A RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS ENTRE A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E O TERRITÓRIO: A COMPREENSÃO DE REALIDADES SINGULARES

Publicado em 06/04/2023 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
A RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS ENTRE A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E O TERRITÓRIO: A COMPREENSÃO DE REALIDADES SINGULARES
Autores
  • Bárbara de Souza Piulats
  • Ana Carolina Rodegheri Santos
  • Danielle Waldstein de Moura Vidal
  • Roseli Santos Silvério Martins
  • BRUNO LIMA DE OLIVEIRA
Modalidade
Práticas Extensionistas
Área temática
Interdisciplinar
Data de Publicação
06/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2022/547639-a-relevancia-do-diagnostico-rapido-participativo-como-instrumento-para-a-construcao-de-vinculos-entre-a-estrategi
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Território, Diagnóstico rápido participativo, SUS
Resumo
O presente estudo visa apresentar a experiência da construção de um Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), realizado por Residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica da UNIFASE, desenvolvido na área de abrangência de cobertura do PSF Bataillard, localizado na terceira região do município de Petrópolis, Rio de Janeiro. O território é composto atualmente por 5 microáreas, que recebem coberturas de 5 agentes comunitárias de saúde. A comunidade possui características mistas, apresentando áreas de menor e maior vulnerabilidade. O DRP se trata de uma metodologia utilizada para fazer um levantamento da realidade do território, a partir do ponto de vista dos seus membros. (CERQUEIRA, 2021, p.9). O primeiro DRP foi realizado e idealizado pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e teve sua primeira realização na cidade de Petrópolis no ano de 2017, onde a pesquisa buscou avaliar os 44 territórios de abrangência dos PSFs da cidade. O presente trabalho teve por objetivo instigar os profissionais participantes a buscar um novo olhar através das metodologias do DRP, de modo que obtenham a compreensão de que os territórios são vivos, e estão em permanente transformação, conhecendo o território de uma forma diferente, por meio do olhar dos indivíduos residentes na comunidade. Além disso, o diagnóstico visou atualizar as informações contidas no DRP realizado no ano 2017 na mesma localidade e dessa forma realizar um comparativo entre ambos os anos. Participaram das atividades referentes ao DRP: 04 residentes de diferentes áreas do conhecimento, assim favorecendo o olhar multiprofissional para as particularidades observadas e vivenciadas durante as travessias; 01 orientadora/preceptora de campo, que forneceu o conteúdo teórico para a fluidez do trabalho; 05 agentes comunitárias de saúde, as quais contribuíram com o seu conhecimento acerca do território geográfico, da história da localidade e características da população; 25 entrevistados (com perguntas abertas, dando-lhes a possibilidade de se expressarem), dentre eles: moradores, presidente da associação de moradores, diretoras da Creche e da Escola da localidade. Além da realização de grupos focais com moradores da região. O DRP teve início com a leitura e análise do Diagnóstico realizado anteriormente, tal como de artigos e Trabalho de Conclusão de Residência, visando um entendimento do que é um DRP, e de quais etapas são necessárias para desenvolvê-lo, iniciando pela técnica de “travessia”, sendo realizada através de caminhadas pelo território geográfico, e ao longo dessa caminhada são realizadas anotações dos aspectos observados pelos participantes. (FRANCA, s.d, p.1). Ao todo foram realizadas 5 travessias em 5 dias previamente programados. As informações coletadas durante as travessias, foram organizadas e posteriormente comparadas com os dados do DRP do ano de 2017. A realização das travessias e dos grupos focais foram de extrema importância para o maior conhecimento da comunidade e do olhar de quem vive na região, as entrevistas estimularam a escuta ativa e provocaram profundas reflexões sobre o território e sobre as pessoas que ali vivem. A experiência buscou entender os problemas, necessidades, sonhos, tal como pontos positivos e negativos da região a partir do olhar de quem está de dentro, vivendo a realidade da comunidade no dia a dia. Diante das informações coletadas foi possível realizar um comparativo entre os anos de 2017 e 2022, comparativos de crescimento, mudanças ocorridas nos 5 anos e de percepções dos moradores da região. A partir dos dados coletados nos anos de 2017 e 2022, foi possível identificar um aumento significativo de domicílios, famílias e da população em geral. Em 2017 haviam 635 domicílios, 597 famílias cadastradas no PSF e a população aproximada era de 2137 pessoas, já em 2022 foram observados 1617 domicílios, 1361 famílias cadastradas e 4322 pessoas no território. Assim como outras mudanças importantes como aumento do comércio local, melhor pavimentação das ruas, melhoria nos horários de ônibus e entre outras. Foi visto também que algumas situações que não apareciam no ano de 2017 começaram a surgir, como o aumento da poluição sonora, aumento do tráfico de drogas na região e a preocupação com áreas de riscos e encostas. Outro ponto que gerou muito destaque no comparativo foi sobre a boa convivência entre os moradores do bairro e o sentimento de acolhimento na região, onde em ambos os anos foram muito mencionados. Diante de todo o processo de análise do DRP, podemos concluir que o mesmo é uma ferramenta de significativa relevância, fornecendo aos profissionais participantes um olhar diferenciado sobre o território e população em questão, além de proporcionar uma compreensão mais ampla e sensível de como é viver na localidade. O DRP favorece a construção de canais de comunicação, onde os relatos da população são acolhidos através de uma escuta atenta, assim favorecendo a apropriação dos indivíduos residentes na Região como detentores do conhecimento acerca da sua realidade cotidiana e participantes ativos na transformação do local onde vivem, tal como de si próprios. Através do comparativo e coleta de informações é possível realizar ações e estratégias voltadas especialmente para o cuidado daquela população e de cada microárea em específico, respeitando as reais necessidades e demandas.
Título do Evento
XXVIII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PIULATS, Bárbara de Souza et al.. A RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTICIPATIVO COMO INSTRUMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS ENTRE A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E O TERRITÓRIO: A COMPREENSÃO DE REALIDADES SINGULARES.. In: Anais Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2022/547639-A-RELEVANCIA-DO-DIAGNOSTICO-RAPIDO-PARTICIPATIVO-COMO-INSTRUMENTO-PARA-A-CONSTRUCAO-DE-VINCULOS-ENTRE-A-ESTRATEGI. Acesso em: 27/05/2025

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