PREVALÊNCIA DA POLIFARMÁCIA EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DEMAIS COMORBIDADES ASSOCIADAS

Publicado em 06/04/2023 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
PREVALÊNCIA DA POLIFARMÁCIA EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DEMAIS COMORBIDADES ASSOCIADAS
Autores
  • Daniela Lacerda Santos
  • Ana Carolina Espinosa
  • Beatriz Moreira Crelier
  • Carolina Kaczelnik Benisti
  • daniela de souza gama
  • Emanuele Cabral Assis
  • Felipe Pires do Couto
Modalidade
Pesquisas Científicas
Área temática
Medicina
Data de Publicação
06/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2022/547067-prevalencia-da-polifarmacia-em-pacientes-portadores-de-diabetes-mellitus-eou-hipertensao-arterial-sistemica-e-de
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Polifarmácia, Envelhecimento, Hipertensão, Diabetes, Medicamentos.
Resumo
Título: Prevalência da Polifarmácia em Pacientes Portadores de Diabetes Mellitus e/ou Hipertensão Arterial Sistêmica Acompanhados no Ambulatório Escola Introdução: A polifarmácia está muito presente em idosos e, tendo em vista que a sociedade está envelhecendo, é um fenômeno que torna-se cada vez mais prevalente. É inerente à população idosa a fragilidade e vulnerabilidade, características da senescência, que compõem uma síndrome geriátrica relacionada ao declínio na saúde e, consequentemente, à multimorbidade. Esta última representa a coexistência de diversas condições crônicas de saúde, o que torna ainda mais complexa a terapia, tanto para os profissionais, quanto para os pacientes. Por conseguinte, a polifarmácia é amplamente utilizada, uma vez que um ou mais fármacos podem tratar cada enfermidade. Entretanto, sabe-se que o uso múltiplo de medicamentos está associado aos diversos resultados adversos, que podem, inclusive, aumentar o número de fármacos prescritos. Também, questiona-se a possibilidade de tais terapias medicamentosas serem eventos estressantes e desencadeantes de agravos na saúde que favoreçam ainda mais a fragilidade de pacientes com idade avançada. Objetivo: Este estudo buscou analisar a prevalência da polifarmácia em pacientes portadores de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial (grupo HIPERDIA), além de outras morbidades associadas, que são acompanhados em um Ambulatório Escola (AMBE). Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório, realizado durante a aplicação prática da disciplina Saúde e Sociedade III, pelos alunos do terceiro período da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP). A coleta de dados foi através da leitura de 110 prontuários de usuários do grupo HIPERDIA e o cenário da pesquisa foi o AMBE da FMP. A leitura minuciosa dos prontuários buscou identificar, dentre os pacientes acompanhados na instituição, quais fazem uso concomitante de mais de cinco medicamentos, evidenciando assim a presença da polifarmácia. Resultados: A partir dessa análise de dados, verificou-se que 70% dos pacientes estão acometidos pela polifarmácia, ou seja, fazem o uso regular de cinco ou mais fármacos. Ademais, evidencia-se que, desses 70%, a maioria utiliza de cinco a oito medicamentos, representando 79% dos pacientes analisados, e uma parcela menor desse grupo apresenta terapias que se enquadram como hiperpolifarmácia ou polifarmácia excessiva, que fazem uso de mais de 10 fármacos. Encontrou-se ainda que, enquanto existem pacientes com multimorbidade fazendo uso de polifarmácia, há pacientes sem comorbidades (ou com apenas uma) com mais de cinco medicamentos prescritos. Discussão: Os pacientes que compõem o programa HIPERDIA são portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus, doenças que frequentemente evoluem para multimorbidade, considerando que podem apresentar diversas morbidades secundárias. Sendo assim, é comum que tais pacientes possuam múltiplas terapêuticas medicamentosas para tratar cada doença, o que confere uma polifarmácia “apropriada”. Contudo, levando em conta que boa parte desses pacientes possuem idade avançada, a polifarmácia pode tornar-se “problemática”, ou seja, prejudicial, em que os fármacos prescritos não atingem mais o benefício geral e desencadeiam efeitos adversos que podem ser interpretados como novas condições médicas. Conclusão: Em 2017, a Organização Mundial da Saúde, ressaltando que prescrições medicamentosas inadequadas e erros de medicação são uns dos principais causadores de lesões e danos evitáveis nos sistemas de saúde, destacou os malefícios oriundos da polifarmácia e estabeleceu o Medication Without Harm Challenge como o terceiro desafio global de segurança do paciente, que busca reduzir os males farmacológicos evitáveis em 50% em 5 anos. À vista disso, a interrupção de farmacoterapias inadequadas e/ou a desprescrição de medicamentos potencialmente danosos e até a redução das doses, se realizado de maneira ética e comprometida com o bem estar, a saúde e a recuperação do paciente, tratamentos mais seguros podem melhorar a qualidade de vida do paciente. Ademais, ainda que existam casos em que o uso de múltiplos fármacos é necessário e clinicamente apropriado, deve-se sempre buscar identificar medicamentos que não contribuem mais para o benefício desejado, mas que, ao contrário, promovem ainda mais a fragilidade do paciente.
Título do Evento
XXVIII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SANTOS, Daniela Lacerda et al.. PREVALÊNCIA DA POLIFARMÁCIA EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS E/OU HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DEMAIS COMORBIDADES ASSOCIADAS.. In: Anais Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2022/547067-PREVALENCIA-DA-POLIFARMACIA-EM-PACIENTES-PORTADORES-DE-DIABETES-MELLITUS-EOU-HIPERTENSAO-ARTERIAL-SISTEMICA-E-DE. Acesso em: 09/06/2025

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