(IN)SEGURANÇA ALIMENTAR ENTRE ESCOLARES DE UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ.

Milena Braga Calomeni; TALITA LELIS BERTI

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Trabalho

Título do Trabalho

(IN)SEGURANÇA ALIMENTAR ENTRE ESCOLARES DE UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ.

Autores

Milena Braga Calomeni
TALITA LELIS BERTI

Modalidade

Trabalho Científico

Área temática

Exemplo de Área Temática

Data de Publicação

04/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2021/403251-(in)seguranca-alimentar-entre-escolares-de-uma-escola-da-rede-publica-do-municipio-de-petropolis-rj

ISSN

2675-8563

Palavras-Chave

Segurança Alimenta, EBIA, Escolares

Resumo

Introdução: A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. A Insegurança Alimentar (IA) abrange desde uma preocupação leve para aquisição dos alimentos, até o mais grave que é a fome. Admite-se que a IA no Brasil está relacionada com condições socioeconômicas, sendo a pobreza o principal fator que as torna vulneráveis. A renda familiar influencia diretamente no consumo, quando há redução da renda, a tendência é consumir alimentos mais baratos e consequentemente de menor qualidade, como os ultraprocessados. Quando a IA ocorre em domicílios com crianças acarreta em déficits no crescimento e desenvolvimento. No Brasil é utilizado um método capaz de mensurar a IA, denominada Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Através dessa escala é possível avaliar a IA no nível domiciliar, permitindo a identificação e classificação em leve, moderada ou grave. Objetivo: Avaliar a prevalência de Insegurança Alimentar (IA) no domicílio e a qualidade da alimentação de escolares entre 5 e 7 anos de idade, matriculados em uma escola da rede pública de Petrópolis, RJ. Metodologia: Estudo transversal descritivo. A coleta de dados foi realizada entre setembro de 2020 e abril de 2021 por meio de um questionário online padronizado, contendo 31 perguntas, sendo 14 perguntas da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, 10 perguntas sobre o perfil socioeconômico e 7 sobre a qualidade da alimentação. O questionário da pesquisa foi respondido pela mãe ou por um responsável que conheça a alimentação da criança. A escola mediou o envio dos questionários, pois possuía grupos de contato via WhatsApp com os responsáveis. Caso alguma família não tivesse acesso à internet, poderia solicitar o questionário e o TCLE impressos, deixados na escola. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Participaram da pesquisa 24 mães ou responsáveis pelos escolares. A maioria se encontrava na faixa etária entre 25 e 35 anos, era da raça negra ou parda, possuía ensino médio completo, renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos mensais. Relataram receber auxílio de programas sociais (75%), sendo o Cartão Merenda o mais relatado, seguido do Programa Bolsa Família. Sobre a avaliação do grau de insegurança alimentar das famílias, a maioria dos domicílios se encontravam em Segurança Alimentar (54,3%) e em Insegurança Alimentar leve (41,7%). Não houve respostas que classificassem as famílias em insegurança alimentar moderada ou grave. Quanto à avaliação do consumo alimentar das crianças, 83,3% consumiram alimentos in natura, 62% consumiram frutas e menos da metade consumiram verduras e legumes no dia anterior à pesquisa (45,8%). A ingestão de bebidas adoçadas (75%) e de biscoitos recheados doces ou guloseimas (66,7%) foi elevada. Destacou-se também o consumo de hambúrguer e embutidos (29,2%) e de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoito salgado (16,7%). 87,5% dos escolares consumiram pelo menos um alimento ultraprocessado e 8,3% consumiram os quatro grupos de ultraprocessados avaliados no questionário no dia anterior ((1)hambúrgueres e embutidos,(2) bebidas adoçadas, (3) macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoito salgado ou recheado, e (4) guloseimas. Conclusão: A IA pode estar afetando diretamente a qualidade da alimentação das famílias que passam por essa condição. Quanto antes esse público for identificado, será possível traçar estratégias para reverter e melhorar os hábitos alimentares, promovendo o crescimento e desenvolvimento adequado para os mais vulneráveis. Os resultados foram encaminhados para a Secretaria de Educação, ressaltando a necessidade da implementação de políticas públicas que garantam a Segurança Alimentar (SA) e o Direito Humano à Alimentação Adequada, a fim de melhorar a qualidade da alimentação e consequentemente a qualidade de vida das crianças, propiciando um crescimento e desenvolvimento saudável.

Título do Evento: XXVII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento: Petrópolis
Título dos Anais do Evento: Anais da Semana Científica
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

CALOMENI, Milena Braga; BERTI, TALITA LELIS. (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR ENTRE ESCOLARES DE UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, RJ... In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2021/403251-(IN)SEGURANCA-ALIMENTAR-ENTRE-ESCOLARES-DE-UMA-ESCOLA-DA-REDE-PUBLICA-DO-MUNICIPIO-DE-PETROPOLIS-RJ. Acesso em: 02/06/2025