UM NOVO OLHAR SOBRE O INDEPENDÊNCIA - PETRÓPOLIS-RJ

ADRIANA DE S THIAGO PAPINUTTO; Adriana Sampaio Barbosa; Camila Prevato Werneck; Cátia Oliveira Rolim Silva; Eduarda da Silva Carneiro; Érica Aparecida Santiago Eleto Ramos; Gessiane da Silva Bonfim; Maria Alice Paranhos Alves; Mirian Silvana de Jesus Silva

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Trabalho

Título do Trabalho

UM NOVO OLHAR SOBRE O INDEPENDÊNCIA - PETRÓPOLIS-RJ

Autores

ADRIANA DE S THIAGO PAPINUTTO
Adriana Sampaio Barbosa
Camila Prevato Werneck
Cátia Oliveira Rolim Silva
Eduarda da Silva Carneiro
Érica Aparecida Santiago Eleto Ramos
Gessiane da Silva Bonfim
Maria Alice Paranhos Alves
Mirian Silvana de Jesus Silva

Modalidade

Experiências Exitosas

Área temática

TERRITORIALIDADES E MEIO AMBIENTE

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/720766-um-novo-olhar-sobre-o-independencia---petropolis-rj

ISSN

2675-8563

Palavras-Chave

Atenção Primária; Território; Agentes comunitárias de Saúde; Diagnóstico em Saúde

Resumo

Introdução Uma categoria de análise fundamental para compreendermos os processos de organização social e suas relações com a situação de saúde e condições de vida é o território. Nele se expressa a dinâmica das relações sociais, ele reflete as posições ocupadas pelas pessoas na sociedade, por isso capaz de refletir as desigualdades existentes de acordo com a escala de análise (estadual, regional, municipal, distrital, do cotidiano). Para a construção de um sistema de saúde equitativo, é preciso uma abordagem capaz de reconhecer essas desigualdades que se expressam em necessidades e que são melhor compreendidas na escala local, no território do cotidiano. Dessa forma, o trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS) no território é primordial para a produção de um conhecimento local que embase o trabalho da equipe na Atenção Primária. Para tanto, é preciso que haja um canal permanentemente aberto para o diálogo entre a equipe e a população. A partir dessa interação, a equipe deve procurar compreender como a população se organiza, seus conflitos, suas solidariedades, as quais são recursos para o trabalho em saúde. O território, assim compreendido, é o loccus privilegiado para a construção do conhecimento em saúde, onde saberes podem se somar e as estratégias de enfrentamento de realidades complexas podem ser muito mais promissoras. Assim, esse relato de experiência do trabalho dos ACS, aqui apresentado, parte desta perspectiva sobre o território. Objetivo Descrever o trabalho de ACS na construção do conhecimento local sobre o território assistido pela UBS Independência – Petrópolis- RJ. Desenvolvimento Em maio de 2021, com a incorporação dos ACS à equipe da UBS Independência, deu-se início o mapeamento do território, constatando-se uma maior dimensão geográfica e demográfica em relação aos dados oficiais, contando com 18.654 prontuários individuais abertos na UBS, porém com uma estimativa de 50.000 habitantes de acordo com as duas associações de moradores da comunidade, o que só poderá ser confirmado após cadastramento de todos os domicílios. No decorrer deste processo, houve participação dos profissionais da equipe, do NASF (Núcleo de Apoio á Saúde da Família), da gestão da Atenção Primária e Municipal, o que favoreceu o trabalho cotidiano das ACS, com a produção e utilização de instrumentos como mapas, ampliando o conhecimento construído para todos os envolvidos. Durante a cartografia manual realizada no território, mesmo sendo os ACS moradores da comunidade, observou-se além dos problemas já bem conhecidos das áreas de grande vulnerabilidade das periferias das cidades, a presença de recursos e potencialidades na diversidade territorial, pouco conhecidos e valorizados por ser uma localidade tão estigmatizada e fragilizada. Resultados Como principais problemas foram levantados a violência, tráfico de drogas, baixa escolaridade, escolas apenas com o ensino fundamental, vulnerabilidade social, falta de acessibilidade para idosos e portadores de deficiências, saneamento básico e coleta de lixo deficitários, áreas de risco de deslizamentos, áreas isoladas com acesso difícil por transportes, escadarias em vários acessos domiciliares. E como maiores potencialidades observou-se ricos projetos culturais nas escolas, projetos esportivos locais, ONG com projetos em saúde, cultivo de ervas medicinais, projetos solidários de instituições religiosas locais, empresas de economia local, lojas comerciais diversificadas, apoio solidário e social entre os próprios moradores, áreas com vistas belas e natureza ainda preservada. Conclusão O território é vivo, em permanente construção, reconstrução e transformação, portanto dinâmico. Apresenta-se com inúmeras possibilidades de enfrentamento de seus problemas e fragilidades a partir de um diagnóstico local continuado, envolvimento e articulação dos diversos atores e setores, valorizando e incluindo sempre as potencialidades e recursos da própria comunidade. No percurso desta experiência, mesmo não sendo a UBS Independência uma Unidade de Saúde da Família, pode-se compreender a grande importância do trabalho dos ACS para um processo permanente de construção de conhecimento local por toda a equipe de saúde. Assim como para embasar a implementação de ações e estratégias, e também de políticas públicas, que levem a melhoria das condições de vida e saúde da população.

Título do Evento: XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento: Petrópolis
Título dos Anais do Evento: Anais Semana Científica
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

PAPINUTTO, ADRIANA DE S THIAGO et al.. UM NOVO OLHAR SOBRE O INDEPENDÊNCIA - PETRÓPOLIS-RJ.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/720766-UM-NOVO-OLHAR-SOBRE-O-INDEPENDENCIA---PETROPOLIS-RJ. Acesso em: 07/06/2025