IMPACTO DO SONO NOS ESTUDANTES DE MEDICINA

Publicado em - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
IMPACTO DO SONO NOS ESTUDANTES DE MEDICINA
Autores
  • Luiz Renato Vizeu Imbroisi
  • Bárbara Mussel Santos
  • Carolina Vitoria Castro
  • Roberto Eduardo Gomes Casella Aversa
  • Nathália Silveira Soares
Modalidade
Pesquisa Científicas
Área temática
SAÚDE E BEM-ESTAR
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2023/702013-impacto-do-sono-nos-estudantes-de-medicina
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Estudante de Medicina, Saúde Mental, Sono
Resumo
Introdução: O sono é essencial para manter o funcionamento do organismo de maneira adequada, possuindo relação direta com o equilíbrio endócrino e metabólico. A quantidade recomendada de horas de sono dormidas por noite varia de acordo com a idade do indivíduo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é indicado que um adulto durma pelo menos 7 horas ou mais por noite. Não apenas a quantidade de sono reduzida como também sua baixa qualidade podem afetar a saúde dos acadêmicos de medicina, o que contribui para o desenvolvimento e agravamento de problemas de saúde, podendo gerar alterações psicológicas como ansiedade e depressão, por exemplo. Distúrbios do sono são muito prevalentes nos estudantes de medicina em virtude da grande exigência acadêmica proporcionada durante a graduação. Como consequência, a sonolência diurna ocasionada pela privação de sono e falta de descanso pode gerar baixa produtividade, dificuldade de concentração e alteração de humor, prejudicando o desempenho acadêmico e aumentando o consumo de substâncias estimulantes pelos estudantes de medicina. Objetivos: Analisar o impacto do sono nos estudantes de medicina de uma escola médica, comparando os ciclos básico, ciclo clínico e internato. Metodologia: Estudo transversal, analítico e observacional, no qual foi aplicado questionário, sem possibilidade de identificação pessoal, aos alunos do 1º ao 6º ano de uma escola médica privada de Petrópolis, através da plataforma online Google Forms. O questionário foi composto de perguntas qualitativas e quantitativas, abertas e fechadas. Todos os 173 participantes responderam a todas as perguntas, o que garante ao trabalho grau de confiança de 90% com uma margem de erro menor que 5%. Resultados e discussão: Dos 173 estudantes de medicina, 24% são do ciclo básico, 36% do ciclo clínico e 40% do internato. A grande maioria dos participantes são adultos jovens; 1% tem 17 anos ou menos, 82% tem de 18 a 25 anos, 16% tem de 26 a 35 anos e 1% tem mais que 36 anos. Em relação ao gênero, 71% dos alunos se declaram do gênero feminino, 28% do gênero masculino e 1% se identificaram com outros gêneros. Quanto à quantidade de horas de sono dormidas por noite, 22% dos alunos do ciclo básico, 16% do ciclo clínico e 16% do internato dormem no máximo 5 horas; 66% do ciclo básico, 79% do clínico e 69% do internato dormem de 6 a 7 horas; 12% do ciclo básico, 5% do clínico e 16% do internato dormem mais de 8 horas por noite. De todos os estudantes, 49% do ciclo básico, 6% do ciclo clínico e 11% do internato classificaram a qualidade do sono como muito boa; 12% do ciclo básico, 45% do clínico e 40% do internato como boa; 39% do ciclo básico, 42% do clínico e 40% do internato como ruim; os outros estudantes classificaram sua qualidade do sono como muito ruim. Ao todo, 99% dos alunos acreditam que a falta de qualidade do sono pode afetar o rendimento acadêmico durante o dia. Um terço dos estudantes relatam que acordam durante a noite por diversas causas, sendo o motivo mais mencionado a ansiedade, seguido pela necessidade de ir ao banheiro. Em relação ao tempo médio para o início do sono, 24% dos alunos do ciclo básico, 27% do ciclo clínico e 26% do internato conseguem dormir em até 5 minutos; 56% do ciclo básico, 45% do clínico e 49% do internato dormem entre 5 e 30 minutos; 12% do ciclo básico, 23% do clínico e 16% do internato dormem entre 30 a 60 minutos; os demais estudantes demoram mais de uma hora para conseguir emdormir. Do total, 13% dos alunos relatam fazer uso de alguma substância estimuladora do sono. 46% dos alunos do básico, 56% do clínico e 53% do internato apresentam dificuldade em se manterem acordados durante o dia. Desses alunos que relataram sonolência diurna, 59% dos fazem uso de alguma substância estimulante, sendo a cafeína a mais mencionada. Conclusão: Dentre os dados coletados, a grande maioria dos estudantes de todos os períodos relata dormir 7 horas ou menos, tempo inferior a média sugerida pela Organização Mundial da Saúde. Outro dado que se destaca é o de que, embora quase todos os participantes acreditem que a qualidade do sono impacta o rendimento acadêmico, aproximadamente metade deles afirmam ter uma qualidade de sono ruim ou muito ruim, principalmente a partir do ciclo clínico. Ademais, destaca-se o fato de que parte dos alunos tendem a acordar à noite principalmente por ansiedade, condição que pode estar relacionada, dentre inúmeros fatores, com a própria quantidade e qualidade do sono. Da mesma forma, o impacto do sono aparenta se manifestar na dificuldade de se manterem acordados ao longo do dia, em mais da metade dos participantes, contribuindo também para o uso de substâncias estimulantes para conseguirem manter o estado de vigília, como a cafeína. Por último, a maior parte dos estudantes de medicina relatam demorarem até 30 minutos para conseguirem dormir, sendo que a minoria afirma fazer uso de medicamento para induzir o sono.
Título do Evento
XXIX Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

IMBROISI, Luiz Renato Vizeu et al.. IMPACTO DO SONO NOS ESTUDANTES DE MEDICINA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2023/702013-IMPACTO-DO-SONO-NOS-ESTUDANTES-DE-MEDICINA. Acesso em: 19/07/2025

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