RECIDIVA DE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS SINONASA: RELATO DE UM CASO EXUBERANTE

Mariana Monnerat; Ricardo Otero Belerique; Manoel José Barreiras Belerique; Anna Beatriz Telles Esperança

Todos os Trabalhos

Trabalho

Título do Trabalho

RECIDIVA DE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS SINONASA: RELATO DE UM CASO EXUBERANTE

Autores

Mariana Monnerat
Ricardo Otero Belerique
Manoel José Barreiras Belerique
Anna Beatriz Telles Esperança

Modalidade

Relato de Caso

Área temática

Exemplo de Área Temática

Data de Publicação

04/11/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp2021/402199-recidiva-de-carcinoma-de-celulas-escamosas-sinonasa--relato-de-um-caso-exuberante

ISSN

2675-8563

Palavras-Chave

carcinoma, CECSN, seios faciais, carcinoma de células escamosas sinonasal, radioterapia

Resumo

O carcinoma de células escamosas sinonasal (CECSN) corresponde a 3% dos tumores malignos de cabeça e pescoço, sendo o subtipo histológico mais prevalente dos carcinomas. O diagnóstico necessita, além da clínica, da confirmação histopatológica. Já o tratamento, inclui radioterapia, quimioterapia e cirurgia. Os seios paranasais são cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmóide e esfenóide, os quais se comunicam com as fossas nasais. Dentre esses, o seio maxilar é o maior. O epitélio de revestimento dessas estruturas é do tipo respiratório - pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. As cavidades paranasais podem ser acometidas por neoplasias de diferentes linhagens histológicas, sendo que os carcinomas correspondem ao tipo histológico mais frequente. Os subtipos histológicos mais prevalentes são o CECSN, o qual usualmente surge nos seios maxilares e o adenocarcinoma do tipo intestinal, o qual geralmente ocorre nos seios etmoidais. Esses tumores, correspondem a 3% dos tumores malignos de cabeça e pescoço. Ademais, ocorrem, predominantemente, em homens (proporção homem mulher 2:1) entre a quinta e a sexta década de vida. O acometimento maior de homens pode ser explicado por maior envolvimento com o tabagismo e a exposição a químicos industriais, como pó de madeira e de couro. O CECSN normalmente é precedido por alterações metaplásicas e displásicas. O papiloma invertido também está associado à uma pequena taxa de CECSN e a infecção por HPV-16 foi descrita em 38% dos tumores benignos e 31% dos tumores malignos. A apresentação clínica cursa de forma inespecífica, podendo ser confundida com sintomas relacionados a um quadro de sinusite crônica, tais como, obstrução nasal unilateral, rinorreia e epistaxe, retardando o diagnóstico. No entanto, com o crescimento do tumor e acometimento de outras estruturas, podem ocorrer novos sinais e sintomas. Nós relatamos o caso de um paciente masculino de 45 anos, açougueiro, não tabagista diagnosticado em 2019 com carcinoma de células escamosas sinonasal do lado direito, originado no seio maxilar e com acometimento da cavidade nasal direita, região da maxila do lado direito, ducto parotídeo direito e invasão da órbita. Em março de 2019, foi realizado uma ressecção pelo cirurgião bucomaxilofacial para a remoção da massa tumoral com comprometimento das margens cirúrgicas inferiores sendo necessário o tratamento adjuvante radioterápico e 10 sessões de quimioterapia levando à uma acentuada diminuição da lesão. Em julho de 2020 com um aumento acentuado do CECSN, sendo demonstrado em ressonância magnética o envolvimento do ramo mandibular direito, arco zigomático direito, células etmoidais do lado direito, toda a órbita direita, base do crânio e asa maior do esfenóide direito foi reiniciado o tratamento quimioterápico e nova ressecção do tumor e fechamento com retalhos miocutâneos em conjunto com a cirurgia plástica. Sendo um retalho invertido do músculo platisma, visando a reconstrução da mucosa oral, além dos retalhos temporal e médio frontal, visando o fechamento da área tumoral ressecada. Na semana seguinte, foi realizado um enxerto de pele parcial doado pela coxa a fim de promover o fechamento das áreas doadoras dos retalhos. O laudo histopatológico confirmou o diagnostico de carcinoma de células escamosas iniciado no seio maxilar, local mais comumente acometido. De acordo com a epidemiologia supracitada, o CECSN é mais frequente em homens, em conformidade com o sexo do paciente. No entanto, a idade e a ocupação não condizem com a epidemiologia. O principal tratamento para o CECSN é a ressecção cirúrgica, devido à alta probabilidade de recidiva. No entanto, mesmo nos casos em que a lesão é completamente ressecada, a radioterapia pós-cirúrgica é de grande relevância. O caso descrito constitui um raro e exuberante CECSN, o qual necessitou de uma abordagem terapêutica multidisciplinar. Ademais, foi evidenciada a importância de um rápido diagnóstico e adequado tratamento a fim de diminuir a morbidade do paciente e oferecer uma melhor qualidade de vida.

Título do Evento: XXVII Semana Científica UNIFASE/FMP
Cidade do Evento: Petrópolis
Título dos Anais do Evento: Anais da Semana Científica
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MONNERAT, Mariana et al.. RECIDIVA DE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS SINONASA: RELATO DE UM CASO EXUBERANTE.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP2021/402199-RECIDIVA-DE-CARCINOMA-DE-CELULAS-ESCAMOSAS-SINONASA--RELATO-DE-UM-CASO-EXUBERANTE. Acesso em: 07/08/2025