência direta de renda às famílias em situação de pobreza. Entretanto, evide^ncias apontam que o aumento na renda atrave´s do auxi´lio e´ usado, principalmente, para a aquisic¸a~o de alimentos, ou seja, estas fami´lias passam a ter maior acesso e aumento na quantidade e variedade de alimentos consumidos. Contudo, os ha´bitos alimentares dos brasileiros beneficiados mostram elevado consumo de alimentos ultraprocessados, com maior densidade energe´tica, e menor teor de nutrientes necessa´rios a` sau´de. Objetivos: Avaliar o perfil nutricional, consumo alimentar e (in)segurança alimentar e nutricional de mulheres adultas beneficiárias do PBF da unidade de Saúde da Família Boa Vista. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal realizado com 96 mulheres adultas com idade entre 20 a 59 anos, beneficiárias do PBF atendidas na unidade de saúde da família do bairro Boa Vista. Foram coletados os dados de idade, peso e altura e aplicou-se o questionário dos marcadores de consumo alimentar e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) no período de Abril à Maio durante o acompanhamento do programa, pelos alunos de nutrição, previamente treinados, pela preceptora de estágio da unidade. Os dados de peso e altura foram utilizados para calcular o índice de massa corporal (IMC), avaliado segundo a classificação de adultos (OMS, 1997). Os dados foram tabulados e analisados no Microsoft Office Excel 2013. A ausência do uso do TCLE se fundamenta por se tratar de um procedimento obrigatório da unidade de saúde para dar continuidade ao PBF. Além disso, o emprego de dados é sigiloso, apresentado de forma agregada, sem riscos ou prejuízos ao bem estar dos participantes. Resultados e Discussão: Participaram do estudo 96 mulheres, com média de idade de 38 anos. Entre os achados de estado nutricional observa-se elevados percentuais de sobrepeso e obesidade, 23% e 43% respectivamente. Sendo assim 66% dessas mulheres apresentaram excesso de peso. Segundo o SISVAN mais de 11 mil mulheres são acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde (APS), do qual 63,2% apresentam excesso de peso. Um estudo do Rio Grande do Sul (RS), avaliou a insegurança alimentar (IA), o consumo alimentar e o estado nutricional de mulheres beneficiadas pelo PBF, contou com 201 participantes, onde 64% apresentaram excesso de peso. O mesmo estudo ainda avalia que 42,8% costumam realizar as refeições assistindo televisão. No presente estudo, cerca de 71% das participantes come assistindo a TV, mexe no celular ou no computador, essa dependência digital pode levar a um comprometimento da interação familiar e do consumo alimentar além do necessário. As participantes avaliadas realizam cerca de quatro refeições diárias sendo elas: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar em ambos os estudos. Ainda de acordo com o estudo do RS, observou-se que o consumo de feijão (77,4%), legumes/verduras (74,6%) e bebidas adoçadas (67,2%) tiveram as maiores prevalências. E na presente pesquisa pode-se destacar o consumo de feijão (79,17%), legumes/verduras (59,38%) e um baixo consumo de frutas (40,63%). O guia alimentar para a população brasileira (2014) recomenda o consumo de alimentos in natura e minimamente processados como base da alimentação. Quanto aos demais marcadores observamos o consumo de bebidas adoçadas (40,96%), biscoitos recheados, doces e guloseimas (35,42%), hambúrguer e/ou embutidos (27,08%), macarrão instantâneo ou biscoito salgados (7,29%). O consumo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, devendo ser desencorajado. Segundo a EBIA no presente estudo cerca de 72% das participantes apresenta algum grau de IA (25% - IA Leve e 47% - IA moderada ou grave), o que demonstra ainda, preocupação ou incerteza quanto ao acesso ao alimento no futuro. A fome e a IA têm um impacto significativo na saúde, no desenvolvimento e na qualidade de vida das pessoas. Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) de 2023, são mais de 700 milhões de pessoas (cerca de 9% da população) passam fome e 2,3 bilhões em IA em todo o mundo. O Brasil tem 21 milhões de pessoas (9,9% da população) que não têm o alimento no prato todos os dias e mais de 70 milhões de pessoas (32,8% da população) em IA moderada ou grave, entre 2020-2022. Conclusões: A partir dos resultados encontrados pode-se concluir que o excesso de peso em conjunto com o consumo alimentar, destacando-se um moderado consumo de bebidas adoçadas e um baixo consumo de frutas é um alarmante fator visto que é considerado um risco para o desenvolvimento de doenças crônicas. Atualmente, a IA moderada e/ou grave tem se mostrado um problema frequente no Brasil, o que foi também observado no presente estudo. É indispensável um cuidado multiprofissional com abordagens individuais e também coletivas voltadas a indivíduos com maior vulnerabilidade social, a fim de informar e orientar para a aquisição de práticas mais saudáveis, visando a promoção da saúde, qualidade de vida e prevenção de patologias. Ressalta-se assim a imprescindibilidade do profissional nutricionista na prevenção e combate aos agravos nutricionais.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

DIAS, Esthefanie Parreira Mello; BARBOSA, Luisa Kaipper Da Silveira Simas; HANG, Cássia Luiza Dos Santos Firmino. PERFIL NUTRICIONAL, CONSUMO ALIMENTAR E (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE MULHERES ADULTAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/721126-PERFIL-NUTRICIONAL-CONSUMO-ALIMENTAR-E-(IN)SEGURANCA-ALIMENTAR-E-NUTRICIONAL-DE-MULHERES-ADULTAS-BENEFICIARIAS-D. Acesso em: 07/07/2025

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