LESÃO PERIRRADICULAR EVOLUÍDA: DO DIAGNÓSTICO AO ACOMPANHAMENTO

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
LESÃO PERIRRADICULAR EVOLUÍDA: DO DIAGNÓSTICO AO ACOMPANHAMENTO
Autores
  • Mateus ribeiro lima
  • Mariana Aparecida Tonelli Loureiro
  • Livia de Medeiros Garcia
  • Juliana Zoffoli
  • Andréia Gonçalves Machado
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/714437-lesao-perirradicular-evoluida--do-diagnostico-ao-acompanhamento
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Lesão Perirradicular, Necrose Pulpar, Pulpite Reversível, Tratamento Endodôntico, Acompanhamento Radiográfico
Resumo
As lesões perirradiculares ocorrem quando há a evolução do processo infeccioso do tecido pulpar, seja resultante de uma agressão ocasionada por agentes químicos, físicos ou bacteriológicos, para os tecidos perirradiculares1. Após a infecção do tecido pulpar, que é caracterizada como pulpite irreversível, o tratamento adequado a ser realizado consiste na remoção do tecido pulpar2, caso não seja realizado, interrompendo as funções vitais da polpa, então, ocorrerá a necrose pulpar3. Após a necrose pulpar, ocorre a extensão dos processos inflamatórios e/ou infecciosos da polpa dentária para os tecidos periapicais3. Desta forma, quando os microorganismos atravessam o forame apical, as células de defesa tentam bloquear o seu avanço3, logo, a resposta da batalha entre a injúria e o sistema de defesa caracteriza o estágio patológico perirradicular4. Sabemos que o tratamento endodôntico é o procedimento de escolha para o restabelecimento funcional de dentes com comprometimento pulpar e perirradiculares5. Para que se consigam níveis de excelência no tratamento endodôntico de dentes com lesões periapicais é de fundamental importância que durante o tratamento seja feita uma adequada neutralização e remoção do conteúdo necrótico e infectado do sistema de canais radiculares, que se desenvolva um satisfatório preparo biomecânico, a utilização de uma medicação intracanal e o selamento dos canais radiculares por meio de uma boa obturação6. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um paciente de 14 anos de idade, sexo masculino, que compareceu a Clínica Infantil I do Ambulatório Escola da UNIFASE para atendimento odontológico. Foi constatada durante o odontograma lesão cariosa extensa no elemento 36, com diagnóstico de pulpite reversível devido à análise do exame radiográfico e do teste de vitalidade positivo. O tratamento proposto e realizado foi o capeamento pulpar direto, usando o Hidróxido de Cálcio P.A. e o Cimento de Ionômero de Vidro, que posteriormente foi rebaixado para tratamento restaurador estético definitivo em resina composta. Após 9 meses, o paciente retornou a Clínica Infantil I com queixa principal no mesmo elemento dentário apresentando edema com ponto de flutuação. No exame radiográfico, foi constatada a presença de lesão perirradicular. Desta maneira, o paciente foi encaminhado para a Clínica de Endodontia, onde fecharam o diagnóstico em abscesso perirradicular evoluído no elemento dentário 36. A conduta realizada para resolução do caso, foi o tratamento endodôntico em múltiplas sessões utilizando medicações intra-canal entre as consultas. Inicialmente, foi realizado o acesso coronário e radicular do elemento e aplicação de Hipoclorito de Sódio como medicação. Durante a segunda consulta, foi realizado o preparo químico-mecânico completo e aplicação de HPGO (Hidróxido de cálcio P.A., paramonoclorofenaol canforado) como medicação intra-canal. Na terceira consulta foi realizada a obturação dos canais utilizando como cimento o Sealer 26 e a técnica de condensação lateral. Vale ressaltar, que o material Coltosol foi utilizado para selamento coronário temporário entre todas as consultas. Por fim, o paciente foi encaminhado para a Clínica de Atenção Básica III, onde foi realizada após 10 dias, a restauração definitiva em resina composta. O paciente retornou após 12 meses para acompanhamento clínico e radiográfico, onde foi constatado sucesso no tratamento realizado, visto que houve reparação óssea total da lesão. Desta forma, concluímos que o conhecimento teórico, clínico e do diagnóstico preliminar correto sobre as alterações pulpares é indispensável para que não haja a evolução e extensão do processo infeccioso para os tecidos perirradiculares. Além disso, podemos afirmar que o tratamento endodôntico em múltiplas sessões com utilização de medicação intra-canal entre sessões realizado na Clínica de Endodontia do Ambulatório Escola da UNIFASE pelos alunos, podem ser considerados como tratamentos bem sucedidos. Referências: - LEONARDI, D.P.; GIOVANINI, A.F.; ALMEIDA, S.; SCHRAMM, C.A.; BARATTO- FILHO, F. (2011). Pulp and periapical pathologies. RSBO, 8(4), 47–61. - BERGENHOLTZ, G.; BINDSLEV, P.; REIT, C. (2010). Textbook of Endodontology, (2a edição). Wiley Blackwell. COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. (2017). Caminhos da polpa, 11ª edição (11ª). Elsevier - ESTRELA, C.; FIGUEIREDO, J.A.P. (1999). Endodontia Princípios biológicos e mecânicos. Artes Médicas, 192-245, 698-738. - ESTRELA, C. (2004). Ciência Endodôntica: Artes Médicas, 1010. - RICUCCI, D.; LIN, L. M.; SPANGBERG, L. S (2009). Wound healing of apical tissues after root canal therapy: a long-term clinical, radiographic, and histopathologic observation study. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. v. 108, p. 609-621.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Mateus ribeiro et al.. LESÃO PERIRRADICULAR EVOLUÍDA: DO DIAGNÓSTICO AO ACOMPANHAMENTO.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/714437-LESAO-PERIRRADICULAR-EVOLUIDA--DO-DIAGNOSTICO-AO-ACOMPANHAMENTO. Acesso em: 15/06/2025

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