PREVALÊNCIA DE HIPOMINERALIZAÇÃO DE OUTROS DENTES PERMANENTES EM PACIENTES COM HMI

Publicado em 06/04/2023 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
PREVALÊNCIA DE HIPOMINERALIZAÇÃO DE OUTROS DENTES PERMANENTES EM PACIENTES COM HMI
Autores
  • Maria Eduarda Souza Figueirinho
  • Mônica Marinho Pinheiro da Silva
  • Leonardo Gamarano De Carvalho
  • Maria Julia Machado De Araujo Pinto Chaves
  • VERA MENDES SOVIERO
  • ROBERTA COSTA JORGE
  • Patricia Reis
Modalidade
Revisões de Literatura
Área temática
Odontologia
Data de Publicação
06/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2022/547490-prevalencia-de-hipomineralizacao-de-outros-dentes-permanentes-em-pacientes-com-hmi
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
HMI, HOPT, Hipomineralização Molar Incisivo, Hipomineralização em outros dentes permanentes.
Resumo
INTRODUÇÃO: Em 2001, Weerheijm denominou “Molar-incisor Hypomineralization”, em português “Hipomineralização Molar-Incisivo” (HMI), o defeito de desenvolvimento do esmalte dentário de origem sistêmica que afeta de 1 a 4 primeiros molares permanentes podendo afetar ou não incisivos permanentes. Uso de antibióticos nos primeiros anos de vida, prematuridade, baixo peso ao nascer e outros fatores têm sido investigados como fatores causais, juntamente com predisposição genética. A HMI é caracterizada por opacidades demarcadas assimétricas, com coloração variando do branco creme a amarelo amarronzado, presença de fratura pós-eruptiva do esmalte, restaurações atípicas ou ausência de um primeiro molar permanente em um paciente que apresenta HMI. Pacientes com HMI apresentam maior prevalência de cárie, e comumente queixam-se de hipersensibilidade dentária, medo e ansiedade ao tratamento odontológico e impacto estético. Recentemente estudos vêm observando este defeito em outros dentes permanentes além de primeiros molares e incisivos, alteração chamada de Hipomineralização em outros dentes permanentes (HOPT). OBJETIVO: A partir do exposto, o objetivo desta discussão com análise crítica das contribuições teóricas é avaliar a prevalência de HOPT em pacientes com HMI. METODOLOGIA: A estratégia de busca desta revisão foi realizada em agosto de 2022 na base de dados MedLine (via Pubmed), a partir da chave de busca descrita a seguir: (((((((("molar incisor hypomineralization"[title/abstract]) or "enamel defect*"[title/abstract]) or "enamel opacit*"[title/abstract]) or hypomineral*[title/abstract]) or "demarcated opacit*"[title/abstract]) or "demarcated defect*"[title/abstract])) and (((("HOPT"[title/abstract]) or ("hypomineralization of other permanent teeth"[title/abstract])) or ("permanent second molars"[title/abstract]) or ("permanent teeth"[title/abstract]))), formada a partir de termos livres relacionados ao defeito. A seleção de estudos foi realizada por dois pesquisadores separadamente, avaliando os critérios de inclusão e exclusão citados a seguir. Critérios de inclusão: estudos com amostra de adolescentes (11-19 anos), período de erupção de caninos, pré-molares e segundos molares permanentes; critério de exclusão: pacientes com necessidades especiais, outras alterações do esmalte dentário ou estudos que fogem da temática. A análise foi realizada inicialmente pelo título e resumo. Os artigos ainda poderiam ser excluídos na etapa de leitura integral deles. RESULTADOS: Cento e quinze estudos foram encontrados. Após a utilização do filtro “data” (a partir de 01/01/2001), ano que a alteração foi reconhecida, 93 artigos foram selecionados, e após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 04 estudos compuseram esta revisão (Mittal, 2016; Jalevik et al, 2018; Kevrekidou et al, 2020 e Farias et al, 2021). Os estudos foram realizados por grupos de pesquisa diferentes e de países distintos (Índia, Suécia, Grécia e Brasil), publicados entre 2016 e 2021, em idioma inglês. A prevalência de HOPT variou bastante. Em Mittal, 2016 foi de 9,79%, em Jalevik et al., 2018 de 18,1%, em Kevrekidou et al., 2020 de 10,1% e em Farias et al., 2021, de 19,9%* (Farias et al. 2021, apresenta os dados na unidade de análise dente e não paciente). A prevalência de HOPT por tipo de dente também variou, em Mittal, 2016 foram os pré-molares os dentes mais acometidos e os caninos os menos frequentes; em Kevrekidou et al., 2020, os mais frequentemente acometidos foram os segundos molares permanentes e os menos frequentes os pré-molares. No estudo de Kevrekidou et al., 2020, a presença de HOPT nos caninos foi associada à sua presença em segundos molares permanentes (p=0,013), assim como as superfícies vestibulares foram sempre as mais afetadas em todos os tipos de dentes. Em Jalevik et al., 2018 e em Farias et al, 2021, também os segundos molares foram os mais frequentes, porém os caninos permanentes os menos frequentes, similar ao encontrado no estudo de Mittal, 2016. DISCUSSÃO: Segundo Farias et al, 2021, possíveis causas para HOPT e MIH são por condições genéticas e/ou origem sistêmica como febre, doenças respiratórias, problemas durante o pré-natal, perinatal e pós-natal. A associação entre esses dentes tem sido explicada pelo período de sobreposição de formação (do nascimento ao terceiro ano de vida) e o efeito de fatores genéticos. No estudo de Jalevik et al., 2018, observou-se uma combinação dos defeitos de desenvolvimento do esmalte, por exemplo Hipomineralização e Fluorose. Segundo os autores uma possível explicação para esta combinação de alterações seria uma suscetibilidade de alguns indivíduos a defeitos de desenvolvimento do esmalte, o que dificulta o entendimento de uma causa, assim como no diagnóstico correto do tipo de alteração. A presença de opacidade demarcada em pré-molares também pode ser justificada devido a infecções odontogênicas na dentição decídua. CONCLUSÃO: O diagnóstico da HMI é recomendado de ser feito aos 8 anos. Pouco estudos avaliaram a prevalência de HOPT em pacientes com HMI até o momento. Os estudos sinalizam a necessidade de um acompanhamento mais prolongado desses pacientes infantis até a finalização da erupção dos dentes permanentes e assim a obtenção deste dado. Além disso, há uma deficiência de artigos que apresentem a frequência de HOPT em cada dente.
Título do Evento
XXVIII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FIGUEIRINHO, Maria Eduarda Souza et al.. PREVALÊNCIA DE HIPOMINERALIZAÇÃO DE OUTROS DENTES PERMANENTES EM PACIENTES COM HMI.. In: Anais Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2022/547490-PREVALENCIA-DE-HIPOMINERALIZACAO-DE-OUTROS-DENTES-PERMANENTES-EM-PACIENTES-COM-HMI. Acesso em: 12/05/2025

Trabalho

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