CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS-RJ

Brenda Bittencourt Ferreira; ESTHEFANIE PARREIRA MELLO DIAS

Título do Trabalho

Autores

Brenda Bittencourt Ferreira
ESTHEFANIE PARREIRA MELLO DIAS

Modalidade

Trabalho Científico

Área temática

Exemplo de Área Temática

Data de Publicação

04/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2021/403060-consumo-alimentar-e-estado-nutricional-de-adultos-e-idosos-atendidos-em-uma-unidade-de-saude-da-familia-do-munici

ISSN

2675-8563

Palavras-Chave

Consumo alimentar, Adultos, Idosos, Estratégia de Saúde da Família

Resumo

Introdução: Nas últimas décadas, tem se observado mudanças nos padrões de saúde e consumo alimentar da população brasileira. O estilo de vida acelerado tem influenciado nas escolhas alimentares, que se caracterizam pela preferência de alimentos rápidos e práticos com menor aporte nutricional, ricos em gorduras saturadas e trans, açúcar refinado e pobre em fibras. O aumento da prevalência de excesso de peso observada em todas as esferas socioeconômicas é frequentemente atribuído a inatividade física e a alimentação inadequada, sendo considerado fatores de risco para o desenvolvimento de DCNTs (doenças crônicas não transmissíveis) como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares, que se associam a alta taxa de adoecimento e mortalidade no nosso país. Com o objetivo de identificar o padrão alimentar da população brasileira, o Ministério da Saúde recomenda a utilização de Formulários de Marcadores de Consumo alimentar na rotina da atenção primária, pois além de monitorar as práticas alimentares, colabora para identificar a situação alimentar e nutricional do Brasil, contribuindo para o planejamento de ações e políticas públicas voltadas a práticas alimentares mais saudáveis e adequadas. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de adultos e idosos atendidos em uma unidade de saúde da família (USF). Metodologia: Estudo observacional do tipo transversal realizado com adultos e idosos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 20 anos, atendidos pela nutrição na USF Boa Vista no período de julho a agosto de 2021. Para avaliação da ingestão alimentar, foram coletados dados sobre o consumo alimentar do dia anterior por meio do questionário de Marcadores do Consumo Alimentar disponível pelo SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) a partir da classificação de marcadores saudáveis (feijão, frutas e hortaliças) e marcadores não saudáveis (hambúrguer, embutidos, bebidas adoçadas, macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos salgados, doces, biscoito recheado e guloseimas). Além disso, foram coletados dados sobre a quantidade de refeições realizadas ao longo do dia e a exposição a aparelhos eletrônicos durante essas refeições. Medidas de peso e altura foram aferidas para calcular o IMC (Índice de Massa Corporal), que foi avaliado segundo a classificação de adultos (OMS, 1997) e idosos (OPAS, 2002). A digitação dos dados e as análises estatísticas foram realizadas no Software Estatístico PSPP. Resultados e discussões: Foram entrevistados 41 pacientes, sendo 76% adultos e 24% idosos. Observou-se no presente estudo que as refeições mais realizadas foram almoço (100%), café da manhã (98%), jantar (90%) e lanche da tarde (88%), enquanto a realização de lanche da manhã e ceia tiveram menor periodicidade, com 37% e 32% respectivamente. A ausência da exposição de dispositivos eletrônicos durante as refeições foi relatada por 49% dos indivíduos entrevistados. Alguns estudos têm mostrado que a distração durante as refeições pode resultar em uma mastigação incompleta além de provocar interferência nos sinais fisiológicos de fome e saciedade (OLIVEIRA, 2016). Em relação aos marcadores alimentares saudáveis do dia anterior, foi verificado que 85% dos participantes consumiram legumes e/ou verduras e 81% feijão, entretanto, o consumo de frutas foi o menor relatado, correspondendo a 57%. O guia alimentar para a população brasileira (2014) recomenda o consumo de alimentos in natura e minimamente processados como base da alimentação. Além disso, as frutas possuem componentes essenciais para a saúde como fibras, vitaminas e minerais que contribuem para a prevenção de doenças, desse modo, é importante salientar a importância do consumo diário que neste estudo, não foi tão expressivo entre os indivíduos entrevistados (SILVEIRA; SUSIN; MEUCCI, 2020). Na avaliação dos marcadores alimentares não saudáveis, foi observado que 42% dos entrevistados consumiram hamburguer e embutidos, 25% macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e/ou biscoitos salgados, 20% consumiram doces, biscoito recheado e/ou guloseimas e 17% ingeriram bebidas açucaradas no dia anterior a entrevista. O consumo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco para o desenvolvimento de DCNTs, devendo ser desencorajado principalmente na presença de uma doença crônica já instalada (ZANCHIM; KIRSTEN; MARCHI, 2018). No que se refere ao estado nutricional dos participantes adultos, 66% possuem obesidade e 27% sobrepeso. Além disso, foi verificado que 54% dos idosos possuem obesidade e 9% excesso de peso. As consequências do sobrepeso e da obesidade tem sido apontada em diversos estudos, sendo considerado como fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, além de ter associação com maior risco de morbimortalidade (WANNMACHER, 2016). Conclusão: Diante dos resultados encontrados no presente estudo, pode-se afirmar que a maioria dos adultos e idosos entrevistados apresentaram um consumo adequado de feijão, legumes e/ou verduras, entretanto, a menor ingestão de frutas e o maior consumo de hamburguer e/ou embutidos merecem atenção, de modo a priorizar a regra de ouro do guia alimentar para a população brasileira de preferir o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados a alimentos ultraprocessados. Além disso, um fator preocupante é o excesso de peso e a obesidade encontrados nesta população, tendo em vista de que esses fatores são considerados riscos para as DCNTs e possuem uma forte relação com o consumo alimentar inadequado e a inatividade física. Sendo assim, é necessário que sejam realizadas ações de educação nutricional dentro das unidades de saúde da família de modo a orientar a população em relação as mudanças do estilo de vida, visando a promoção da saúde, a qualidade de vida e a prevenção de doenças.

Título do Evento: XXVII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento: Petrópolis
Título dos Anais do Evento: Anais da Semana Científica
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

FERREIRA, Brenda Bittencourt; DIAS, ESTHEFANIE PARREIRA MELLO. CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS-RJ.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2021/403060-CONSUMO-ALIMENTAR-E-ESTADO-NUTRICIONAL-DE-ADULTOS-E-IDOSOS-ATENDIDOS-EM-UMA-UNIDADE-DE-SAUDE-DA-FAMILIA-DO-MUNICI. Acesso em: 10/08/2025