PODER, PADRÕES DE BELEZA E INDÚSTRIA CULTURAL: NOTAS DE LEITURA EM ADORNO E FOUCAULT

Publicado em 24/03/2021 - ISSN: 2237-8073

Título do Trabalho
PODER, PADRÕES DE BELEZA E INDÚSTRIA CULTURAL: NOTAS DE LEITURA EM ADORNO E FOUCAULT
Autores
  • Greyce Kelly
  • Karoline Cipriano dos Santos
Modalidade
Pesquisa - Resumo em Andamento
Área temática
Humanidades, Ciências e Educação - Sociologia
Data de Publicação
24/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sct2020/284963-poder-padroes-de-beleza-e-industria-cultural--notas-de-leitura-em-adorno-e-foucault
ISSN
2237-8073
Palavras-Chave
Poder, Padrão de Beleza, Industria Cultural, Adorno, Michel Foucault
Resumo
A maior (ou uma das maiores) ilusões que o sistema capitalista nos impõe é o sentimento de liberdade: liberdade de escolha, de gostos, de desejos. Na verdade, esse sistema nos molda para tornamos o que ele precisa que sejamos: produtores e consumidores. Ao nos adequarmos a esses moldes sofremos uma padronização; essa indústria não busca atingir as subjetividades humanas, por isso trata de padronizar o sujeito para assim melhor atendê-lo. A nossa liberdade de escolha está baseada na liberdade de escolher sempre o mesmo (ADORNO E HORKHEIMER, 1985). Durante essa massificação o indivíduo vai perdendo sua essência, perde seu SER, até mesmo suas características físicas, perde sua capacidade de pensar fazer uma escolha verdadeira. Adorno e Horkheimer em seu livro Dialética do Esclarecimento (1985) colocam como a indústria cultural, produto do capitalismo, tem o papel de estabelecer essa padronização. “Por enquanto, a técnica da indústria cultural levou apenas à padronização e à produção em série, sacrificando o que fazia a diferença entre a lógica da obra e a do sistema social.” (ADORNO, HORKHEIMER, 1985 p. 57). Será discutido aqui como a indústria cultural utiliza desta padronização para exercer o controle sobre os corpos. Podemos dividir esse controle em duas esferas, um é a docilização dos corpos para caber num sistema de consumo e de produção capitalista, outro é o controle estético, os padrões de beleza. Há uma busca por uma perfeição que não pode ser atingida, mas que é pregada como ideal. O problema nas transformações dos corpos encontra-se aí, estamos nos modificando para tentar atingir esse padrão, que é cada vez mais desumano e por isso, inatingível. Não é a nossa intenção demonizar as transformações estéticas, entendemos seus benefícios para a autoaceitação e tantas outras funções importantes, mas há sim um problema que deve ser discutido quando essa transformação não busca uma autoaceitação, mas sim apenas acompanhar o que é exposto pela mídia, pela indústria cultural, como “certo”. Em termos metodológicos, para adentrar nessa discussão abordaremos Adorno a questão de indústria cultural, disponível em seu livro Dialética do Esclarecimento (1985), para falar sobre como essa indústria tem moldado cada vez os gostos para um único padrão. Com Foucault, a partir da sua obra Microfísica do poder (1978), vamos discutir sobre o controle que essas indústria - e a sociedade num geral - exercem sobre os corpos. Em nosso estudo buscamos pensar sobre essas formas de controle e manipulação que estão sendo colocadas sobre a sociedade e quais as condições necessária para a superação delas.
Título do Evento
XI Semana de Ciência e Tecnologia
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

KELLY, Greyce; SANTOS, Karoline Cipriano dos. PODER, PADRÕES DE BELEZA E INDÚSTRIA CULTURAL: NOTAS DE LEITURA EM ADORNO E FOUCAULT.. In: Anais da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc. Anais...Criciúma(SC) UNESC, 2020. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sct2020/284963-PODER-PADROES-DE-BELEZA-E-INDUSTRIA-CULTURAL--NOTAS-DE-LEITURA-EM-ADORNO-E-FOUCAULT. Acesso em: 04/06/2025

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