A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM PARA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO DEFEITO DE STAFNE: RELATO DE CASO

Publicado em 18/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM PARA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO DEFEITO DE STAFNE: RELATO DE CASO
Autores
  • Maria Eduarda de Oliveira Guimarães
  • Beatriz Souza Lopes
  • Maria Eduarda Justen Da Ponte
  • Nathália Ribeiro Cruz
  • Jesca Neftali Nogueira Silva
Modalidade
Trabalhos Científicos
Área temática
Exemplo de Área Temática
Data de Publicação
18/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/scunifasefmp/281621-a-importancia--da-tomografia-computadorizada-cone-beam-para-diagnostico-diferencial-do-defeito-de-stafne--relato-
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Tomografia, Mandíbula, Defeito de Stafne, Diagnóstico Diferencial, Cistos Ósseos,Tomografia, Mandíbula, Defeito de Stafne, Diagnóstico Diferencial, Cistos Ósseos.
Resumo
O defeito de Stafne, também chamado de cisto ósseo de Stafne, cisto ósseo latente ou cisto ósseo estático é uma depressão óssea que pode acometer os ossos maxilares, em especial a superfície lingual da mandíbula (Neville et.al., 2008). Foi descrito pela primeira vez, em 1942, por Stafne, que relatou 35 lesões radioluscentes, ovoides, com margens ósseas definidas, assintomáticas, localizadas perto do ângulo mandibular, a que chamou de cavidades ósseas situadas no ângulo da mandíbula (Stafne EC, 1942). A etiologia e patogenia desse defeito ósseo permanecem incertas. Geralmente, essa condição tem predileção pelo sexo masculino e é observada neste grupo em 80% a 90% de todos os casos. Com incidência na quinta e sexta décadas de vida, envolvendo a mandíbula de forma unilateral e raramente de forma bilateral (Barker GR, 1988). Radiograficamente apresenta-se como uma região radiolúcida, com aspecto arredondado, bordas radiopacas com diâmetro de variando de 1 a 3 cm, mais comumente localizada na região posterior da mandíbula, na região de molares e ângulo da mandíbula abaixo do canal mandibular e próximo a base da mandíbula (Assaf AT et al.,2014). O defeito de Stafne é de fácil visualização em exames de rotina na Odontologia, como as radiografias panorâmicas, porém, não é possível realizar o diagnóstico só por esse meio de exame complementar. A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) por ser um exame tridimensional e com baixa dose de radiação, pode ser solicitado para melhor avaliação e condução do caso. A ressonância magnética deve ser utilizada apenas quando as tomografias computadorizadas e radiografias convencionais forem incapazes de dar um preciso diagnóstico, sendo que a grande vantagem deste exame é a identificação precisa do tecido mole, que está presente na cavidade, sem a utilização da radiação ionizante. Devido às características da sua imagem radiográfica, os diagnósticos diferenciais do defeito ósseo de Stafne incluem lesões benignas e malignas dos maxilares, como: lesões císticas odontogênicas (cisto residual, cisto radicular), marrom do hiperparatireoidismo, síndrome nevóide basocelular, tumor de células gigantes, metástase de um tumor maligno primário, cisto ósseo aneurismático, ameloblastoma unicístico e tumor queratocístico odontogênico (Turkoglu K et al., 2010). Este trabalho tem como objetivo demostrar um caso de defeito de Stafne identificado na TCFC com indicação para avaliação de implantes dentários. Paciente do sexo masculino, 54 anos, assintomático, compareceu a clínica de radiologia da UNIFASE para avaliação óssea da mandíbula para futura instalação de implantes ósseo-integráveis. Ao exame físico não foi notada nenhuma alteração óssea intra ou extraoral. No exame tomográfico foi observado uma imagem hipodensa localizada abaixo do canal mandibular, com limites bem definido, anteriormente ao ângulo da mandíbula do lado esquerdo com envolvimento do osso medular e cortical compatível com alteração anatômica: defeito ósseo de Stafne. Por ser uma imagem hipodensa localizada na região da mandíbula, pode levar o cirurgião-dentista a outras hipóteses diagnósticas, porém sua aparência bem hipodensa, ovoide, de periferia bem definida, localizada abaixo do canal mandibular e assintomático, são características que identificam facilmente essa alteração. Diante deste quadro, não foram necessários procedimentos cirúrgicos, entretanto, o caso segue em acompanhamento de 2 anos com exames radiográficos periódicos sem alterações no defeito. Foi recomendado ao implantodontista que se evitasse a área da alteração óssea durante a reabilitação dentária. Com isso, conclui-se que a indicação de um correto exame de imagem é de grande importância a fim de se evitar biópsia ou exploração cirúrgica desnecessária, já que por se tratar de uma variação anatômica, não é necessário o tratamento do defeito ósseo de Stafne. Além disso, atualmente, devido ao crescente desenvolvimento das técnicas de imagem, e ao caráter estático e benigno da lesão, o uso de controles clínico e radiográfico é, sem dúvida, o mais adequado.
Título do Evento
XXVI Semana Científica UNIFASE/FMP
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GUIMARÃES, Maria Eduarda de Oliveira et al.. A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM PARA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO DEFEITO DE STAFNE: RELATO DE CASO.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SCUNIFASEFMP/281621-A-IMPORTANCIA--DA-TOMOGRAFIA-COMPUTADORIZADA-CONE-BEAM-PARA-DIAGNOSTICO-DIFERENCIAL-DO-DEFEITO-DE-STAFNE--RELATO-. Acesso em: 21/06/2025

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