ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NAS CIDADES DE PETRÓPOLIS E DO RIO DE JANEIRO, 2018 A 2022.

Publicado em 06/04/2023 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NAS CIDADES DE PETRÓPOLIS E DO RIO DE JANEIRO, 2018 A 2022.
Autores
  • José Luiz Mendes Erthal Alves
  • Mariane Andrade Araujo
  • Julia Jardim de Oliveira Duarte Azevedo
Modalidade
Pesquisas Científicas
Área temática
Medicina
Data de Publicação
06/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2022/545672-analise-da-prevalencia-dos-casos-de-leptospirose-nas-cidades-de-petropolis-e-do-rio-de-janeiro-2018-a-2022
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Leptospirose; Prevalência; Transmissibilidade; Petrópolis; Rio de Janeiro.
Resumo
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, causada pela bactéria Leptospira interrogans, que pode ser transmitida aos humanos pelo contato com a urina, principalmente, dos ratos, muitas vezes presente em água e alimentos contaminados, sua penetração ao hospedeiro pode ocorrer através do contato com lesões de pele, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou do contato com mucosas. A Leptospirose é uma das zoonoses que apresentam maiores taxas de morbidade em todo o planeta, acometendo em sintomas como febre, dor muscular, dor de cabeça e mal-estar generalizado, nos casos mais graves, geralmente os pacientes desenvolvem icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), além de hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte. Estima-se que a maior morbidade e mortalidade ocorram em países em desenvolvimento, locais onde esta doença ainda é bastante subestimada. Leptospirose é uma doença emergente, de alta prevalência no território brasileiro e de notificação compulsória que, no entanto, não recebe a atenção e o investimento necessários por parte do governo, o que torna essa enfermidade duplamente negligenciada na nação. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Ministério da Saúde, as taxas de contaminação no Estado do Rio de Janeiro são significativamente elevadas quando comparadas com outros estados do país e o agravamento desta condição pode levar a um aumento das hospitalizações pela doença, cenário esse também em destaque no estado. O presente trabalho foi realizado durante a disciplina de Saúde e Sociedade III com atividades no Laboratório de Informática e tem como objetivo analisar os números referentes à prevalência de leptospirose nas cidades de Petrópolis e do Rio de Janeiro, no período 2018-2020, e a prevalência das internações em decorrência de leptospirose nos mesmos municípios de janeiro de 2018 até junho de 2022, além de refletir sobre os fatores associados à enfermidade e exibir formas de prevenção contra a doença. Para isso, utilizou-se dados do SINAN (Sistema de Informações de Agravo e Notificações) sobre a prevalência de leptospirose durante os anos de 2018 a 2020 nos municípios de Petrópolis e do Rio de Janeiro, além de dados do SIH (Sistema de Informações Hospitalares), sobre as internações pela doença nos municípios do período de janeiro de 2018 até junho de 2022. Os resultados indicaram uma maior prevalência da enfermidade na cidade serrana. Foi observado um aumento expressivo das internações em decorrência da doença em Petrópolis no ano de 2022, após fortes chuvas com diversas inundações acometerem a cidade, principalmente em fevereiro, sendo registradas até junho, dez vezes mais hospitalizações do que no ano anterior (2021). Petrópolis teve 21 internações pela doença até junho de 2022, sendo esses números absolutos equivalentes aos da cidade do Rio de Janeiro no mesmo período, que apresenta, cerca de vinte vezes a população petropolitana. No Brasil, a leptospirose é endêmica em todo o território nacional, sendo considerada epidêmica principalmente em períodos chuvosos. Desastres naturais como inundações e deslizamentos juntamente com a vulnerabilidade social e más condições sanitárias potencializam a ocorrência da doença. Diante disso, a transmissibilidade da leptospirose não está só relacionada à fatores ambientais, mas também à questões socioeconômicas intimamente ligadas à infraestrutura das localidades. Devemos também considerar que a maioria dos acometidos pela enfermidade, além de não possuírem serviços de saneamento básico adequados também não tem acesso a informações adequadas sobre a forma de transmissão da doença. Desse modo é possível que a prevalência real da leptospirose pode ser desconhecida, pois se trata de uma enfermidade muitas vezes negligenciada pelas autoridades sanitárias e de difícil diagnóstico, já que seus sinais e sintomas são muito semelhantes com outras doenças, ocasionando assim sua subnotificação, tendo em vista que pode ser tratada como outras condições clínicas.
Título do Evento
XXVIII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ALVES, José Luiz Mendes Erthal; ARAUJO, Mariane Andrade; AZEVEDO, Julia Jardim de Oliveira Duarte. ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NAS CIDADES DE PETRÓPOLIS E DO RIO DE JANEIRO, 2018 A 2022... In: Anais Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2022/545672-ANALISE-DA-PREVALENCIA-DOS-CASOS-DE-LEPTOSPIROSE-NAS-CIDADES-DE-PETROPOLIS-E-DO-RIO-DE-JANEIRO-2018-A-2022. Acesso em: 10/05/2025

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