LESÕES ENDODÔNTICO PERIODONTAIS – UM RELATO DE CASO

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
LESÕES ENDODÔNTICO PERIODONTAIS – UM RELATO DE CASO
Autores
  • Leonardo Gamarano De Carvalho
  • Maria Julia Machado De Araujo Pinto Chaves
  • Livia de Oliveira Braga
  • Fabiana Cervo De Barros
  • Gisele Damaceno Antunes
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/719878-lesoes-endodontico-periodontais--um-relato-de-caso
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Lesões endodôntico-periodontais (LEP), Estruturas periodontais, Tratamento endodôntico, Diagnóstico clínico
Resumo
As lesões endodôntico periodontais (LEP) constituem um campo desafiador na odontologia e envolve a interação complexa entre estruturas periodontais (gengiva, osso alveolar e cemento) e o tecido pulpar (existente no interior do dente e que contém nervos e vasos sanguíneos), intimamente relacionados. Essas lesões retratam uma condição clínica em que patologias afetam conjuntamente os tecidos periodontais e endodônticos de um dente, permitindo a entrada de bactérias e outros irritantes no espaço onde os tecidos podem comunicar-se. Isso aponta para a possibilidade de uma relação entre as lesões, seja como causa ou efeito, ou como resultado de diferentes processos de desenvolvimento, como cáries profundas, fraturas, trincas, traumas dentários ou doença periodontal, o que pode levar a bolsas periodontais, fístulas, necrose pulpar e perda do tecido de sustentação dentária. A realização de testes específicos, como testes pulpares e a sondagem periodontal, é essencial para o diagnóstico das LEPs. A abordagem terapêutica para as LEPs dependerá da extensão do comprometimento das estruturas, e poderá envolver procedimentos endodônticos, periodontais e, em casos específicos, intervenções cirúrgicas. Entretanto foi visto que a terapia endodôntica, na maioria dos casos, é realizada antes da terapia e/ou cirurgias periodontais. O tratamento endodôntico auxilia na melhora da mobilidade dentária, na recuperação óssea e reduz consideravelmente a microbiota dos canais. Para uma melhor limpeza de ramificações pode-se utilizar medicações intracanal com intuito da remoção completa dos microrganismos, favorecendo o reparo na porção apical do dente. A terapia periodontal é feita com o intuito de solucionar a inflamação dos tecidos moles e cicatrização. Somente será recorrido às cirurgias periodontais quando precisar-se realizar enxertos, tratar bolsas profundas ou imobilização para conter a mobilidade dentária. Logo, para que um caso de LEP tenha sucesso no seu tratamento, é necessário um correto diagnóstico e que seja montado um plano de tratamento a partir da análise clínica e radiográfica. Foi visto que casos que começam o tratamento pela terapia endodôntica possuíram melhores resultados, entretanto, é necessário que ocorra os dois tratamentos para uma melhora significativa do paciente. O objetivo desse trabalho foi mostrar um caso clínico envolvendo LEP desde o diagnóstico, a abordagem terapêutica e o desfecho do tratamento. Indivíduo do gênero feminino, 42 anos, normossistêmico, procurou o cirurgião-dentista com queixa principal de dor ao mastigar, relatando não estar sob medicação para a condição. Durante o exame clínico periodontal, não se constatou outros sítios com doença periodontal. Havia excelente controle de biofilme dental e ausência de mobilidade. Durante o movimento de lateralidade do lado direito, observou-se guia dentária do tipo função em grupo. No elemento 46 foi identificado uma restauração classe I rasa, com uma trinca na coroa que se estendia até a entrada do canal mésio vestibular (MV). Foram realizados teste de vitalidade com frio, o qual a resposta foi negativa, mostrando que o elemento estava necrosado. Durante avaliação visual dos tecidos moles e de inserção, observou-se duas fístulas na direção vestibular. O registro periodontal foi feito com sonda Carolina do Norte, e o elemento apresentou profundidade de bolsa à sondagem (PBS) de 12mm no sítio MV, enquanto todos os outros 5 sítios (vestibular, disto vestibular, mesio lingual, lingual e disto lingual) a sondagem foi de 2 mm. A paciente apresentava lesão de furca, por vestibular, grau 2. Foi solicitado exame de tomografia onde constatou-se presença de um canal acessório e reabsorção óssea associada ao sítio MV. A LEP foi classificada como grau 1, quando a lesão sem danos radiculares está presente em paciente sem periodontite. Embora a terapia periodontal também faça parte do protocolo proposto por diversos autores para tratamento das LEPs, nesse caso, a paciente foi submetida apenas ao tratamento endodôntico dos canais radiculares e ao monitoramento da involução da lesão, observou-se, durante à sondagem periodontal, a completa eliminação da bolsa inicialmente presente no sítio MV.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARVALHO, Leonardo Gamarano De et al.. LESÕES ENDODÔNTICO PERIODONTAIS – UM RELATO DE CASO.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/719878-LESOES-ENDODONTICO-PERIODONTAIS--UM-RELATO-DE-CASO. Acesso em: 14/05/2025

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