ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR EM PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR EM PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Autores
  • Louise sindorf Trajano Eiras
  • Paula Rodrigues Nunes
  • Jonas Noel
  • Luana Gumiere de Carvalho
  • Bruno Santos de Barros Dias
Modalidade
Revisão de Literatura
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/714395-enxerto-osseo-alveolar-em-pacientes-com-fissura-labiopalatina--uma-revisao-de-literatura
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
enxerto ósseo alveolar, fissura labiopalatina, cirurgia bucomaxilofacial
Resumo
Introdução: O presente estudo de revisão de literatura narrativa contempla uma das malformações craniofaciais congênitas mais frequentes da face: as Fissuras Labiopalatinas (FLP), dando ênfase ao tratamento da Fissura Alveolar (FA) associada, realizado através da cirurgia de enxerto ósseo alveolar (EOA). O artigo aborda a etiologia, embriologia, epidemiologia e importância clínica dessa anomalia, assim como a complexidade de seu tratamento, que deve ser multiprofissional e integrado, a fim de alcançar uma reabilitação completa e individualizada do paciente. Objetivo: ampliar o conhecimento acerca da cirurgia de enxerto ósseo alveolar, procedimento essencial na reabilitação de pacientes com FLP, descrevendo as características essenciais, os diferentes protocolos e principalmente o momento ideal para a intervenção cirúrgica. Metodologia: a princípio, foi realizada uma pesquisa bibliográfica na plataforma SciELO, com a estratégia de busca por palavras chaves combinadas na língua inglesa - “Alveolar Bone Graft in Patients with Cleft Lip and Palate”. Utilizando os critérios de exclusão, foram utilizados oito artigos na confecção deste trabalho. Discussão: as FLP são os defeitos congênitos mais comuns entre as malformações craniofaciais, ocorrem entre o período embrionário e início do período fetal devido a não fusão de estruturas embriológicas, de forma isolada ou sindrômica. Possui etiologia pouco conhecida, de origem multifatorial com causas genéticas e ambientais. A reabilitação dos pacientes com fissura labiopalatina é feita de forma sequencial e se inicia precocemente na vida, com uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, de preferência em um centro único, a fim de gerenciar todos os aspectos necessários, proporcionando um tratamento integral do paciente. A reabilitação completa desses pacientes não será atingida sem conferir a integridade do segmento maxilar e rebordo alveolar. Assim, a cirurgia de EOA é uma das etapas fundamentais do longo processo de reabilitação destes pacientes. O enxerto ósseo alveolar se faz necessário em 75% dos pacientes com FLP por apresentarem fenda alveolar (FA) associada e compreende o único método de reparo e preenchimento do defeito ósseo alveolar, descrito pela primeira vez por Boyne e Sands em 1972, tornando-se protocolo cirúrgico padrão. Seus objetivos são diversos, como fornecer tecido ósseo para a FA, estabelecer uma morfologia alveolar ideal e permitir suporte ósseo para a erupção dos dentes adjacentes à fissura. Entretanto, é observado que não há um consenso na literatura acerca deste tratamento, sendo necessário debater e conhecer as possibilidades dentro da cirurgia de EOA para garantir o sucesso do procedimento. O enxerto ósseo pode ser dividido em primário, secundário precoce, secundário e secundário tardio pelo estudo clássico de Boyne e Sands (1972), de acordo com a idade cronológica do paciente. Já Silva Filho et al. (1995), adiciona o enxerto ósseo terciário e se baseia na idade de desenvolvimento dentário principalmente. Evidências científicas mostram que a cirurgia de EOA primário pode prejudicar o crescimento maxilar, que se faz por aposição até em média os 7 anos de idade, e do terço médio da face levando ao desenvolvimento de más oclusões como mordidas cruzadas anteriores e posteriores devido a inibição do desenvolvimento esquelético. Por esses motivos supracitados, o enxerto ósseo secundário é a abordagem mais aceita, idealmente realizado dos 8 aos 12 anos de idade durante a dentição mista, antes da erupção do canino permanente, apresentando vantagens prognósticas relatadas em diversos trabalhos científicos, como disponibilidade óssea mais previsível, o que beneficia tanto a área receptora quanto a área doadora. Em contrapartida com a terapia mais aceita, um artigo visa abordar os benefícios do EOA primário na tentativa de salvar o elemento dentário incisivo lateral associado à fissura. Os materiais e biomateriais disponíveis para EOA são: 1) Osso esponjoso autógeno, considerado padrão ouro; 2) Proteína morfogenética óssea humana recombinante 2 (rhBMP-2), considerada uma substituta óssea promissora; 3) Hidroxiapatita; 4) Osso cortico-medular e 5) Osso alogênico. Para osso autógeno, também há uma gama de locais doadores em debate, como: 1) Crista ilíaca, considerada doadora principal para a obtenção de osso esponjoso; 2) Calota craniana; 3) Costela; 4) Mandíbula, na área de sínfise ou corpo mandibular; 5) Tíbia e 6) Olécrano. Conclusão: a partir da revisão, conclui-se que o tratamento da fissura alveolar através de cirurgia de enxerto ósseo alveolar ainda necessita de maior investigação e discussão no meio científico, a fim de determinar o padrão-ouro para aspectos importantes como o momento ideal para realizar a cirurgia, o tipo de material empregado e a melhor área óssea doadora, a fim de estabelecer o melhor tratamento possível para esses pacientes e obter melhores resultados.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

EIRAS, Louise sindorf Trajano et al.. ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR EM PACIENTES COM FISSURA LABIOPALATINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA... In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/714395-ENXERTO-OSSEO-ALVEOLAR-EM-PACIENTES-COM-FISSURA-LABIOPALATINA--UMA-REVISAO-DE-LITERATURA. Acesso em: 25/07/2025

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