HIV/AIDS: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA EM ADOLESCENTES DE 15 A 19 ANOS

Publicado em 06/04/2023 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
HIV/AIDS: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA EM ADOLESCENTES DE 15 A 19 ANOS
Autores
  • Victoria Seabra
  • Nathália Silveira Soares
  • Mariana Costa Rufino
  • Norhan Sumar
  • Patricia Boccolini
Modalidade
Pesquisas Científicas
Área temática
Medicina
Data de Publicação
06/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2022/547569-hivaids--uma-analise-da-incidencia-e-prevalencia-em-adolescentes-de-15-a-19-anos
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
AIDS, HIV, adolescentes, IST, incidência, prevalência
Resumo
INTRODUÇÃO: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, conhecida como AIDS, representa um marco na história mundial desde sua identificação, no final da década de 1970. Desde então, a incidência aumentou exponencialmente, caracterizando uma pandemia, em função da extensão dos danos causados à população mundial. A AIDS é consequência de agravos causados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que pode ser transmitido em relações sexuais, por contato com sangue e derivados, como no compartilhamento de seringas, e da mãe infectada para o concepto, tanto no parto quanto no aleitamento. Como consequência do foco das ações de promoção e prevenção para grupos específicos, percebe-se um aumento da prevalência da doença entre heterossexuais jovens, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do País. Isso pode ser explicado pelo foco das políticas públicas terem sido para grupos de maior risco na época, sem ações específicas para outros grupos, desconsiderando diferentes linguagens para distintas faixas etárias, gêneros, raça/cor/etnias e regiões. OBJETIVO: Analisar a prevalência de AIDS em jovens de 15 a 19 anos entre os anos 1980 e 2019 no Sudeste do Brasil; identificar fatores de risco relacionados à infecção pelo vírus do HIV no Sudeste do Brasil. METODOLOGIA: O presente estudo foi realizado como atividade da Unidade Curricular Saúde e Sociedade III, por meio de dados secundários do sistema de informação do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Foram pesquisadas informações de incidência e prevalência de HIV/AIDS, de 1980 a 2019, de jovens entre 15 e 19 anos em comparação com a população geral com AIDS, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Depois, por meio de operações estatísticas básicas, os dados tabulados em Excel foram analisados por meio de uma série histórica, para a identificação de causalidades, tendências e/ou consequências da doença na região. RESULTADOS e DISCUSSÃO: Como resultado, é possível ver o aumento da incidência de AIDS no Sudeste de 1980 a 2000, ano que marca o início do declínio de casos. Entre jovens de 15 a 19 anos, nota-se aumento de casos até 2014, quando se percebe uma redução. Essa proporção voltou a diminuir em 2015. Ao comparar os dados de incidência de AIDS em jovens do Sudeste de 15 a 19 anos com a incidência de AIDS geral no Sudeste, observa-se que os picos aconteceram em momentos diferentes: o primeiro em 2000, enquanto os jovens estavam em crescente incidência para atingir o pico em 2014. Analisando a proporção desses jovens em relação à população geral com AIDS, os números se mantiveram baixos até 2005, ano em que a proporção disparou em crescente atingindo uma relação de 64,02% de jovens com AIDS em 2015, ano da máxima proporção. Com esses dados, é preciso considerar, para uma análise compatível com as diversas realidades sociais, os efeitos de novos medicamentos no controle da doença, com somente um comprimido a partir de 2015, fortalecendo a adesão ao tratamento, além de questões socioculturais. Essas especificações buscam explicar os motivos do declínio de incidência dentro das estatísticas regionais de AIDS entre os jovens. Nessa perspectiva, observa-se que a redução na incidência de AIDS entre os jovens a partir de 2015 pode estar ligada a mudanças na representação social do tratamento, que já existia desde 1997, mas só se tornou acessível em 2001. Na eclosão da doença, a terapia antirretroviral era temida pela população, uma vez que os distúrbios metabólicos induzidos pelo tratamento foram considerados, por um senso comum, piores do que aqueles gerados pela doença. Atualmente, pela maior disseminação de conhecimento, além da inserção de uma medicina preventiva, enfatizando a preservação sexual para além de métodos contraceptivos, houve também mudanças na abordagem da equipe profissional, gerando aumento da adesão ao tratamento entre os jovens já expostos ao HIV. Desse modo, métodos farmacológicos, como a redução do número de comprimidos, e métodos sociais, como uma abordagem terapêutica humanizada, revelam a multicausalidade frente à análise da eficiência do tratamento para AIDS. Outros possíveis fatores de impacto associados à proporção de jovens com AIDS são os determinantes sociais relativos ao comportamento jovem. Padrões de conduta como interesse em aprender e o movimento de pesquisa na internet - e o maior acesso a essas informações - podem ter impactado a incidência de AIDS entre o grupo de modo a diminuí-la a partir de 2015; enquanto, simultaneamente, a frequência do consumo de álcool tende a ser um fator que pode aumentar essa incidência. A falta de conteúdos educacionais também pode impactar esse aumento até 2015, já que a educação sexual entre jovens e adultos, sob tutela de professores e profissionais da saúde, representa uma considerável forma de prevenção. CONCLUSÃO: Dessa forma, a AIDS, resultante da infecção do vírus HIV, foi identificada no fim dos anos 1970 e sofreu variações na incidência no que tange idade da população acometida e grupos sociais em destaque. Com isso, a discussão acerca da AIDS e o foco das políticas públicas foram readaptados segundo o acompanhamento do perfil social em vulnerabilidade. Na análise do Sudeste, ficou claro que, apesar da redução da incidência de AIDS a partir de 2000, quando novos tratamentos medicamentosos foram assegurados à população e a adesão foi potencializada por nova conduta da comunidade médica, os casos entre jovens de 15 a 19 anos aumentaram. Sendo assim, os casos de AIDS entre os jovens seguiram uma lógica contrária à da população geral, fato resultante do foco inicial da prevenção da doença, direcionado a adultos e homossexuais. Agora, com a mudança do perfil social a ser atingido pelas medidas preventivas, observou-se um declínio dos casos de AIDS entre a população jovem, o que reforça a necessidade de se assegurar propostas de promoção da saúde e prevenção a grupos específicos, considerando diferenças na interação com determinantes sociais da saúde.
Título do Evento
XXVIII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SEABRA, Victoria et al.. HIV/AIDS: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA EM ADOLESCENTES DE 15 A 19 ANOS.. In: Anais Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2022/547569-HIVAIDS--UMA-ANALISE-DA-INCIDENCIA-E-PREVALENCIA-EM-ADOLESCENTES-DE-15-A-19-ANOS. Acesso em: 22/05/2025

Trabalho

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