EPIGENÉTICA E ESCLEROSE MÚLTIPLA: MECANISMOS E RELAÇÕES

Publicado em 06/04/2023 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
EPIGENÉTICA E ESCLEROSE MÚLTIPLA: MECANISMOS E RELAÇÕES
Autores
  • Henrique Cordeiro De Melo Botti
  • Ana Beatriz Gomes De Almeida
  • Gabriela Dias da Silva
  • ANDRE LUIS DOS SANTOS FIGUEIREDO
  • Isabelle Geoffroy
Modalidade
Revisões de Literatura
Área temática
Medicina
Data de Publicação
06/04/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2022/543676-epigenetica-e-esclerose-multipla--mecanismos-e-relacoes
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Esclerose Múltipla, Epigenética
Resumo
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) pode ser definida como uma doença com características autoimune, inflamatória, desmielinizante e neurodegenerativa que atinge o sistema nervoso central (SNC). Ela afeta mais de 2 milhões de pessoas no mundo e aproximadamente 40 mil pessoas no Brasil. Como consequência, diversos sinais e sintomas são relatados na literatura, e entre os principais e mais comuns tem-se: fadiga, fraqueza, depressão, alterações cognitivas, gastrointestinais e urinárias. A EM afeta oligodendrócitos e a propagação dos impulsos nervosos, acarretando principalmente em sintomas neurológicos. Estudos apontam que a fisiopatologia da doença ainda não é muito bem compreendida, mas sabe-se que há influência de fatores ambientais e genéticos. A modulação entre estes dois componentes acontece pela ação de fatores epigenéticos, que interferem na relação entre exposição a fatores ambientais e uma predisposição genética. Nesse sentido, cabe conceituar, também, a Epigenética, que delimitamos como: Alterações no fenótipo do organismo, desencadeadas por mecanismos enzimáticos de adição ou remoção de radicais químicos em sítios de ligação específicos, influenciada por fatores ambientais que podem ser propagadas de forma hereditária, sem que a sequência do DNA seja alterada. Isso ocorre por reações de metilação, desmetilação, acetilação e desacetilação do DNA e das Histonas, além de envolver estruturas como: miRNA e long-non-coding RNAs. Objetivos: Levando em consideração a bibliografia analisada, foram definidas três perguntas relevantes, são elas: 1 - Qual a relação entre EM e Epigenética?; 2 - Quais os mecanismos epigenéticos referenciados no contexto da EM?; 3 - Quais os caminhos para possíveis aplicações terapêuticas para EM? Metodologia: Para confecção desta revisão sistemática, consultamos a base de dados eletrônica PubMed, utilizando as seguintes palavras-chave: Multiple sclerosis; Epigenetics. A equação de busca foi: Busca avançada; Free Full Text; Books and Documents; Review; a partir de um recorte temporal dos últimos 5 anos. Na escolha dos textos levou-se em consideração os seguintes critérios de inclusão: estudos com foco em mecanismos Epigenéticos e que conceituavam EM e Epigenética. Os critérios de exclusão foram: estudos que focaram em outras doenças além de EM, que abordaram alguma região geográfica específica, que não consideraram a relação Epigenética, que não conceituaram EM ou Epigenética. A seleção dos estudos, com base nos critérios de busca inicial, apresentou 87 resultados que passaram pelas etapas de leitura de título (20), de resumo (12) e de artigo completo (10). Ao final, obteve-se um resultado refinado de 10 artigos. Discussão: Os resultados obtidos apontaram que, por se tratar de uma doença desmielinizante, a modulação epigenética da diferenciação de oligodendrócitos em suas diferentes fases apresenta-se como uma intercessão entre Epigenética e EM. A presença de LnC RNAs restritos a regulação dessa linhagem também aponta para a existência dessa relação, tornando os temas ainda mais entrelaçados. Além disso, nota-se que a modulação do fenótipo microglial por microRNAs, dado que existem formas neurotóxicas características de agravos do SNC, contribui para o estreitamento de laços entre os temas. Ainda, o DNA e as histonas presentes no organismo estão sujeitos a processos de acetilação, metilação e, por se tratarem de mecanismos epigenéticos, são reversíveis por meio de desacetilação e desmetilação. Assim, a Decitabina, uma medicação da classe dos inibidores da DNA metiltransferases, torna-se relevante por atuar regulando a circulação de células T. Nesse sentido, a leitura de genes relacionados a EM é influenciada por esses processos, demonstrando, mais uma vez, a relação intrínseca entre eles. Conclusão: Com base na discussão apresentada, conclui-se que possíveis tratamentos para EM podem ser centrados em componentes epigenéticos que possam atuar no epigenoma de células progenitoras de oligodendrócitos e na via mielinogênica. Mesmo em vista dessa análise, mais estudos se faz necessário para a melhor compreensão do desencadeamento e desenvolvimento dessa doença, além da promoção de novas propostas terapêuticas.
Título do Evento
XXVIII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BOTTI, Henrique Cordeiro De Melo et al.. EPIGENÉTICA E ESCLEROSE MÚLTIPLA: MECANISMOS E RELAÇÕES.. In: Anais Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2022/543676-EPIGENETICA-E-ESCLEROSE-MULTIPLA--MECANISMOS-E-RELACOES. Acesso em: 16/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes