A IMPORTÂNCIA DA VIVÊNCIA DO PROGRAMA SAUDE NA ESCOLA, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Publicado em 18/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
A IMPORTÂNCIA DA VIVÊNCIA DO PROGRAMA SAUDE NA ESCOLA, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
  • Gabriele Elias Santos de Aquino
  • Viviane Bittencourt da silva
  • Tatiane Jardim Costa
Modalidade
Práticas Educativas Inovadoras
Área temática
Exemplo de Área Temática
Data de Publicação
18/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp/281769-a-importancia-da-vivencia-do-programa-saude-na-escola-um-relato-de-experiencia
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Educação em Saúde; Programa Saúde na Escola; Saúde da Família.
Resumo
O Programa Saúde na Escola (PSE) foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação, instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial n° 6.286. Com proposição de uma política Inter setorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação na perspectiva da atenção integral (prevenção, promoção e atenção) à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino básico público.(BRASIL, 2007) É necessário a adesão do município, secretaria de educação e saúde, deve haver uma equipe de saúde da família que implemente as normas preconizadas pela política nacional de atenção básica ,nos territórios de abrangência da Estratégia Saúde da Família, que desenvolva atividades do PSE.(BRASIL, 2007) O PSE leva em consideração o lugar, características e cultura organizacional vivida pelos indivíduos daquela comunidade, somente conhecendo o contexto de vida das pessoas e seus saberes populares e formais, individuais e coletivos poderemos então compreender e ajudar na formação de novos saberes. (BRASIL, 2011) O artigo tem como objetivo identificar as reais necessidades e dificuldades do ensino em saúde buscando aproximar o serviço de saúde à escola, unificando questões, dúvidas e aprimoramento dos alunos e professores envolvendo as 12 ações pré- estabelecidas pelo PSE e relatar as experiências vividas nas atividades desenvolvidas ao longo do projeto. Trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas e planejadas pelos alunos de Enfermagem e Odontologia do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, com a supervisão da enfermeira e da Cirurgiã Dentista do PSF e, pela psicóloga do matriciamento do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). As atividades ocorreram numa escola municipal paroquial localizada em um bairro do Município de Petrópolis no período de setembro à outubro de 2019. As atividades foram programadas e realizadas por turmas, sendo separadas atividades específicas para cada uma, levando em conta a idade e período escolar em que os alunos se encontravam. A metodologia aplicada atendeu 7 das 12 ações previstas pelo PSE, possibilitando a ampliação de conhecimento e troca de saberes, sendo elas: 2. Promoção das práticas corporais, da atividade física e do lazer nas escolas; 3. Prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas; 4. Promoção da cultura de paz, cidadania e direitos humanos; 5. Prevenção das violências e dos acidentes; 7. Promoção e avaliação de saúde bucal e aplicação tópica de flúor; 8. Verificação e atualização da situação vacinal; 11. Direito sexual e reprodutivo e prevenção de DST/AIDS. As atividades surgiram a partir do Projeto Terapêutico Singular ( PTS), que é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com Apoio Matricial se necessário, em geral é indicado para situações mais complexas (BRASIL, 2009). Durante uma consulta de PICS, uma mãe iniciou uma conversa falando da sua filha que se encontrava sob uso de medicamentos psicotrópicos devido estar sofrendo bullying na escola e também por alguns problemas familiares apresentando diversos episódios de automutilação e tentativas de suicídio com ingestão demasiada de medicamentos e produtos corrosivos (cloro e água sanitária). Relatando ainda, que não era o único caso ocorrido na escola. A partir daí definiu-se o trabalho que seria realizado na escola. Com algumas reuniões entre escola e Posto de saúde ficou acertado trabalhar com alunos do quarto ao nono ano, vendo-se a necessidade e a importância do trabalho de união entre escola/saúde. No primeiro encontro com os alunos das turmas supracitadas elaborou -se uma pequena urna de sugestões onde eles escreviam o que lhes afligiam e com a liberdade de identificar-se ou não. Através disso, foi identificado um déficit de conhecimentos e de aprendizagem sobre os temas sugeridos pelos alunos, foram estes: autoestima e empatia, saúde mental e suicídio, crescimento e desenvolvimento, saúde bucal e saúde sexual. Foi realizada a seleção de temas por ordem de importância, levando em conta os resultados da votação feita pelos alunos. As atividades foram em grupo, com encontros semanais nos turnos da manhã e tarde, de caráter educativo, lúdico, reforçando valores e trabalhando os assuntos sugeridos pelos alunos. Durante a realização de tais atividades, percebeu-se dificuldades em manter o interesse e atenção para os assuntos e o déficit de conhecimento prévio. As atividades realizadas foram: Distribuição de folders educativos à respeito do Sarampo e sua prevenção; Rodas de conversa utilizando conhecimento prévio dos alunos, acrescentando informações e sanando dúvidas; Confecção de cartazes para o setembro amarelo, com frases elaboradas pelos próprios alunos a respeito do tema, com frases de apoio, conforto e solidariedade para as pessoas que pensam em suicídio; Dinâmica de autoestima, em que se olhava em um espelho e deveria dizer o que achava dela mesma; Dinâmica de empatia, onde o aluno recebia o nome de outro aluno da mesma sala e deveria escrever anonimamente, um elogio ou uma memória boa que ela compartilha com a pessoa; Dinâmica em que cada aluno escrevia anonimamente em um papel, uma dúvida sobre o assunto que seria abordado no dia. Ao final das atividades, era estabelecido um breve momento de feedback sobre a vivencia e o que ela gerou de aprendizagem e sentimentos positivos para aqueles alunos, ao fim do primeiro, percebeu-se uma melhora significativa por parte dos alunos e também da direção da escola, que relatou melhora do convívio entre professores e alunos, entre os colegas de turma e uma maior conscientização sobre realização das atividades. As atividades de educação em saúde contribuíram para melhoria da interação e comunicação entre os colegas de turma, diminuição da agressividade verbal, melhorias na qualidade de vida, incentivo na formação de novos conceitos de cidadania e criação de vínculo entre ESF e Escola.
Título do Evento
XXVI Semana Científica UNIFASE/FMP
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

AQUINO, Gabriele Elias Santos de; SILVA, Viviane Bittencourt da; COSTA, Tatiane Jardim. A IMPORTÂNCIA DA VIVÊNCIA DO PROGRAMA SAUDE NA ESCOLA, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP/281769-A-IMPORTANCIA-DA-VIVENCIA-DO-PROGRAMA-SAUDE-NA-ESCOLA-UM-RELATO-DE-EXPERIENCIA. Acesso em: 10/08/2025

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