A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Publicado em 24/03/2021 - ISSN: 2237-8073

Título do Trabalho
A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Autores
  • Rosangela Del Moro
  • Thaila Negrini Goldani
Modalidade
Pesquisa - Resumo em Andamento
Área temática
Ciências Sociais Aplicadas - Direito
Data de Publicação
24/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sct2020/284984-a-divisao-sexual-do-trabalho-como-forma-de-violencia-contra-as-mulheres
ISSN
2237-8073
Palavras-Chave
mulheres, divisão sexual, trabalho doméstico, violência
Resumo
A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES O artigo trata da divisão sexual do trabalho através de uma concepção cultural e histórica da divisão de trabalho de homens e mulheres seja na esfera familiar e doméstica. Consoante a isso problematizamos se a atribuição de responsabilidade do trabalho doméstico as mulheres lhes trazem desvantagens tanto nos papéis sociais da vida pública quanto em seus papéis profissionais, configurando, deste modo, uma forma de violência contra as mulheres? Como hipótese principal aborda a divisão sexual do trabalho como uma forma de violência contra as mulheres, uma vez que usualmente não se nomina como violência a forma como o trabalho dentro e fora dos lares é organizado social e economicamente e demonstra que o trabalho doméstico é sim forma de trabalho e a divisão de tarefas pode ser entendida como uma das faces da violência contra mulheres. Sabemos que as mulheres de forma sistemática assumem uma enorme carga de trabalho que é realizado muitas vezes de forma gratuita e, geralmente, esses afazeres são invisibilizados, já que a realização das tarefas domésticas é vista como algo apropriado a natureza da mulher. Ao mesmo tempo, a responsabilidade sistemática da mulher pela esfera familiar e doméstica faz com que a relação/divisão social entre os sexos se mantenha, tendo em vista que os homens saem para as funções de cunho social e profissional, enquanto, as mulheres permanecem com o trabalho familiar e doméstico, e algumas com este e mais o trabalho profissional. Assim traz-se a família tradicional, na qual o homem assume o papel de “provedor” e as mulheres o papel familiar e doméstico. Na hipótese central, em que pese os avanços das pautas feministas e da legislação referente aos direitos das mulheres o que se vê é que a grande maioria das mulheres busca conciliar ambos os trabalhos, enquanto, outras que não conseguem, ainda, acabam por contratar mulheres que estão em situação precária para realizarem tais tarefas, mas são as mulheres que continuam as delegando. Deste modo, a forma como é construído socialmente o papel das mulheres na realização das tarefas domésticas e realização do cuidado demonstra a violência a que são submetidas, entendida esta não apenas a partir dos danos que causa, mas também como uma forma de exercício de poder que perpetua as desigualdades e viola os direitos humanos das mulheres. A respeito da metodologia trata-se de pesquisa qualitativa, com técnicas de pesquisa bibliográficas e documentais. Assim, para a superação de tais assimetrias será necessário alterar as condições em que se opera a socialização do trabalho doméstico, com compartilhamento das tarefas de reprodução social, a alteração da estrutura produtiva de forma que o público e o privado sejam compartilhados, em especial a tarefa do cuidado, visando, a superação da divisão sexual do trabalho como uma forma de violência aos direitos humanos das mulheres.
Título do Evento
XI Semana de Ciência e Tecnologia
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MORO, Rosangela Del; GOLDANI, Thaila Negrini. A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES.. In: Anais da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc. Anais...Criciúma(SC) UNESC, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sct2020/284984-A-DIVISAO-SEXUAL-DO-TRABALHO-COMO-FORMA-DE-VIOLENCIA-CONTRA-AS-MULHERES. Acesso em: 17/05/2025

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