TRATAMENTO RESTAURADOR DE MOLARES AFETADOS POR HIPOMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE: RELATO DE CASO

Publicado em 15/12/2020 - ISSN: 2675-8563

Título do Trabalho
TRATAMENTO RESTAURADOR DE MOLARES AFETADOS POR HIPOMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE: RELATO DE CASO
Autores
  • Ana Caroline Imbelloni Gouvea
  • Thamirys Vieira Castro Lara
  • Ludmila Gravelos de Oliveira
  • ana beatriz caetano geronimo
  • Vera Mendes Soviero
  • Patricia Reis
Modalidade
Relatos de Caso
Área temática
Geral
Data de Publicação
15/12/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sc_fase/195184-tratamento-restaurador-de-molares-afetados-por-hipomineralizacao-do-esmalte--relato-de-caso
ISSN
2675-8563
Palavras-Chave
Hipomineralização, Decíduos, Molares, Restauração, Fratura, HMI, HMD
Resumo
A hipomineralização é um defeito qualitativo do esmalte dentário que pode afetar dentes permanentes e decíduos. Clinicamente, o esmalte hipomineralizado apresenta opacidades demarcadas com bordas bem definidas e alteração de translucidez, com a cor variando entre branco-creme e amarelo-marrom. Estas opacidades podem apresentar superfície intacta ou com perda de estrutura, pois o esmalte frágil e poroso é predisposto a fraturas. De acordo com as características clínicas, pode ser classificadas como leve, quando a superfície apresenta-se intacta, ou severa, quando há perda de estrutura, podendo estar restrita ao esmalte ou expondo a dentina. Quando esta condição afeta molares permanentes, podendo também acometer os incisivos, é denominada Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI). Quando afeta os molares decíduos, podendo também acometer cúspide dos caninos decíduos, denomina-se Hipomineralização de molares decíduos (HMD). As crianças acometidas sentem maior sensibilidade térmica e mecânica devido à perda de estrutura dentária, apresentando dificuldade de alimentação e higienização. As forças mastigatórias podem fazer com que estas áreas fraturem e a dentina fique exposta favorecendo lesões de cárie. A restauração de dentes com hipomineralização seja devido à fratura do esmalte ou ocorrência de cárie, caracteriza um desafio para o clínico. Dentes hipersensíveis dificultam a obtenção de anestesia adequada e o esmalte hipomineralizado não é favorece a adesão do material restaurador. As crianças acometidas costumam necessitar de retratamento e maior acompanhamento odontológico, sendo recomendado exames de revisão em intervalos menores, com atenção aos primeiros molares permanentes na fase eruptiva, visto que a ocorrência de HMD é preditora de HMI. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente infantil, 9 anos, gênero masculino, diagnosticado com HMI e HMD. Os quatro segundos molares decíduos apresentavam opacidade amarelo-amarronzada com fratura expondo dentina. Os quatro primeiros molares permanentes apresentavam opacidade, sendo o dente 46 com fratura de esmalte com exposição de dentina e cárie associada. O paciente queixava-se de sensibilidade térmica ao frio. Como abordagem terapêutica, foram realizadas restaurações protetoras com cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade nos segundos molares decíduos em uma única sessão. Na consulta seguinte, realizou-se remoção seletiva da lesão cariosa seguida de restauração de resina composta no dente 46. O paciente foi acompanhado durante 2 anos e suas restaurações não necessitaram de substituições ou reparos até sua esfoliação, quando foram substituídos por sucessores permanentes saudáveis. Já restauração do dente 46 permaneceu funcional e em condições adequadas. O paciente segue em acompanhamento. Pacientes com HMI, especialmente aqueles que têm sensibilidade dentária, apresentam-se muito ansiosos e com medo do tratamento odontológico. A escolha do ionômero de vidro de alta viscosidade para a restauração dos molares decíduos baseou-se na capacidade de aderir a estrutura dentária, permitindo a preservação da mesma. Além disso, para a execução desta técnica, não necessita o uso de anestesia local, nem do motor de alta rotação. Assim, é bem aceita pelos pacientes, o que torna a consulta odontológica menos estressante tanto para o paciente quanto para o dentista. Quanto a restauração do primeiro molar permanente, a resina composta foi o material de eleição por apresentar característica de maior resistência, favorecendo uma maior durabilidade a longo prazo. As restaurações mostraram-se eficazes para controlar a sensibilidade, recuperar função e possibilitar adequado controle de placa. A estratégia restauradora simplificada para os molares decíduos mostrou-se uma alternativa resolutiva, de rápida execução e bem aceita pelo paciente, por não causar desconforto durante o procedimento.
Título do Evento
Semana Científica FMP/FASE
Cidade do Evento
Petrópolis
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GOUVEA, Ana Caroline Imbelloni et al.. TRATAMENTO RESTAURADOR DE MOLARES AFETADOS POR HIPOMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE: RELATO DE CASO.. In: Anais da Semana Científica. Anais...Petrópolis(RJ) Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/SC_FASE/195184-TRATAMENTO-RESTAURADOR-DE-MOLARES-AFETADOS-POR-HIPOMINERALIZACAO-DO-ESMALTE--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 17/06/2025

Trabalho

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