ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE MULHERES INTERNADAS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) ENTRE 2012 E 2022 NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL.

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE MULHERES INTERNADAS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) ENTRE 2012 E 2022 NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL.
Autores
  • Mônica de Souza Pereira
  • Jéssica Custódio Gonçalves
  • Patricia Boccolini
Modalidade
Pesquisa Científicas
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/720404-analise-da-prevalencia-de-mulheres-internadas-por-infarto-agudo-do-miocardio-(iam)-entre-2012-e-2022-na-regiao-su
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Infarto agudo do miocárdio, mulheres, prevalência, fatores de risco, internações
Resumo
Introdução: as doenças cardiovasculares são consideradas como uma das principais causas de morte no mundo, ocupando o primeiro lugar no Brasil, sendo reconhecidas como um grave problema de saúde pública na atualidade apesar dos avanços em estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento. Nesse contexto, a doença isquêmica cardíaca vem se tornando a principal causa de morte entre o sexo feminino, o qual apresenta maior mortalidade quando comparado ao sexo masculino. O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma condição que decorre da ausência de fluxo sanguíneo no miocárdio por oclusão coronariana aguda. A taxa de mortalidade dos acometidos pelo IAM no Brasil é de 8 a 10%, estando associada à remodelação cardíaca que leva à insuficiência cardíaca. Os pacientes que sobrevivem ao evento podem sofrer sequelas irreversíveis, tais como paralisia de membros e problemas na fala, evidenciando-se a importância da abordagem das condições cardiovasculares que levam à IAM, uma causa de morte crescente, que apresenta alto índice de morbidade hospitalar, sobretudo, entre mulheres. Objetivo: o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de internações por IAM no sexo feminino na faixa etária entre 20 e 79 anos, no período de 2012 a 2022 na Região Sudeste do Brasil. Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo e descritivo com dados secundários obtidos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para a coleta dos dados referentes ao número de internações realizadas, foi acessado o sistema de informação SIH (Sistema de informação hospitalar). Os dados relacionados às internações foram pesquisados por região e ano de processamento dentro do período de janeiro de 2012 a dezembro de 2022. Além disso, foram utilizados os seguintes filtros: região sudeste; sexo feminino; doenças do aparelho circulatório; Infarto agudo do miocárdio e faixa etária entre 20 e 79 anos. Em seguida, a prevalência foi obtida a partir de um cálculo utilizando a população estimada de mulheres na região sudeste no ano de 2021, obtido na aba “Informações demográficas e socioeconômicas” e “população residente”. Resultados: observa-se que houve um aumento da prevalência de internações dessa população no período analisado: em 2012, a taxa era de 4,44 internações a cada 10000 mulheres e em 2022 chegou a 7,49 a cada 10000 mulheres, o que representa um aumento de aproximadamente 68,5%. Discussão: Embora um estudo recente aponte que houve maior prevalência de IAM no sexo masculino entre maio de 2016 à maio de 2018, a taxa de morbidade e mortalidade encontrada foi maior no sexo feminino. Nesse sentido, apesar da maior prevalência do acometimento em homens, é possível identificar que há um aumento expressivo entre as mulheres ao longo dos últimos anos, como identificado previamente. Apesar dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares serem os mesmos entre homens e mulheres, há diferenças entre a prevalência e os impactos desses fatores de risco entre os sexos devido a aspectos fisiológicos intrínsecos e a fatores psicossociais. Esse fato pode estar associado à maior taxa de morbimortalidade e ao aumento expressivo desse acometimento em mulheres ao longo dos últimos anos. Há evidências de que mulheres jovens apresentam um pior estado de saúde pré-IAM comparativamente aos homens, incluindo o quadro de saúde mental. Tendo isso em vista, sabe-se que a diabetes mellitus é um risco diferencial entre os sexos, uma vez que mulheres diabéticas apresentam um risco significativamente maior de desenvolver doenças cardiovasculares. Além disso, a história familiar em mulheres eleva o risco cerca de quatro vezes. Ademais, as diferenças anatômicas existentes entre o sistema cardiovascular feminino e masculino se tornam relevantes durante a pré-menopausa devido à queda de estrogênio observada nesse período, hormônio protetor cardiovascular. Além desses fatores, aspectos psicossociais têm se mostrado relevantes na avaliação do risco de ocorrência de eventos cardiovasculares, pois depressão, trauma e estresse são fortes preditores de risco cardiovascular. Essa hipótese é corroborada pelo aumento da participação econômica, pela elevação do nível de escolaridade das mulheres observados nas últimas décadas, e, consequentemente, pela dupla jornada enfrentada por essa população. Além disso, o baixo nível socioeconômico tem se mostrado uma importante variável na avaliação do risco de ocorrência de evento cardiovascular em mulheres. Conclusão: O trabalho concluiu que houve um aumento expressivo na prevalência de internações por IAM no sexo feminino na região sudeste do Brasil entre o período de 2012 a 2022. Esse fato observado pode ser relacionado a aspectos fisiológicos intrínsecos às mulheres além de fatores psicossociais e fatores de risco não tratados e controlados, que, em conjunto, resultam em um maior risco de acometimento por IAM e mortalidade associada ao sexo. O aumento da prevalência de IAM entre mulheres observado nos últimos anos revela que deve-se haver uma atenção redobrada para essa questão. Esse quadro exige, portanto, maior orientação e conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce das doenças cardiovasculares e de seus fatores de riscos em mulheres, além da implementação de medidas de promoção da saúde.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PEREIRA, Mônica de Souza; GONÇALVES, Jéssica Custódio; BOCCOLINI, Patricia. ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE MULHERES INTERNADAS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) ENTRE 2012 E 2022 NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL... In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/720404-ANALISE-DA-PREVALENCIA-DE-MULHERES-INTERNADAS-POR-INFARTO-AGUDO-DO-MIOCARDIO-(IAM)-ENTRE-2012-E-2022-NA-REGIAO-SU. Acesso em: 25/05/2025

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