ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS DE 2010 A 2019

Publicado em 04/11/2021 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS DE 2010 A 2019
Autores
  • Maria Victoria De Jesus Mesquita Palazzo
  • Sara Crecencio Rodrigues
  • Milena Tammy Dos Santos
  • Patricia Boccolini
Modalidade
Trabalho Científico
Área temática
Exemplo de Área Temática
Data de Publicação
04/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2021/402958-analise-da-cobertura-vacinal-do-municipio-de-petropolis-de-2010-a-2019
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Cobertura Vacinal, Petrópolis, Rio de Janeiro, imunização
Resumo
TÍTULO REVISADO: ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DOS MUNICÍPIOS DE PETRÓPOLIS E DO RIO DE JANEIRO DOS ANOS DE 2010 A 2019 INTRODUÇÃO: A vacinação é uma importante intervenção para diminuir a incidência de doenças imunopreveníveis e suas complicações. Para isso, é estabelecido uma meta de Cobertura Vacinal (CV), a qual corresponde ao percentual de indivíduos da população alvo a serem imunizados com vacinas específicas, em determinada região, no ano considerado. Como estratégia no Brasil, há o Programa Nacional de Imunização (PNI), o qual oferece vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A vacinação é organizada de acordo com o calendário do PNI, sendo orientado ao público o seguimento dessas datas. Nesse contexto, destaca-se a vacina pentavalente, a qual previne contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite, Hepatite B e outras infecções causadas pelo Hemophilus influenzae tipo B e a vacina da poliomielite, que protege contra a Paralisia Infantil. OBJETIVOS: Analisar a CV dos municípios de Petrópolis e do Rio de Janeiro de 2010 até 2019. Ademais, visa uma análise mais aprofundada no cenário petropolitano em relação a CV da pentavalente e da poliomielite de 2010 até 2019. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico descritivo, com dados obtidos por meio de consulta ao Sistema de Informação do PNI, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O Indicador de Cobertura Vacinal é uma informação quantitativa conceituado pelo número de doses aplicadas de determinado imunobiológico dividido pela população alvo e multiplicado por 100, em uma área e tempo considerados. Tendo isso em vista, o presente estudo utiliza o Indicador de CV de Petrópolis e do Rio de Janeiro de 2010 até 2019. Além disso, foi considerado o Indicador de CV para as vacinas pentavalente e poliomielite no município de Petrópolis. Para evitar erros, optou-se por excluir da análise o ano de 2020. A variável faixa etária não foi examinada. RESULTADO: A análise da CV no município de Petrópolis, nos anos destacados, foi abaixo dos parâmetros considerados adequados pelo PNI (95%), sendo o ano com maior adesão em 2014 (94,54%) e com menor em 2016 (49,35%). A CV do município do Rio de Janeiro, também nos anos referidos, atingiu apenas no ano de 2015 (97,55%) a meta do PNI, tendo como mínimo de cobertura no ano de 2016 (47,54%). Já a CV da pentavalente em Petrópolis, nos anos de 2012 a 2019, segue os mesmos padrões da CV total, apenas no ano de 2014 (100,75%) atingiu a meta, e nos demais, se manteve abaixo, com o mínimo de cobertura no ano de 2012 (35,57%). Por fim, a CV da poliomielite em Petrópolis atingiu a meta do PNI três anos seguidos, 2012 (97,77%), 2013 (97,95%) e 2014 (101,66%) e apresentou o menor índice em 2017 (76,38%). DISCUSSÃO: O presente estudo identificou uma irregularidade na CV do município de Petrópolis. Tal fato pode estar relacionado a uma falha no monitoramento entre os anos de 2010 a 2019, haja vista que a cidade teve alguns déficits no número de vacinados ao longo dos anos cadastrados. Cabe destacar o não alcance da meta de 95% de CV proposta pelo Ministério da Saúde em nenhum dos anos verificados. Dessa forma, experiências passadas com os serviços de saúde, o desconhecimento de quais são os imunizantes integrantes do calendário nacional de vacinação, o medo das possíveis reações prejudiciais ao organismo, a maneira como informações sobre vacinação são veiculadas na mídia tradicional e na internet e a diminuição da percepção de risco acerca das doenças podem ser considerados fatores contribuintes para a baixa CV. Ao comparar a CV de Petrópolis com a do Rio de Janeiro durante o período de 2010 a 2019, nota-se uma acentuada discrepância entre as taxas municipais. A carência do sistema de saúde no RJ para a grande proporção de habitantes, contrastado ao município petropolitano, pode ser condição determinante para tal cenário. Em relação a cobertura da pentavalente em Petrópolis de 2010 até 2019, percebe-se o oferecimento de dados apenas a partir do ano de 2012. Tal fato está correlacionado com sua inclusão no calendário do PNI, apenas no segundo semestre de 2012, o que também pode explicar sua baixa adesão, pela falta de divulgação, na cidade petropolitana, com apenas 35.57%. Nos anos de 2014, 2015 e 2016, as taxas estiveram próximas ou até ultrapassaram a meta estipulada de 95% pelo Ministério da Saúde. Contudo, em 2013, 2017, 2018 e 2019, houve uma baixa adesão por parte da população. Em 2019, principalmente, a falta do próprio insumo pode ter auxiliado na baixa da CV, uma vez que a vacina deixou de ser enviada à rede municipal por mais de seis meses por conta da reprovação de um lote adquirido pelo governo. Com a análise dos dados da CV da poliomielite em Petrópolis de 2010 a 2019, nota-se uma maior adesão por parte da população. A vacina foi incorporada ao PNI na primeira década de atuação, com a primeira campanha datada em 1980. O longo histórico da vacina até o século XXI e as campanhas anuais de vacinação podem estar ligados à uma CV com números próximos a meta do Ministério da Saúde até 2016. Contudo, os anos de 2017, 2018 e 2019 registraram uma queda acentuada da CV da poliomielite. CONCLUSÃO: O estudo apresentou evidências de uma importante variação na CV de Petrópolis nos últimos anos e identificou heterogeneidades espaciais dessa irregularidade quando comparado ao Rio de Janeiro. Assim, constata-se que as imunizações no país variam consideravelmente entre os municípios, demandando planejamento estratégico condizente com as características de cada localidade. Ademais, verificou-se uma maior adesão da vacina da poliomielite em relação a pentavalente na população petropolitana.
Título do Evento
XXVII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PALAZZO, Maria Victoria De Jesus Mesquita et al.. ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS DE 2010 A 2019.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2021/402958-ANALISE-DA-COBERTURA-VACINAL-DO-MUNICIPIO-DE-PETROPOLIS-DE-2010-A-2019. Acesso em: 10/05/2025

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